Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/1843/79536
Type: | Dissertação |
Title: | Hipertrofia Ventricular Esquerda: acurácia e valor prognóstico do eletrocardiograma e do Ecocardiograma Transtorácico – estudo ELSA Brasil |
Authors: | Lillian Guimarães de Faria |
First Advisor: | Antônio Luiz Pinho Ribeiro |
metadata.dc.contributor.advisor2: | Marcelo Martins Pinto Filho |
First Referee: | Gabriela Miana de Mattos Paixão |
Second Referee: | Vinícius Tostes Carvalho |
Third Referee: | Bruno de Oliveira Figueiredo Brito |
Abstract: | INTRODUÇÃO: A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) é definida pelo aumento da massa do ventrículo esquerdo acima de limites preestabelecidos. É um preditor independente de mortalidade cardiovascular, sendo seu diagnóstico precoce de fundamental importância. Há três abordagens principais para o diagnóstico de HVE: através do eletrocardiograma (ECG), através ecocardiograma transtorácico (EcoTT) e pela ressonância magnética cardíaca (RMC). Dados da literatura têm sugerido que a HVE identificada pelo ECG e por técnicas de imagem, são entidades clinicamente distintas, com informações prognósticas diversas que, devidamente compreendidas, poderão ser utilizadas em benefício do paciente. OBJETIVO: analisar a acurácia dos critérios eletrocardiográficos de HVE comparado ao EcoTT e o valor prognóstico da presença de HVE pelo ECG e EcoTT para o desfecho composto morte por infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), aqui denominados eventos cardiovasculares maiores, no inglês, major adverse cardiovascular events (MACE). MÉTODOS: estudo longitudinal prospectivo e transversal, de acurácia de método diagnóstico. A população do estudo consistiu em indivíduos da primeira onda do ELSA Brasil, com ECG e EcoTT válidos, excluídos portadores de marcapasso cardíaco, síndrome de Wolff-Parkinson-White e bloqueios intraventriculares completos ao ECG. Os critérios eletrocardiográficos para HVE analisados foram os códigos de Minnesota 3.1; 3.3 e 3.1 + 3.3. Para a análise de acurácia de método diagnóstico, o desempenho de cada critério eletrocardiográfico para HVE foi comparado ao padrão ouro disponível, o EcoTT. Para a análise prognóstica, foi avaliada a incidência cumulativa do desfecho primário nos participantes com HVE definida pelo ECG e pelo EcoTT. RESULTADOS: foram avaliados 2849 indivíduos, 43,6% do sexo masculino. Desse total, 12,5% possuem HVE pelo EcoTT; 4,1% têm HVE pelo código 3.1 de Minnesota; 1,9% têm HVE pelo código 3.3 de Minnesota; 5,9% têm HVE pelo código 3.1 +3.3 de Minnesota e 17% possuem HVE pelo EcoTT em adição ao código 3.1 +3.3. Para diagnóstico de HVE, o código 3.1 de Minnesota apresentou sensibilidade (S) de 7%, especificidade (E) de 96,3%, valor preditivo positivo (VPP) de 21,6% e valor preditivo negativo (VPN) de 87,9%. O código 3.3 apresentou S de 5%, E de 98.6%, VPP de 32,1% e VPN de 87,8%. A soma 3.1 + 3.3 apresentou S de 12%, E de 94,9%, VPP de 24,9% e VPN de 88,2%. Na análise prognóstica, a presença de HVE pelo EcoTT apresentou hazard ratio (HR) para MACE de 3,2 (IC 95% 1,7-5,9). A presença de HVE pelo código 3.1 de Minnesota apresentou HR para MACE de 3,6 (IC 95% 1,5 – 8,4) e a presença de HVE pelos códigos 3.1 + 3.3, HR para MACE de 3,4 (IC 95% 1,6 – 7,3). CONCLUSÕES: a baixa acurácia dos critérios eletrocardiográficos para HVE é consistente com a documentada na literatura. O valor prognóstico dos critérios eletrocardiográficos foi similar ao do EcoTT e mantido após ajuste por outras variáveis, fornecendo evidências exploratórias de que a HVE pelo ECG oferece informações prognósticas independentes. É provável que estimativas mais precisas sejam obtidas em estudos com populações maiores, delineando mais claramente o significado das alterações do ECG na HVE. |
