Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/72536
Tipo: Tese
Título: Associação do início, duração e frequência da posição canguru e a relação mãe-criança pré-termo aos 12 e 18 meses de idade corrigida
Autor(es): Cynthia Ribeiro do Nascimento Nunes
primer Tutor: Maria Cândida Ferrarez Bouzada Viana
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Andréa Rodrigues Motta
primer miembro del tribunal : Janaina Matos Moreira
Segundo miembro del tribunal: Vivian Mara Gonçalves de Oliveira Azevedo
Tercer miembro del tribunal: Denise Streit Morsch
Resumen: Introdução: As estruturas cerebrais que têm relação com o apego, desenvolvem-se especialmente no primeiro ano de vida. Contudo, a maioria dos recém-nascidos pré-termo (RNPT) encontram-se hospitalizados durante o período crítico de crescimento cerebral. Questões biológicas associadas ao nascimento prematuro, adaptação ao meio extrauterino precocemente, além dos danos e situações adversas no período perinatal e neonatal expõe o cérebro do RNPT à inúmeras adversidades que podem interferir na interação mãe-criança. Todavia, o contato físico favorece a maturação do sistema somatossensorial por meio da plasticidade neuronal, como a Posição Canguru (PC) que pode proporcionar estímulos benéficos e mesmo amenizar outros tipos de estímulos que podem causar danos à díade mãe-RNPT. Entretanto, ainda não há um consenso sobre início, duração e frequência de PC para que se alcance um comportamento interativo infantil desejável com essa prática. Objetivo: Sumarizar as evidências presentes na literatura até o momento e investigar os parâmetros quantitativos, referentes ao início, duração e frequência da realização da posição canguru que estão associados ao comportamento interativo aos 12 e 18 meses de idade corrigida (ICo) em pré-termos ≤32 semanas de idade gestacional nascidos em duas maternidades públicas em Belo Horizonte. Metodologia: No primeiro artigo, foi realizada revisão sistemática sob o registro CRD42020222006 na plataforma PROSPERO. No segundo artigo, tratou-se de estudo observacional prospectivo com RNPT ≤32 semanas avaliados aos 12 e 18 meses de ICo. As díades mãe-RNPT foram acompanhadas durante a internação hospitalar e registrados início, duração e frequência da PC. Foram obtidos dados sobre a classificação socioeconômica, ansiedade e depressão materna. Foram avaliadas as habilidades interativas infantis por meio abordagem direta com filmagens de brincadeira livre entre mãe e criança aos 12 e 18 meses de ICo e adotado o Protocolo de Avaliação da Interação Diádica (característico, não característico e não observado) para análise. Durante o seguimento foram reavaliadas questões sobre ansiedade materna e classificação socioeconômica, além do estresse materno, a percepção materna sobre a interação e o neurodesenvolvimento infantil. Para análise de dados utilizou-se o SPSS (versão 22) e foram construídos modelos multivariados de regressão logística ordinal e regressão Poisson com matriz de covariâncias robusta. Adotou-se nível de significância de 5%. Resultados: Na revisão sistemática foram incluídos sete artigos que avaliaram RNPT até 12 meses de ICo. Na análise qualitativa foi possível verificar que o tempo mínimo de início da PC foi aos 45 min de vida até a primeira semana de vida, desde que os RNPT estivessem estáveis. A duração variou de 1-2 h por dia, durante cerca de 15 dias. Houve associação entre a PC e a melhora da iniciativa de contato, responsividade, reciprocidade, olhar, vocalização e humor negativo infantil. No artigo original foram acompanhadas 107 crianças aos 12 meses e 81 crianças aos 18 meses de ICo. Não houve associação entre a PC e o comportamento interativo aos 12 meses de ICo (p>0,05). Por outro lado, quando avaliadas aos 18 meses de ICo foi verificado que antecipar um dia o início da PC aumentou 2,37 vezes mais chances de apresentar melhor afeto positivo (p=0,010); a cada cem minutos/dia de PC, a criança teve 1,20 vezes mais chances de melhor envolvimento infantil (p=0,045). Além de, a cada hora de realização de PC na UTIN aumentou em 1,07 vezes as chances de a criança apresentar melhor interação infantil (p=0,015). Conclusões: Foi encontrada associação entre o início, minutos/dia e tempo de PC na UTIN e o envolvimento, interação e afeto positivo infantil aos 18 meses nas crianças nascidas com idade gestacional ≤32 semanas. Esse estudo acrescenta dados para um maior conhecimento acerca do comportamento interativo infantil, visto que na revisão de literatura realizada não foram encontrados estudos que associasse PC e comportamento interativo infantil aos 18 meses aplicando essa metodologia de estudo.
