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Tipo: Dissertação
Título: Associação do ambiente alimentar de varejo com a depressão em adultos de Belo Horizonte-MG: um recorte do projeto CUME
Título(s) alternativo(s): Association of retail food environment with depression in adults from Belo Horizonte-MG: an analysis from the CUME project
Autor(es): Eduardo Rafael Camargos
primer Tutor: Milene Cristine Pessoa
primer Co-tutor: Caroline Camila Moreira
metadata.dc.contributor.advisor-co2: http://lattes.cnpq.br/5351005397342463
primer miembro del tribunal : Larissa Loures Mendes
Segundo miembro del tribunal: Olivia Souza Honório
Resumen: Introdução: A depressão é uma das principais causas de incapacidade global e está associada a padrões alimentares não saudáveis. As transformações nos ambientes alimentares de varejo (AAV) têm favorecido a maior disponibilidade de alimentos ultraprocessados, enquanto a presença de estabelecimentos que oferecem alimentos in natura e/ou minimamente processados permanece limitada, especialmente em áreas urbanas. Esse contexto pode influenciar negativamente a saúde mental, todavia, a relação entre AAV e depressão ainda é pouco explorada. Objetivo: Este estudo avaliou a associação entre AAV e depressão em adultos de Belo Horizonte-MG, Brasil. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 2.577 egressos do ensino superior público residentes em Belo Horizonte, – amostra proveniente da Coorte de Universidades Mineiras (CUME). A partir de questionários autorreferidos na linha de base do CUME, as variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde foram coletadas. As variáveis do AAV foram analisadas por meio da contagem, proporção, densidade e razão das densidades de estabelecimentos que comercializam alimentos nos setores censitários do município, os quais foram agrupados em: (a) in natura e/ou minimamente processados; (b) mistos e (c) ultraprocessados, conforme metodologia CAISAN. Foram também utilizadas informações referentes a locais privados para prática atividade física e o Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS). Foram realizadas análises de regressão logística por Equações de Estimativas Generalizadas (GEE), com ajuste por reamostragem bootstrap (1.000 repetições) para garantir a robustez das estimativas. Os efeitos estimados em odds ratio (OR) com intervalo de confiança (IC95%) foram calculados no software estatístico STATA (versão Stata/MP 14.2). Resultados: A maior proporção de estabelecimentos in natura e/ou minimamente processados (OR 0,20; IC95% 0,10–0,73) e razão da densidade de in natura/ultraprocessados (OR 0,52; IC95% 0,28–0,97) estiveram inversamente associadas à depressão. Dentre os comércios com predomínio de ultraprocessados, estabelecimentos do tipo delivery (OR 1,11, IC95% 1,01–1,22) e loja de doces (OR 1,14, IC95% 1,00–1,30) estiveram associados a maiores chances de depressão. Padarias, estabelecimentos comerciais com padrão misto de alimentos, também demonstraram chances aumentadas para depressão (OR 1,12, IC95% 1,01–1,24). Conclusão: O AAV apresenta características que podem exercer tanto um papel protetor quanto de risco sobre a depressão, dependendo da predominância de estabelecimentos que comercializam alimentos in natura ou ultraprocessados. Os resultados destacam a importância de políticas públicas que promovam o acesso a alimentos in natura e mitiguem a presença de ultraprocessados em ambientes urbanos. Recomenda-se que pesquisas futuras considerem estudos longitudinais com outros recortes populacionais, sobretudo com perfis geográficos e socioeconômicos heterogêneos, para aprofundar a compreensão da relação entre o ambiente alimentar e a saúde mental.
Abstract: Introduction: Depression is a leading cause of global disability and is associated with unhealthy dietary patterns. Transformations in retail food environments (RFE) have led to an increased availability of ultra-processed foods, while the presence of establishments offering unprocessed/minimally processed foods remains limited, especially in urban areas. This context may negatively influence mental health; however, the relationship between RFE and depression is still underexplored. Objective: This study evaluated the association between RFE and depression in adults from Belo Horizonte-MG, Brazil. Methods: This is a cross-sectional study involving 2,577 public higher education graduates residing in Belo Horizonte, sourced from the Cohort of Universities of Minas Gerais (CUME). Sociodemographic, behavioral, and health variables were collected from self-reported baseline questionnaires of the CUME. RFE variables were analyzed through the count, proportion, density, and density ratio of food-selling establishments in census tracts of the municipality, which were categorized as: (a) unprocessed/minimally processed; (b) mixed; and (c) ultra-processed, according to the CAISAN methodology. Information on private locations for physical activity and the Health Vulnerability Index (HVI) was also used. Logistic regression analyses using Generalized Estimating Equations (GEE) were conducted, with bootstrap resampling adjustment (1,000 repetitions) to ensure the robustness of estimates. The estimated effects in odds ratios (OR) with confidence intervals (CI95%) were calculated using STATA statistical software (version Stata/MP 14.2). Results: A higher proportion of unprocessed and/or minimally processed establishments (OR 0.20; CI95% 0.10–0.73) and the density ratio of unprocessed/ultra-processed (OR 0.52; CI95% 0.28–0.97) were inversely associated with depression. Among establishments with a predominance of ultra-processed foods, delivery-type establishments (OR 1.11, CI95% 1.01–1.22) and candy stores (OR 1.14, CI95% 1.00–1.30) were associated with higher odds of depression. Bakeries, commercial establishments with a mixed food pattern, also showed increased odds of depression (OR 1.12, CI95% 1.01–1.24). Conclusion: The RFE has characteristics that can have both protective and risk roles on depression, depending on the predominance of establishments selling unprocessed or ultra-processed foods. The results highlight the importance of public policies that promote access to unprocessed foods and mitigate the presence of ultra-processed foods in urban environments. Future research is recommended to consider longitudinal studies with other population segments, particularly with heterogeneous geographic and socioeconomic profiles, to deepen the understanding of the relationship between food environments and mental health.
Asunto: Alimentos in natura
Alimento Processado
Espaço Social Alimentar
Depressão
Comercialização de produtos
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
Curso: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
Tipo de acceso: Acesso Restrito
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/79462
Fecha del documento: 21-nov-2024
Término del Embargo: 21-nov-2026
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