Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/77903
Type: Tese
Title: Efetividade da reabilitação domiciliar comparada com a reabilitação presencial na capacidade funcional e qualidade de vida de indivíduos com doença arterial periférica: um ensaio clínico aleatorizado
Authors: Isabella de Oliveira Nascimento
First Advisor: Danielle Aparecida Gomes Pereira
Abstract: A doença arterial periférica (DAP) é caracterizada por uma deterioração progressiva da capacidade funcional e da qualidade de vida. O exercício físico supervisionado é recomendado como tratamento de primeira linha para melhorar os sintomas e a funcionalidade desses pacientes. No entanto, apesar da efetividade dessa intervenção ela persiste subutilizada. As barreiras para ampliar a abrangência e a participação nessa modalidade terapêutica incluem disponibilidade de instalações clínicas e engajamento dos pacientes. Diante desse desafio, o programa domiciliar de exercício representa uma alternativa que pode aumentar o acesso ao cuidado das pessoas com DAP. Porém, a carência de evidências robustas indicando a efetividade dessa abordagem terapêutica restringe sua ampla implementação clínica. Assim, o objetivo geral desta tese foi comparar a efetividade do programa domiciliar de exercícios (PDE) e do programa de reabilitação presencial ambulatorial (PRPA) na capacidade funcional diretamente mensurada por teste de campo, na qualidade de vida, no comprometimento funcional autorrelatado, nos fatores de risco cardiovascular e no nível de atividade física dos indivíduos com DAP, bem como investigar a adesão aos programas e a percepção dos participantes em relação ao PDE. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos: um ensaio clínico aleatorizado e um estudo qualitativo, que resultaram em três artigos apresentados na presente tese. No primeiro artigo encontra-se a descrição do protocolo de intervenção. No segundo artigo, participaram do ensaio clínico 42 indivíduos com DAP sintomática que foram randomizados em dois grupos para receber prescrição de exercícios de caminhada intermitente com intensidade próxima ao sintoma claudicante moderado a máximo, 3x/semana, durante 12 semanas, por meio de um PDE ou um PRPA. O PRPA correspondeu a prática usual do serviço de reabilitação vascular e no PDE os participantes realizaram o exercício dentro ou perto do domicílio e foram acompanhados por telefonemas semanais, encontros presenciais mensais, registraram as sessões em um diário e foram monitorados por pedômetro e cardiofrequencímetro. Ambas intervenções se mostraram efetivas, em magnitudes semelhantes, na melhora da capacidade funcional diretamente mensurada por teste de campo e autorrelatada e na melhora do componente físico da qualidade de vida dos indivíduos com DAP. Dentre os fatores de risco cardiovascular, apenas a pressão arterial sistólica apresentou melhora significativa no grupo PRPA. O nível de atividade física não apresentou alteração significativa nesse estudo e a adesão aos tratamentos não diferiu entre os grupos. O terceiro artigo objetivou investigar a aceitabilidade e satisfação do PDE, por meio de um estudo qualitativo. Foram entrevistados 20 sujeitos que completaram o ensaio clínico e estavam alocados no grupo PED. Após a análise de conteúdo temática, a aceitabilidade e a satisfação dos participantes com a reabilitação domiciliar foram relacionadas a cinco temas principais: repercussões na saúde, experiência da reabilitação domiciliar, papel do fisioterapeuta, usabilidade das ferramentas e incorporação da caminhada na vida cotidiana após a reabilitação. Os temas refletiram que a reabilitação domiciliar foi percebida pelas pessoas com DAP como aceitável e satisfatória. Em conjunto, os resultados desses estudos sugerem que a reabilitação domiciliar pode ser implementada na prática clínica de forma alternativa ou associada à reabilitação presencial contribuindo para expandir o acesso e a participação na fisioterapia vascular.
Abstract: Peripheral arterial disease (PAD) is characterized by a progressive deterioration in functional capacity and quality of life. Supervised physical exercise is recommended as a first-line treatment to improve symptoms and functionality in these patients. However, despite the efficacy of this intervention, it remains underutilized. The barriers to expanding the coverage and participation of this therapeutic modality include availability of clinical and patient engagement. Faced with this challenge, the homebased exercise program represents an alternative that can increase access to care for people with PAD. However, the lack of robust evidence indicating the effectiveness of this therapeutic approach restricts its widespread clinical implementation. Thus, the general objective of this thesis was to compare the effectiveness of the home-based exercise program (HEP) and the face-to-face outpatient rehabilitation program (FORP) on functional capacity directly measured by field testing, quality of life, self-reported functional impairment, cardiovascular risk factors, and physical activity level of individuals with PAD, as well as to investigate adherence to the programs and the acceptability and satisfaction with the HEP. To this end, two studies were developed: a randomized clinical trial and a qualitative study, which resulted in three articles presented in this thesis. The first article describes the intervention protocol. The second article involved 42 individuals with symptomatic PAD who were randomized into two groups to receive a prescription for intermittent walking exercises with an intensity close to the moderate to maximum claudication symptom, three times a week, for 12 weeks, through a HEP or a FORP. The FORP corresponded to the usual practice of the vascular rehabilitation service and in the HEP the participants performed the exercise in or near their homes and were accompanied by weekly phone calls, monthly face-to-face meetings, recorded the sessions in a diary and were monitored by a pedometer and heart rate monitor. Both interventions were effective, to similar extents, in improving objective and self-reported functional capacity and in improving the physical component of the quality of life of individuals with PAD. Among the cardiovascular risk factors, only systolic blood pressure showed significant improvement in the FORP group. The level of physical activity did not show significant changes in this study and adherence to treatments did not differ between groups. The third article aimed to investigate the acceptability and satisfaction of the HEP, through a qualitative study. Twenty subjects who completed the randomized clinical trial and were allocated to the PED group were interviewed in depth. After thematic content analysis, the participants' acceptability and satisfaction with home-based rehabilitation were related to five main themes: health repercussions, experience of home-based rehabilitation, role of the physiotherapist, usability of tools, and incorporation of walking into daily life after rehabilitation. The themes reflected that home-based rehabilitation was perceived by people with PAD as acceptable and satisfactory. Taken together, the results of these studies suggest that home-based rehabilitation can be implemented in clinical practice as an alternative or associated with face-to-face programs, contributing to expanding access and participation in vascular rehabilitation.
Subject: Doença arterial periférica
Exercícios físicos
Tratamento domiciliar
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/77903
Issue Date: 27-Sep-2024
Appears in Collections:Teses de Doutorado



Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.