Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/78085
Tipo: Dissertação
Título: Jovens que residem com a mãe: a participação no cuidado doméstico
Autor(es): Carolina de Oliveira Goretti
Primeiro Orientador: Adriana de França Drummond
Primeiro membro da banca : Luciana Assis Costa
Segundo membro da banca: Erica Dumont Pena
Resumo: O cuidado doméstico é um trabalho de manutenção de vida que foi naturalizado como ato de amor feminino. A divisão sexual do trabalho é construída socialmente e tem sido modificada por fatores políticos, econômicos e sociais. Há uma tendência mundial de mudança dos arranjos familiares com o adiamento da saída dos filhos adultos da casa dos/das pais/mães. No Brasil, há um aumento na proporção de famílias com filhos maiores de 18 anos residindo com os pais, sendo que a mudança mais significativa ocorre na faixa etária entre 25 e 34 anos (IBGE, 2016). O presente estudo tem como objetivo compreender a percepção das jovens que residem com a mãe sobre o cuidado doméstico. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual foram entrevistadas cinco jovens solteiras ou separadas, que residem com a mãe, moradoras de Belo Horizonte e região metropolitana, com idade entre 25 e 34 anos, de diferentes níveis socioeconômicos e raças. Utilizou-se entrevistas semiestruturadas e, para classificação socioeconômica, o Critério de Classificação Econômica Brasil (ABEP, 2021). Para a interpretação dos dados utilizou-se a análise de conteúdo (BARDIN, 2016). Os resultados mostraram que as jovens participam mais de atividades domésticas voltadas para o cuidado para si do que de atividades domésticas familiares e a menor participação justifica-se pelo envolvimento nos estudos, assim como na infância e na adolescência. Em situações de ausência da mãe, a jovem é acionada e realiza as tarefas domésticas como uma ajuda. O cuidado doméstico não é compreendido pelas participantes como uma atividade naturalmente feminina, porém permanece centralizado na mulher e, sobretudo, na mãe. Conclui-se que as jovens que residem, sobretudo com as mães, compreendem o cuidado doméstico como algo primordial para a manutenção da vida e como algo desgastante, no entanto, mantém a desigualdade de gênero entre as próprias mulheres ao assentirem com a maior responsabilidade desse cuidado centrado na figura materna.
Abstract: Domestic care is life-sustaining work that has been naturalized as an act of female love. The sexual division of labor is socially constructed and has been modified by political, economic and social factors. There is a worldwide tendency to change family arrangements with the postponement of adult children leaving their parents' home. In Brazil, there is an increase in the proportion of families with children over 18 years old living with their parents, with the most significant change occurring in the age group between 25 and 34 years old (IBGE, 2016). The present study aims to understand the perception of young women who live with their mothers about domestic care. This is a qualitative study, in which five young single or separated women were interviewed, who live with their mother, residents of Belo Horizonte and the metropolitan region, aged between 25 and 34 years old, of different socioeconomic levels and races. Semi-structured interviews were used and, for socioeconomic classification, the Brazilian Economic Classification Criteria (ABEP, 2021). To interpret the data, content analysis was used (BARDIN, 2016). The results showed that young women participate more in domestic activities aimed at caring for themselves than in family domestic activities and the lower participation is justified by their involvement in studies, as well as in childhood and adolescence. In situations where the mother is absent, the young woman is called in and performs household tasks as a help. Domestic care is not understood by the participants as a naturally feminine activity, but it remains centered on women and, above all, on the mother. It is concluded that young women who live, especially with their mothers, understand domestic care as something essential for maintaining life and as something exhausting, however, it maintains gender inequality among women themselves by agreeing with the greater responsibility of this care centered on the mother figure.
Assunto: Mulheres - Relações familiares
Trabalho feminino
Trabalho
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Curso: Programa de Pós-Graduação em Estudos da Ocupação
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/78085
Data do documento: 17-Nov-2023
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