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Type: Dissertação
Title: Acesso aos antipsicóticos atípicos para o tratamento de esquizofrenia no SUS: impacto orçamentário e gestão de riscos como ferramentas para orientar a alocação nos componentes da assistência farmacêutica.
Authors: Lucas Reis Felício
First Advisor: Cristina Mariano Ruas
First Co-advisor: Sarah Nascimento Silva
First Referee: Juliana Alvares Teodoro
Second Referee: Ronaldo Portela
Abstract: A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave e crônico, com importantes consequências sociais e econômicas, cujo tratamento é realizado com medicamentos antipsicóticos. Os antipsicóticos são divididos em típicos e atípicos, com eficácia semelhante e divergências em relação aos efeitos adversos, sendo os típicos associados a um maior risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais, maior descontinuação do tratamento e maiores riscos de reospitalização. Por outro lado, antipsicóticos atípicos possuem melhor tolerabilidade e estão relacionados a menores taxas de descontinuação. Importantes diretrizes terapêuticas, inclusive a brasileira, recomendam que a escolha do antipsicótico seja realizada avaliando o contexto do paciente de forma individualizada, sem ordem de preferência. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tanto antipsicóticos típicos quanto atípicos, com diferenças importantes em relação ao acesso e financiamento. Os típicos são disponibilizados na Atenção Primária à Saúde em sua rede capilarizada, por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) e os atípicos possuem fluxo centralizado, gerenciados no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) pelo governo dos estados. Nesse sentido, uma transferência dos antipsicóticos atípicos do CEAF para o CBAF poderia ser um fator facilitador do acesso, o que também implicaria em consequências financeiras e organizacionais. Este estudo teve como objetivo investigar o acesso aos antipsicóticos atípicos no CBAF como estratégia de ampliação de acesso, por meio de uma análise de gestão de riscos e uma análise de impacto orçamentário (AIO). A análise de gestão de riscos identificou e avaliou de forma sistemática 20 eventos de risco para cada um dos componentes, sendo apontadas as suas consequências e propostas medidas de mitigação. Ambos os componentes apresentaram potencialidades e fragilidades, e a mudança nos fluxos de acesso necessitam da avaliação e monitoramento em um cenário que deve ser avaliado pelos gestores locais. A AIO explorou diferentes cenários e propostas de migração demostrando que, no contexto da esquizofrenia, a transferência entre componentes pode tanto gerar economia, quanto consequências financeiras consideráveis a depender das premissas adotadas no modelo. Em conjunto, os resultados apontam que mudanças no fluxo de acesso aos antipsicóticos atípicos entre componentes da Assistência Farmacêutica devem ser criteriosamente avaliadas pelos gestores e tomadores de decisão, uma vez que esta análise apontou consequências positivas e negativas em relação à gestão e financiamento.
Abstract: Schizophrenia is a severe and chronic psychiatric disorder with significant social and economic consequences, treated with antipsychotic medications. Antipsychotics are classified into typical and atypical categories, with similar efficacy but differing adverse effects. Typical antipsychotics are associated with a higher risk of developing extrapyramidal symptoms, higher treatment discontinuation rates, and increased risks of rehospitalization. In contrast, atypical antipsychotics have better tolerability and are lower discontinuation rates. Major therapeutic guidelines, including those in Brazil, recommend that the choice of antipsychotic be based on an individualized assessment of the patient's context, without a preferential order. The Brazilian Unified Health System (SUS) provides both typical and atypical antipsychotics, with significant differences in access and funding. Typical antipsychotics are available through the Primary Health Care network, funded by the Basic Component of Pharmaceutical Assistance (CBAF), whereas atypical antipsychotics are centrally managed through the Specialized Component of Pharmaceutical Assistance (CEAF) by state governments. Consequently, transferring atypical antipsychotics from CEAF to CBAF could facilitate access, but would also have financial and organizational implications. This study aims to investigate access to atypical antipsychotics in CBAF as a strategy to enhance access, through a risk management analysis and a budget impact analysis (BIA). The risk management analysis systematically identified and evaluated 20 risk events for each component, detailing their consequences and proposing mitigation measures. Both components exhibited strengths and weaknesses, and changes in access flows require evaluation and monitoring by local managers. The BIA explored different scenarios and migration proposals, demonstrating that, in the context of schizophrenia, the transfer between components could either generate savings or incur significant financial consequences, depending on the assumptions used in the model. The results indicate that changes in the access flow of atypical antipsychotics between Pharmaceutical Assistance components should be carefully evaluated by managers and decision-makers, as the analysis revealed both positive and negative consequences for management and financing.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistencia Farmaceutica
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/75274
Issue Date: 12-Jun-2024
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