Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/78437
Type: Tese
Title: Duração do sono, insônia e função cognitiva: performance e declínio em quatro anos de seguimento na coorte ELSA-Brasil
Authors: Tamiris Amanda Rezende Ribeiro
First Advisor: Sansdhi Maria Barreto
First Co-advisor: Luana Giatti Gonçalves
First Referee: Paulo Rossi Menezes
Second Referee: Cláudia Kimie Suemoto
Third Referee: Lucia Rotenberg
metadata.dc.contributor.referee4: José Henrique Dias Pinto de Barros
Abstract: Objetivos: Os objetivos desta tese foram dois: 1) investigar a associação isolada e combinada entre distúrbios do sono (duração do sono, sintomas de insônia nas últimas 30 noites e cansaço diurno) e desempenho em testes cognitivos; e 2) avaliar a associação longitudinal entre os sintomas de insônia (dificuldade de iniciar o sono ou de manter o sono ou acordar mais cedo) e o desempenho cognitivo em domínios distintos, e verificar se as associações encontradas variaram segundo o nível de escolaridade. Métodos: Resultados apresentados em dois artigos originais. No primeiro, realizou-se análise transversal incluindo os participantes da visita 2 (2012-2014) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Regressão polinomial com termo quadrático e modelos de regressão linear múltipla foram realizados para avaliar associações isoladas e combinadas entre os distúrbios e a duração do sono e o desempenho na memória, fluência, função executiva e cognição global. O segundo artigo trata-se de análise longitudinal com dados obtidos nas visitas 2 (2012-2014) e 3 (2017-2019) do ELSA-Brasil, totalizando cerca de quatro anos de acompanhamento. Regressão linear de efeitos mistos com intercepto aleatório foram utilizados para estimar associações e testar o impacto da insônia em mudanças longitudinais nos escores padronizados para os testes de memória, fluência e função executiva realizados nas duas visitas. A variável tempo entre visitas foi estimada pela diferença entre as idades dos participantes nas Visitas 3 e 2. Um termo de interação entre escolaridade e insônia foi adicionado aos modelos finais para verificar se o nível de escolaridade modificava a associação encontrada entre insônia e cognição. Resultados: No primeiro artigo, associações em forma de U invertido foram observadas entre duração do sono e desempenho cognitivo em todas as habilidades, indicando que durações menores ou maiores que sete horas foram associadas ao pior desempenho, independentemente da idade. O relato de insônia foi associado ao pior desempenho no teste de função executiva (β: -0.08; IC95% -0.15 a -0.01), sendo as magnitudes das associações maiores para indivíduos com insônia em dois ou mais momentos (β: -0.12; intervalo de confiança [IC]95% -0.19 a -0.05) ou, especialmente, para insônia combinada com sono curto (β: -0.18; IC95% -0.24 a -0.11). Insônia em dois ou mais períodos também foi associada ao menor desempenho no teste de memória e na cognição global. Não houve associação entre qualquer distúrbio do sono e fluência verbal. Cansaço diurno isolado não foi associado ao desempenho nos testes avaliados. No segundo artigo, os sintomas de insônia frequentes no início do sono foram associados a piores desempenhos na fluência verbal (β: -0.0998; CI95%: -0.1774 a -0.0222) e na função executiva (β: -0.0899; CI95%: -0.1655 a -0.0143), com indícios de gradiente dose-resposta na associação com a frequência da insônia nesta última habilidade. A insônia no final do sono, quase sempre/sempre, foi associada ao pior desempenho no teste de memória (β: -0.0918; CI95%: -0.1774; -0.0062) e de função executiva (β: -0.0918; CI95%: -0.1734 a -0.0162). A insônia no meio do sono associou-se de forma inconsistente com o desempenho cognitivo: enquanto aqueles que apresentaram sintomas às vezes tiveram pior desempenho na memória (β: -0.0658; CI95%: -0.1263 a -0.0054), os que apresentaram dificuldade de manutenção do sono, quase sempre/sempre, tiveram melhor desempenho no teste de fluência verbal (β: 0.1258; CI95%: 0.0440 a 0.2075). Entretanto, sintomas de insônia não foram associados a mudanças na velocidade de declínio cognitivo entre as duas visitas. Também não verificamos interação entre o nível de escolaridade e o relato de insônia com o desempenho em nenhuma habilidade cognitiva avaliada. Conclusão: Os resultados sugeriram que a duração extrema do sono é prejudicial para quase todas as funções cognitivas investigadas, enquanto a insônia parece afetar mais fortemente a função executiva. Apesar dos sintomas da insônia em diferentes períodos se mostrarem prejudiciais a habilidades como memória, fluência verbal e função executiva, esses sintomas não alteraram a velocidade do declínio cognitivo no período de estudo. Além disso, os resultados não suportam a hipótese de que a escolaridade modifique a associação entre insônia e cognição.