Abstract: | INTRODUCTION: Left ventricular hypertrophy (LVH) is defined by an increase in left ventricular mass above pre-established limits. It is an independent predictor of cardiovascular mortality, and its early diagnosis is of fundamental importance. There are three main approaches to diagnosing LVH: through electrocardiogram (ECG), transthoracic echocardiography (TTE) and cardiac magnetic resonance imaging (MRI). Data from the literature have suggested that LVH identified by ECG and imaging techniques are clinically distinct entities, with different prognostic information that, when properly understood, can be used to benefit the patient. OBJECTIVES: To analyze the accuracy of the electrocardiographic criteria for LVH compared to Echo-TT and the prognostic value of the presence of LVH by ECG and Echo-TT for the composite outcome of death from acute myocardial infarction (AMI), heart failure and stroke, here called major adverse cardiovascular events (MACE). METHODS: prospective longitudinal study and a cross-sectional study of the accuracy of the diagnostic method. The study population consisted of individuals from the first wave of ELSA Brazil, with valid ECG and ECHO, excluding those with cardiac pacemakers, Wolff-Parkinson-White syndrome and complete intraventricular blocks on ECG. The electrocardiographic criteria for LVH analyzed were Minnesota codes 3.1; 3.3 and 3.1 + 3.3. To analyze the accuracy of the cross-sectional diagnostic method, the performance of each electrocardiographic criterion for LVH was compared to the available gold standard, Echo-TT. For the prognostic analysis, the cumulative incidence of the primary outcome in participants with LVH defined by ECG and Echo-TT was assessed. RESULTS: 2849 individuals were evaluated, 43.6% male. We found that 12.5% had LVH by EcoTT; 4.1% had LVH by Minnesota code 3.1; 1.9% had LVH by Minnesota code 3.3; 5.9% had LVH by Minnesota code 3.1 +3.3 and 17% had LVH by EcoTT in addition to code 3.1 +3.3. For the diagnosis of LVH, Minnesota code 3.1 had a sensitivity (S) of 7%, specificity (E) of 96.3%, positive predictive value (PPV) of 21.6% and negative predictive value (NPV) of 87. 9%. Code 3.3 presented S of 5%, E of 98.6%, PPV of 32.1% and NPV of 87.8%. The sum 3.1 + 3.3 presented S of 12%, E of 94.9%, PPV of 24.9% and NPV of 88.2%. In the prognostic analysis, the presence of LVH by EcoTT resulted in a hazard ratio (HR) for MACE of 3.2 (IC 95% 1.7-5.9). The presence of LVH by Minnesota code 3.1 had an HR for MACE of 3.6 (IC 95% 1.5 – 8.4) and the presence of LVH by codes 3.1 + 3.3, an HR for MACE of 3.4 (IC 95% 1.6 – 7.3). CONCLUSIONS: The low accuracy of the electrocardiographic criteria for LVH is consistent with that documented in the literature. The prognostic value of the electrocardiographic criteria for death from MACE was like that of Echo-TT and was maintained after adjusting for other variables, providing exploratory evidence that LVH by ECG offers independent prognostic information. It is likely that more accurate estimates will be obtained in studies with larger populations, more clearly delineating the significance of these ECG alterations in LVH. |
Subject: | Hipertrofia Ventricular Esquerda Eletrocardiografia Prognóstico Estudo Comparativo Fatores de Risco Insuficiência Cardíaca Acidente Vascular Cerebral |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto |
Rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/79536 |
Issue Date: | 18-Dec-2024 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Dissertacao-LillianGuimaraesDeFaria Repositorio Institucional UFMG.pdf | 1.56 MB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.