Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/78573
Tipo: Tese
Título: Mosaicos da vida urbana : envelhecer(es) em Belo Horizonte e suas iniquidades intraurbanas
Título(s) alternativo(s): Mosaics of urban life: aging(s) in Belo Horizonte and its Iintraurban inequities
Autor(es): Denise Marques Sales
primer Tutor: Doralice Barros Pereira
primer miembro del tribunal : Karla Cristina Giacomin
Segundo miembro del tribunal: Rafael de Castro Catão
Tercer miembro del tribunal: Andrea Branco Simão
Cuarto miembro del tribunal: Heloísa Soares de Moura Costa
Resumen: Fazemos parte de uma geração que vivencia, pela primeira vez, uma velhice mais longa e que demanda reflexões e ações urgentes quanto à sua qualidade e dignidade de vida. Nesse processo, trajetórias de vida estão individualmente entrelaçadas com contextos sociais, políticos e econômicos caracterizando distintos envelhece(res), exigindo adaptações, recursos financeiros, assistências e cuidados. Diante dessa trama: onde estão essas pessoas que sobrevivem por mais de 60 anos? Em quais condições socioeconômicas elas se encontram? Superando quais desafios? O foco dessa pesquisa foi o de identificar as distintas formas de envelhecer na cidade de Belo Horizonte (MG), suas manifestações territoriais e os acessos à saúde e à assistência social. As mudanças na composição familiar e o crescimento desse grupo populacional demandam mais do que a discussão das produções sociais de estereótipos sobre os processos de envelhecimento, e sim privilegiar ações que promovam melhores condições de saúde, de interação com o ambiente construído e social. O objetivo foi compreender como essas mudanças podem proporcionar diferentes condições de envelhecimento, nichos de segregação socioespacial e contextos de iniquidades intraurbanas para a população com 60 anos ou mais, nas Unidades de Desenvolvimento Humano em Belo Horizonte, nos anos de 2010, 2022 e 2023. Para isso, foram feitas análises espaciais quanto às suas variações das características demográficas, socioeconômicas e de saúde. Por meio de entrevistas semiestruturadas, obteve-se as narrativas de quatro grupos de interlocutores - gestores, trabalhadores da saúde e assistência social, representantes da sociedade civil e pessoas com 60 anos ou mais - quanto ao envelhecer na cidade. As características sociodemográficas revelaram padrões territoriais que podem estar significativamente associados à segregação socioespacial e iniquidades que impactam no envelhecimento. Para Belo Horizonte, segundo os dados censitários de 2010, as maiores taxas de envelhecimento e os melhores indicadores socioeconômicos predominam na regional Centro-sul e bairros circunvizinhos. Ao mesmo tempo, as regionais Venda Nova, Norte e Barreiro apresentam os piores indicadores, bem como em algumas vilas, favelas e bairros periféricos, que estão distribuídos, em menor concentração, por toda a cidade. Essa tendência dialoga com diversas constatações narradas ao longo das entrevistas semiestruturadas concedidas. Múltiplas foram as velhices percebidas, diversos os contextos vividos, num tecido urbano que mescla a individualidade e os propósitos de vida com a coletividade, às estratégias para sobrevivência e a busca da manutenção de uma vida com dignidade, qualidade e saúde. Destaca-se o papel e a importância das redes de apoio, do cuidado, do acesso à informação, à saúde, à assistência social, à cultura e lazer para alcançar um envelhecimento ativo e saudável; e igualmente, enunciamos a dureza das mazelas vividas, pelas pessoas com 60 anos ou mais, atravessadas pela desigualdade social, violência, solidão, rompimento de vínculos, abandono, isolamento pela covid-19, idadismo, adoecimento emocional e a dificuldade de acesso às instituições de longa permanência. A pesquisa transparece o viver e envelhecer em uma cidade que explicita não estar preparada para tal realidade. Ademais durante a sindemia da Covid-19 contou com a rede SUS-BH para suportar o processo de necropolítica praticado no governo federal (gestão 2019 – 2022). As evidências e reflexões trazidas ampliam o entendimento de uma complexa rede de fatores que incidem sobre as distintas condições de envelhecimento em Belo Horizonte. Portanto, seu conteúdo poderá apoiar a reformulação de políticas públicas que intersetorialmente possam trabalhar e proporcionar um meio urbano de maior qualidade de vida às pessoas em especial, com 60 anos ou mais.
