Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/78364
Type: Tese
Title: Magnitude das iniquidades em saúde bucal no Brasil
Other Titles: Magnitude of oral health inequality in Brazil
Authors: Anna Rachel dos Santos Soares
First Advisor: Raquel Conceição Ferreira
First Co-advisor: Loliza Chalub Luiz Figueiredo Houri
First Referee: Carolina da Franca Bandeira Ferreira dos Santos
Second Referee: Fernanda Lamounier Campos
Third Referee: Patrícia Maria Pereira de Araújo Zarzar
metadata.dc.contributor.referee4: Janice Simpson de Paula
Abstract: Avaliar e monitorar indicadores de saúde bucal ao longo do tempo permite compreender o alcance e impacto de políticas públicas nas iniquidades em saúde bucal. Índices complexos de iniquidade têm sido utilizados por serem indicados para avaliar a magnitude das iniquidades absolutas e relativas e fazer comparações ao longo do tempo. Todavia, estudos brasileiros utilizando essa abordagem para desfechos em saúde bucal não foram identificados. O primeiro produto desta tese avaliou a magnitude das iniquidades de renda e escolaridade na autopercepção de saúde bucal de brasileiros entre os anos de 2013 e 2019 e as diferenças entre as regiões brasileiras. O segundo produto avaliou a magnitude das disparidades socioeconômicas na Dentição Funcional (DF) e efeito do uso de serviços odontológicos entre os mesmos anos. Foram realizados estudos transversais analíticos com dados secundários públicos da Pesquisa Nacional de Saúde realizada nos anos de 2013 e 2019. Amostragem probabilística por conglomerados foi obtida para seleção de adultos (>18 anos) que responderam questionário estruturado com informações do domicílio, dos moradores e, características individuais do morador sorteado. A autopercepção de saúde bucal foi avaliada pela pergunta “Como avalia sua saúde bucal (dentes e gengiva)?” e a DF pelo autorrelato do número de dentes perdidos (“Quantos dentes permanentes de cima / de baixo perdeu?"). Sexo, idade, escolaridade, renda e uso de serviços odontológicos foram as covariáveis. Os indicadores escolaridade (anos de estudo) e renda per capita (salários-mínimos) foram utilizados para medir as diferenças socioeconômicas nos subgrupos da população brasileira. Magnitude das iniquidades absolutas e relativas foi medida por índices complexos de iniquidade obtidos por modelos lineares generalizados (logbinomial) ajustados por sexo e idade: Índice Angular (IAD) e Índice Relativo de Desigualdade (IRD). Termo de interação foi utilizado para calcular mudanças do IAD/IRD ao longo dos anos. Uso de serviços odontológicos foi incluído no modelo para observar o efeito sobre as disparidades da DF (Stata v.17). A prevalência da autopercepção positiva de saúde bucal foi de 67,50% e 69,68% em 2013 e 2019, respectivamente. Menor nível educacional e renda associaram-se à menor prevalência deste desfecho. Observou-se redução significativa da magnitude da IRD para escolaridade no Brasil e nas regiões Norte e Nordeste, entre 2013 e 2019. Para renda, redução significativa do IRD foi encontrada apenas para o Norte. Maior prevalência de DF foi observada entre adultos mais escolarizados, com maior renda e que utilizaram os serviços odontológicos de forma regular nos dois anos. Redução significativa do IAD/IRD para escolaridade foi observada entre os anos, enquanto para renda a redução não foi significativa. Utilizar os serviços odontológicos de forma regular modifica a magnitude dos índices IAD/IRD da DF. Os resultados demonstram que apesar da redução da magnitude das iniquidades socioeconômicas em dois desfechos de saúde bucal, as diferenças na população persistem. Políticas públicas de saúde bucal brasileiras que busquem a equidade em saúde podem ter contribuído para a redução das iniquidades entre 2013 e 2019. Porém, ações redistributivas de poder que atuem na população mais vulnerável são necessárias para reduções significativas das disparidades socioeconômicas em saúde bucal.
Abstract: Assessing and monitoring oral health indicators over time are actions that allow us to understand the scope and impact of public policies on oral health inequalities. Complex inequality measures are indicated to assess the magnitude of absolute and relative socioeconomic inequalities and to make comparisons over time across populations. However, no Brazilian studies were identified using this approach for oral health outcomes. The first product of this thesis aimed to assess the magnitude of income and education inequalities in the self-reported of oral health (SROH) of Brazilians between 2013 and 2019 and the differences between Brazilian regions. The second product aimed to assess the magnitude of socioeconomic inequalities in Functional Dentition (FD) and the effect of the use of dental services between the same years. Analytical cross-sectional studies were carried out with secondary public data from the National Health Survey (NHS), conducted in 2013 and 2019. Probabilistc cluster sampling was obtained to select adults (> 18 years old) who answered a structure questionnaire with information about the household, residents, and individual characteristics of the selected resident. SROH was assessed by the question “In general, how do you evaluate your oral health (teeth and gums)?” and FD assessed by self-reporting number of missing teeth (“How many permanent upper/lower teeth have you lost?”). Sex, age, education, income, and use of dental services were the covariables. The indicators education (years of study) and per capita income (minimum wages) were used to measure socioeconomic differences in subgroups of the Brazilian population. The magnitude of absolute and relative inequalities was measured by generalized linear models (log-binomial) adjusted for sex and age to generate complex indicators of inequality: Slope Index of Inequality (SII) and Relative Index of Inequality (RII) (Stata v.17). The prevalence of SROH was 67.50% and 69.68% between 2013 and 2019, respectively. Lower educational level and lower income levels were associated with lower prevalence of this outcome. A significant reduction in the magnitude of RII for education was observed in Brazil and in the North and Northeast of the country. For income, a significant reduction in RII was found only for the North region. A higher prevalence of FD was observed among more educated adults, with higher income and who used dental services regularly in both years. A significant reduction in education-based SII was observed between the years evaluated, while for income the reduction was not significant. Using dental services regularly modifies the magnitude of SII and RII of FD. The results demonstrate that despite the reduction in the magnitude of socioeconomic inequalities in two oral health outcomes, differences in population persist. Brazilian public oral health policies that seek health equity may have contributed to the reduction of inequalities between 2013 and 2019. However, there is a need to implement redistributive power policies that act on the population in the most vulnerable socioeconomic situation to significantly reduce inequities in oral health.
Subject: Saúde bucal
Disparidades nos níveis de saúde
Utilização de instalações e serviços
Perda de dente
Inquéritos de saúde bucal
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/78364
Issue Date: 24-Oct-2024
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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