Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/80269
Tipo: Tese
Título: Fitness of natural hybrids between Dimorphandra exaltata and D. mollis
Título(s) alternativo(s): Performance adaptativa de híbridos naturais entre Dimorphandra exaltata e D. mollis
Autor(es): Aldineia Buss
Primeiro Orientador: José Pires de Lemos Filho
Segundo Orientador: Maria Bernadete Lovato
Primeiro membro da banca : José Pires de Lemos Filho
Segundo membro da banca: Rafaela Cabral Marinho
Terceiro membro da banca: Ana Sílvia Franco Pinheiro Moreira
Quarto membro da banca: André Carneiro Muniz
Quinto membro da banca: Luzia Valentina Modolo
Resumo: The relative fitness of the hybrids in comparison with their parents determines the fate of hybrid zones. Here we evaluate the effects of hybrid fitness on the potential evolution of interspecific hybridization in the Dimorphandra genus, through performance comparison of the parental species, D. exaltata and D. mollis and their hybrids, identified as D. wilsonii, in a hybrid zone from an ecotonal area between Cerrado (savanna vegetation) and the Atlantic Forest in southeastern Brazil. We evaluated: (1) morphological fruit, seed traits, and germination to a temperature range (12 – 40oC) to assess the fitness of parental species, F1 hybrids and backcross (crossing: F1 x D. exaltata); (2) cardinal temperatures, thermal time and thermal safety margin of germination for F1 hybrids and the parental species under current temperature and future scenarios of climate warming; (3) the performance comparison of F1 hybrid offspring with parental species for survival and growth under full sun and shade environments. The F1 hybrid offspring displayed predominantly intermediate fitness relative to its parental species in germination, survival, and growth, performing generally lower than D. exaltata and higher than D. mollis. Their germination, survival and growth were high, with survival and growth performing better under full sunlight environment. Additionally, we found the occurrence of heterosis in the F1 hybrids for some characteristics. Their fruits compared to that of their parents were almost a third larger, and their seeds were heavier than both parental species. The germination of F1 hybrid seeds also showed higher thermal tolerance and wider thermal safety margin than the parents. The growth of the F1 hybrid offspring was similar to or greater than that of either parent. Conversely, the fitness results for backcross hybrid are consistent with hybrid breakdown in further generations. The backcross hybrid produced a much lower number of filled seeds per fruit, with a high ratio of malformed seeds/total seeds per fruit, and a lower germination fitness than the parental species and F1. Together, our results imply that the F1 hybrid combines traits from both parental species, potentially enabling a balanced adaptability to parental and transitional habitats, with greater potential for colonizing hot environments with a high light incidence. Moreover, their higher heat tolerance in germination may confer an adaptive advantage to face the predicted global warming. Additionally, our findings suggest that the postzygotic barriers do not exist or are weak to prevent the establishment of the F1 hybrid offspring, despite having been identified in the backcross generation. This underscores the potential of the early generation of hybrids in contributing to gene flow between parental species, thereby enhancing genetic diversity in the Dimorphandra hybrid zone.
Abstract: A aptidão relativa dos híbridos em comparação com seus progenitores determina o destino das zonas híbridas. Neste estudo, foram avaliados os efeitos da aptidão híbrida no potencial evolutivo da hibridização interespecífica no gênero Dimorphandra, por meio da comparação da performance das espécies parentais, D. exaltata e D. mollis, e de seus híbridos, identificados como D. wilsonii, em uma zona híbrida localizada em uma área ecotonal entre o Cerrado (vegetação de savana) e a Mata Atlântica no sudeste do Brasil. Foram avaliados: (1) características morfológicas dos frutos e sementes, além da germinação em uma faixa de temperatura (12 – 40°C), para analisar a aptidão das espécies parentais, dos híbridos F1 e do híbrido retrocruzado (cruzamento: F1 × D. exaltata); (2) temperaturas cardinais, tempo térmico e margem de segurança térmica da germinação dos híbridos F1 e das espécies parentais sob temperatura média atual e em cenários futuros de aumento de temperatura; (3) a comparação do desempenho da progênie do híbrido F1 em relação às espécies parentais quanto à sobrevivência e crescimento em ambientes de pleno sol e sombra. A progênie do híbrido F1 apresentou aptidão predominantemente intermediária em relação às espécies parentais quanto à germinação, sobrevivência e crescimento, com desempenho geralmente inferior ao de D. exaltata e superior ao de D. mollis. Sua germinação, sobrevivência e crescimento foram elevados, sendo que a sobrevivência e o crescimento foram mais favorecidos em ambiente de plena incidência solar. Além disso, foi identificada a ocorrência de heterose nos híbridos F1 para algumas características. Seus frutos, em comparação com os das espécies parentais, foram quase um terço maiores, e suas sementes apresentaram massa maior do que as de ambas as espécies parentais. As sementes dos híbridos F1 também exibiram maior tolerância térmica e uma margem de segurança térmica mais ampla para a germinação do que as das espécies parentais. Por outro lado, os resultados de aptidão do híbrido de retrocruzamento são compatíveis com o desmoronamento do híbrido em gerações avançadas. O híbrido de retrocruzamento produziu um número substancialmente menor de sementes cheias por fruto, apresentou uma alta proporção de sementes malformadas em relação ao total de sementes por fruto e menor germinação do que as espécies parentais e os híbridos F1. Esses resultados indicam que os híbridos F1 combinam características das duas espécies parentais, o que pode possibilitar uma adaptabilidade a habitats parentais e de transição, com maior potencial de colonização em ambientes quentes e com alta incidência de luz. Além disso, a maior tolerância ao calor durante a germinação pode configurar-se em uma vantagem adaptativa diante do aquecimento global previsto. Ademais, esses achados sugerem que as barreiras pós-zigóticas são inexistentes ou fracas para impedir o estabelecimento da progênie híbrida F1, embora uma barreira tenha sido identificada na geração de retrocruzamento. Isso evidencia o potencial das primeiras gerações de híbridos em contribuir para o fluxo gênico entre as espécies parentais, aumentando assim, a diversidade genética na zona híbrida das Dimorphandras.
Assunto: Desenvolvimento Vegetal
Hibridização Genética
Dimorphandra mollis
Vigor Híbrido
Idioma: eng
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/80269
Data do documento: 29-Nov-2024
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