Abstract: Objectives: The objectives of this thesis were twofold: 1) to investigate the isolated and combined association between sleep disorders (sleep duration, insomnia symptoms in the last 30 nights and daytime tiredness) and performance on cognitive tests; and 2) evaluate the longitudinal association between insomnia symptoms (difficulty falling asleep or staying asleep or waking up earlier) and cognitive performance in different domains, and verifying whether the associations found varied according to the level of education. Methods: Results presented in two original articles. In the first, a cross-sectional analysis was carried out including participants from visit 2 (2012-2014) of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil). Polynomial regression with a quadratic term and multiple linear regression models were performed to evaluate isolated and combined associations between sleep disturbances and duration and performance in memory, fluency, executive function, and global cognition. The second article is a longitudinal analysis with data obtained in visits 2 (2012-2014) and 3 (2017-2019) of ELSA-Brazil, totaling around four years of follow-up. Mixed-effects linear regression with random intercept were used to estimate associations and test the impact of insomnia on longitudinal changes in standardized scores for tests of memory, fluency, and executive function performed at the two visits. The variable time between visits was estimated by the difference between the ages of participants in Visits 3 and 2. An interaction term between education and insomnia was added to the final models to verify whether the level of education modified the association found between insomnia and cognition. Results: In the first article, inverted U-shaped associations were observed between sleep duration and cognitive performance in all abilities, indicating that durations shorter or longer than seven hours were associated with worse performance, regardless of age. Reporting insomnia was associated with worse performance on the executive function test (β: -0.08; 95% CI -0.15 to -0.01), with the magnitudes of associations being greater for individuals with insomnia at two or more moments (β: -0.12; confidence interval [CI]95% 0.19 to -0.05) or, especially, for insomnia combined with short sleep (β: -0.18; CI95% -0.24 to -0.11). Insomnia in two or more periods was also associated with lower performance on the memory test and global cognition. There was no association between any sleep disorder and verbal fluency. Isolated daytime fatigue was not associated with performance in the evaluated tests. In the second article, frequent insomnia symptoms at the beginning of sleep were associated with worse performance in verbal fluency (β: -0.0998; CI95%: -0.1774 to -0.0222) and in executive function (β: -0.0899; CI95%: - 0.1655 to -0.0143), with evidence of a doseresponse gradient in the association with the frequency of insomnia in this last ability. Insomnia at the end of sleep, almost always/always, was associated with worse performance in the memory test (β: -0.0918; CI95%: -0.1774; -0.0062) and executive function (β: -0.0918; CI95%: -0.1734 to -0.0162). Mid-sleep insomnia was inconsistently associated with cognitive performance: while those who showed symptoms sometimes had worse memory performance (β: -0.0658; CI95%: -0.1263 to -0.0054), those who had difficulty sleep maintenance, almost always/always, performed better on the verbal fluency test (β: 0.1258; CI95%: 0.0440 to 0.2075). However, insomnia symptoms were not associated with changes in the speed of cognitive decline between the two visits. We also did not verify any interaction between the level of education and the report of insomnia with the performance in any cognitive abilitie assessed. Conclusion: The results suggested that extreme sleep duration is detrimental to almost all cognitive functions investigated, while insomnia appears to most strongly affect executive function. Although insomnia symptoms at different periods were shown to be detrimental to abilities such as memory, verbal fluency and executive function, these symptoms did not alter the speed of cognitive decline during the study period. Furthermore, the results do not support the hypothesis that education modifies the association between insomnia and cognition.
Subject: Duração do Sono
Distúrbios do Início e da Manutenção do Sono
Fadiga
Grupos Etários
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/78437
Issue Date: 20-Jun-2024
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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