Abstract: Introduction: The attachment-related brain structure develops mainly in the first year of life. However, most premature newborns (PTNBs) stay at a hospital during the critical period of brain growth. Biological issues associated with premature birth and early adaptation to the extrauterine environment, in addition to damage and adverse situations in the perinatal and neonatal period, expose the PTNB brain to numerous adversities that can interfere with the mother-child interaction. However, physical contact favors maturation of the somatosensory system through neuronal plasticities, such as skin-to-skin contact (SSC), which can give benefits stimuli and even attenuate noxious ones that can cause damage to the mother-PTNB dyad. However, there still needs to be a consensus on the onset duration and frequency of SSC to achieve desirable interactive behavior in children with this practice. Objective: To summarize the evidence present in the literature to date and to investigate the quantitative parameters, whether onset, duration, and frequency of skin-to-skin contact are associated with interactive skills at 12 and 18 months of corrected age (CA) in RNPT public maternity hospitals in Belo Horizonte. Methodology: The first article was a systematic review carried out under the registry CRD42020222006 on the PROSPERO platform. This second article was a prospective observational study with preterm infants ≤32 weeks evaluated at 12 and 18 months of CA. The mother-PTNB dyads were monitored during hospitalization, and SSC onset, duration, and frequency were recorded. Maternal socioeconomic status, anxiety, and depression were assessed. The children's interactive abilities were assessed through a direct approach with the filming of free play between mother and child at 12 and 18 months of CA and the Dyadic Interaction Assessment Protocol (characteristic, non-characteristic, and not observed) for analysis. During follow-up, maternal anxiety and socioeconomic classification questions were reassessed, in addition to maternal stress, maternal perception of interaction, and child neurodevelopment. SPSS (version 22) was used, and multivariate ordinal logistic regression and Poisson regression models with a robust covariance matrix were constructed. A significance level of 5% was adopted. Results: Seven articles evaluated PTNB for up to 12 months of CA in the systematic review article. In the qualitative analysis, it was possible to verify that the minimum time of onset of the SSC was 45 min of life until the first week, provided that the PTNBs were stable. After that, the duration varied from 1-2 hours per day for about 15 days. SSC was associated with improved contact initiative, responsiveness, reciprocity, gaze, vocalization, and children's negative mood. In the original article, 107 children were followed up at 12 months and 81 children at 18 months CA. There was no association between SSC and interactive behavior at 12 months (p>0.05). On the other hand, when evaluated at 18 months of CA, it was verified that anticipating the onset of SSC one day increased 2.37 times more chances of showing better positive affect (p=0.010) to every hundred minutes/day of SSC; the child had 1.20 times more chances of better child engagement (p=0.045), to each hour of performance of SSC in the NICU, there was a 1.07-fold increase in the chances of the child presenting better child interaction (p=0.015). Conclusions: An association was found between the beginning, minutes/day, and time of SSC in the NICU and infant involvement, interaction, and positive affect at 18 months in children born with gestational age ≤32 weeks. This study adds more data for better knowledge about children's interactive behavior since, in the literature review, no studies associated SSC and children's interactive behavior at 18 months with this study methodology.
Asunto: Relação mãe-filho
Interação Social
Comportamento Social
Relacionamento mãe-criança
Contato pele-a-pele
Método Canguru
Crescimento e Desenvolvimento
Recém-nascido Prematuro
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/72536
Fecha del documento: 27-jun-2023
Aparece en las colecciones:Teses de Doutorado



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