Abstract: We are part of a generation that experiences, for the first time, a longer old age that demands urgent reflections and actions regarding its quality and dignity of life. In this process, life trajectories are individually intertwined with social, political, and economic contexts, characterizing different ways of aging, requiring adaptations, financial resources, assistance, and care. In this context: where are the people who have survived for over 60 years? In what socioeconomic conditions do they find themselves? Overcoming what challenges? The focus of this research was to identify the different ways of aging in the city of Belo Horizonte (MG), their territorial manifestations, and the access to health and social assistance. Changes in family composition and the growth of this population group demand more than a discussion of the social production of stereotypes about the aging processes; they call for actions that promote better health conditions and interaction with the built and social environment. We aim to understand how these changes can provide different conditions for aging, niches of socio-spatial segregation, and contexts of intra-urban inequalities for the population aged 60 and over, in the Human Development Units in Belo Horizonte, in the years 2010, 2022, and 2023. To achieve this, we developed spatial analyses regarding their variations in demographic, socioeconomic, and health characteristics. We investigated, through semi-structured interviews, the narratives of four groups of interlocutors – public administrators, health and social assistance workers, civil society representatives, and people aged 60 and over - regarding aging in the city. The sociodemographic characteristics revealed territorial patterns that can be significantly associated with socio-spatial segregation and inequalities that impact aging. For Belo Horizonte, according to the 2010 census data, the highest aging rates and the best socioeconomic indicators predominate in the Mid-South region and surrounding neighborhoods. At the same time, the regions of Venda Nova, North, and Barreiro present the worst indicators, as well as some villages, slums, and peripheral neighborhoods, which are distributed, in lower concentration, throughout the city. This trend is in dialogue with various findings narrated during the semi-structured interviews. Multiple forms of old age were perceived, diverse contexts were lived, in an urban fabric that blends individuality and life purposes with collectivity, survival strategies, and the pursuit of maintaining a life with dignity, quality, and health. We highlight the role and importance of support networks, care, access to information, health, social assistance, culture, and leisure to achieve active and healthy aging; and equally, we point out the harshness of the miseries experienced by people aged 60 and over, crossed by social inequality, violence, loneliness, rupture of bonds, abandonment, isolation due to covid-19, ageism, emotional illness, and difficulty accessing long-term care institutions. The research reflects living and aging in a city that is evidently not prepared for such a reality. Additionally, during the Covid-19 syndemic, it relied on the SUS-BH network to withstand the necropolitics practiced in the previous Brazilian federal government (2019 – 2022). The evidence and reflections brought forth expand the understanding of a complex network of factors that affect the different aging conditions in Belo Horizonte. Therefore, its content may support the reformulation of public policies that can intersectorally work and provide an urban environment of higher quality of life for people, especially those aged 60 and over.
Asunto: . Envelhecimento – Disparidades regionais – Belo Horizonte (MG)
Qualidade de vida – Belo Horizonte (MG)
Geografia Humana
Planejamento urbano – Aspectos sociais
Análise espacial (Estatística)
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/78573
Fecha del documento: 16-sep-2024
Aparece en las colecciones:Teses de Doutorado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
Tese_Mosaicos_da_vida_urbana_Envelheceres_em_BeloHorizonte_DeniseMarquesSales_Final.pdf11.54 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este elemento está licenciado bajo una Licencia Creative Commons Creative Commons