LBMPL vaccine therapy induces progressive organization of the spleen microarchitecture, improved Th1 adaptative immune response and control of parasitism in Leishmania infantum naturally infected dogs

Abstract

O baço desempenha um papel central na leishmaniose visceral humana e canina, onde o baço a ativação da resposta imune ocorre em um dos tecidos onde a Leishmania infantum se reproduz. Portanto, este órgão é tanto alvo para a compreensão dos mecanismos envolvidos no controle do parasita e um parâmetro para avaliar a resposta terapêutica. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar os principais aspectos histológicos, imunológicos e parasitológicos no baço de pacientes sintomáticos cães naturalmente infectados por L. infantum tratados com a vacina terapêutica LBMPL. Para isso, cães foram divididos em quatro grupos: cães não infectados e não tratados (grupo NI); L. infantum infectado cães que não foram tratados (grupo INT); Cães infectados com L. infantum que receberam tratamento apenas com adjuvante monofosforil lipídico A (grupo MPL); e cães infectados por L. infantum que receberam tratamento com a vacina composta por proteínas promastigotas de L. braziliensis associadas ao adjuvante MPL (grupo LBMPL). Noventa dias após o protocolo terapêutico, os cães foram eutanasiados e o baço foi coletado para as avaliações propostas. Nossos resultados demonstraram uma redução da hiperplasia de polpa vermelha e área folicular da polpa branca, aumento da expressão de mRNA de IFN-γ, TNF-α, IL-12 e iNOS, e diminuição de IL-10 e TGF-β1, e intensa redução do parasitismo esplênico em cães tratados com a vacina LBMPL. Estes resultados possivelmente sugerem que o ambiente pró-inflamatório promoveu a organização progressiva da arquitetura esplênica favorecendo a ativação celular, com conseqüente controle parasitário. Juntamente com os dados obtidos anteriormente, nossos resultados propõem a Vacina LBMPL como possível estratégia de tratamento para leishmaniose visceral canina (LVC).