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http://hdl.handle.net/1843/78584
Type: | Dissertação |
Title: | Impacto da COVID longa na capacidade funcional e na qualidade de vida: um estudo caso-controle |
Authors: | André Ribeiro de Paula |
First Advisor: | Luciano Fonseca Lemos de Oliveira |
First Co-advisor: | Carolina Coimbra Marinho |
First Referee: | Fernanda de Cordoba Lanza |
Second Referee: | Eduardo Elias Vieira de Carvalho |
Abstract: | Introdução: A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi identificada pela primeira vez em Wuhan, China, no final de 2019 e rapidamente se espalhou pelo mundo, causando uma pandemia global. Embora a maioria dos pacientes se recupere da fase aguda, um número significativo continua a apresentar sintomas persistentes, conhecidos como COVID longa. Este estudo visa avaliar as diferenças nas respostas ao teste de exercício cardiopulmonar (TECP) entre pacientes com e sem dispneia, 38 meses após a infecção inicial por COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo clínico transversal do tipo caso-controle, envolvendo indivíduos de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que foram hospitalizados por mais de 24 horas devido à COVID-19. Os participantes foram divididos em dois grupos: com dispneia e sem dispneia, com base na Escala de Dispneia Modificada (mMRC). As avaliações incluíram exame clínico, avaliação da função pulmonar (manovacuometria e espirometria), teste de esforço cardiopulmonar (TECP), espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) e questionário de qualidade de vida (SF-36). Resultados: O grupo com dispneia apresentou VO2 pico e % do VO2 predito significativamente menores, além de menor potência pico e VE pico, em comparação ao grupo sem dispneia. Não houve diferenças significativas nas variáveis de função pulmonar entre os grupos. A saturação tecidual de oxigênio (StO2) durante o exercício foi menor no grupo com dispneia. Além disso, a qualidade de vida, medida pelo questionário SF-36, foi inferior no grupo com dispneia, especialmente nos domínios de capacidade funcional e estado geral de saúde. A análise de correlação revelou uma relação significativa entre o índice cronotrópico e a % do VO2 previsto, destacando a importância da competência cronotrópica na capacidade funcional desses pacientes. Variáveis respiratórias, como a pressão expiratória máxima (PEmáx) e a % da PEmáx predita, correlacionaram-se positivamente com o VO2 pico e a % do VO2 predito. Além disso, o tempo para atingir a saturação mínima de oxigênio no tecido durante o exercício e o consumo de oxigênio muscular (VO2 muscular) mostraram correlações positivas significativas com a % do VO2 predito. Conclusão: Pacientes com dispneia persistente 38 meses após a infecção inicial por COVID-19 apresentam uma capacidade funcional reduzida, pior qualidade de vida e comprometimento na oxigenação muscular durante o exercício. Esses achados ressaltam a importância de estratégias de reabilitação focadas em melhorar as funções autonômica, cardiovascular, pulmonar e a capacidade aeróbica desses indivíduos |
Abstract: | Introduction: COVID-19, caused by the SARS-CoV-2 virus, was first identified in Wuhan, China, in late 2019 and rapidly spread worldwide, causing a global pandemic. Although most patients recover from the acute phase, a significant number continue to experience persistent symptoms, known as long COVID. This study aims to assess differences in cardiopulmonary exercise testing (CPET) responses between patients with and without dyspnea, 38 months after initial COVID-19 infection. Methods: A cross-sectional case-control clinical study was conducted involving individuals of both sexes, aged over 18 years, who were hospitalized for more than 24 hours due to COVID-19. Participants were divided into two groups: with and without dyspnea, based on the Modified Dyspnea Scale (mMRC). Assessments included clinical examination, lung function assessment (manovacuometry and spirometry), cardiopulmonary exercise testing (CPET), near-infrared spectroscopy (NIRS), and quality of life questionnaire (SF-36). Results: The dyspnea group had significantly lower peak VO2 and % predicted VO2, as well as lower peak power and peak VE, compared to the group without dyspnea. There were no significant differences in lung function variables between the groups. Tissue oxygen saturation (StO2) during exercise was lower in the dyspnea group. In addition, quality of life, measured by the SF-36 questionnaire, was lower in the dyspnea group, especially in the functional capacity and general health status domains. Correlation analysis revealed a significant relationship between the chronotropic index and % predicted VO2, highlighting the importance of chronotropic competence in the functional capacity of these patients. Respiratory variables, such as maximum expiratory pressure (MEP) and % predicted MEP, correlated positively with peak VO2 and % predicted VO2. Furthermore, time to reach minimum tissue oxygen saturation during exercise and muscle oxygen consumption (muscle VO2) showed significant positive correlations with % predicted VO2. Conclusion: Patients with persistent dyspnea 38 months after initial COVID-19 infection have reduced functional capacity, worse quality of life, and impaired muscle oxygenation during exercise. These findings highlight the importance of rehabilitation strategies focused on improving autonomic, cardiovascular, pulmonary functions, and aerobic capacity in these individuals. |
Subject: | COVID-19 (Doença) Capacidade funcional Qualidade de vida |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação |
Rights: | Acesso Aberto |
metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/pt/ |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/78584 |
Issue Date: | 26-Aug-2024 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
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