Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/1843/81933
Type: | Dissertação |
Title: | Glicogenoses hepáticas no Brasil: inquérito nacional |
Authors: | Mariana Pena Costa |
First Advisor: | Eleonora Druve Tavares Fagundes |
First Co-advisor: | Alexandre Rodrigues Ferreira |
First Referee: | Eleonora Druve Tavares Fagundes |
Second Referee: | Alexandre Rodrigues Ferreira |
Third Referee: | Adriana Teixeira Rodrigues |
metadata.dc.contributor.referee4: | Thais Costa Nascentes Queiroz |
metadata.dc.contributor.referee5: | Priscila Menezes Ferri Liu |
Abstract: | Objetivos: descrever as características clínicas, laboratoriais, tratamento e evolução de pacientes com glicogenose hepática acompanhados em centros de referência em hepatologia pediátrica do Brasil. Comparar os achados com o tipo de glicogenose hepática. Métodos: estudo multicêntrico e retrospectivo de pacientes com diagnóstico de glicogenose hepática acompanhados em 13 centros brasileiros. Dados foram coletados de registros em prontuários médicos. Variáveis quantitativas foram descritas em mediana, primeiro e terceiro quartis. As categóricas em frequências absoluta e relativa. Para as comparações das quantitativas por tipo de glicogenose foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, e, das categóricas, os testes do Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher. Para comparar medidas em dois momentos distintos (admissão e última avaliação) em relação às variáveis de interesse, foi aplicado o teste de Wilcoxon. Resultados foram significativos se probabilidade de significância inferior a 5% (p < 0,05). Resultados: Foram incluídos 132 pacientes, 47,8% com gligogenose hepática tipo I, 9,8% com tipo III, 0,8% com tipo IV, 4,5% com tipo VI e 37,1% com tipo IX. Pacientes com glicogenose tipo I, se manifestaram e foram diagnosticados mais precocemente: medianas de 4 (p<0,001) e 52,8 (p<0,034) meses respectivamente. Manifestaram mais episódios de hipoglicemia na apresentação clínica (p<0,001), maior frequência de sobrepeso e obesidade (p=0,006), valores mais altos de colesterol total (p=0,04), triglicérides (p<0,001), lactato venoso (p<0,001) e ácido úrico (p<0,001) à admissão. Na evolução, apresentaram mais frequentemente, microalbuminúria (p<0,001), outras alterações renais (p<0,001) como nefromegalia (57,7%), nefrolitíase (34,6%) e hipertensão arterial (30,8%), infecções com internação (p<0,001), hiperuricemia com necessidade de alopurinol (p<0,001) e adenomas hepáticos (p=0,003). Os três transplantados hepáticos eram do tipo I devido a adenomas e/ou descompensações frequentes. Necessitaram de tratamento com amido cru mais precocemente (p<0,001), de um maior número de doses diárias (p<0,001) e noturnas (p<0,001). Houve melhora significativa das aminotransferases, lípides e lactato no seguimento. Um paciente Ia, faleceu com 1,5 anos por sepse. Pacientes com glicogenose tipo III apresentaram, mais frequentemente, valores elevados de fosfatase alcalina (p=0,003), alanino aminostransferase (p<0,001) e aspartato aminotransferase (p<0,001) à admissão. Durante a evolução, apresentaram mais alteração de creatinofosfoquinase total (p<0,001), maior incidência de miopatia esquelética (p=0,028) e cardiomiopatia (p<0,001). Houve melhora significativa da alanino aminotransferase no seguimento. Pacientes com tipo IX também apresentaram, mais frequentemente, alteração de aspartato aminotransferase (p<0,001) e alanino aminotransferase (p<0,001) à admissão. Houve menor necessidade de uso de amido cru (p<0,001), e, melhora significativa de comprimento (p=0,007), índice de massa corporal (p=0,020) e aminotransferases ao longo do seguimento. Evolução para cirrose ocorreu apenas em pacientes do tipo IX (em 10,2%) em idade mediana de 3,5 anos. Conclusão: Considerar alta suspeição de glicogenose hepática tipo I em pacientes com história de hepatomegalia, hipoglicemia persistente, alteração laboratorial de lípides, lactato e ácido úrico visando diagnóstico e tratamento precoces. Acompanhar do ponto de vista renal, infeccioso e para formação de adenomas hepáticos. Acompanhar pacientes com glicogenose tipo III com atenção para desenvolvimento de miopatia e cardiomiopatia. Acompanhar pacientes com tipo IX com atenção à função hepática, pelo risco de evolução com cirrose hepática. |
Abstract: | Objectives: To describe clinical and laboratory characteristics, treatment and outcomes of patients with hepatic glycogenosis followed at pediatric hepatology referral centers in Brazil. And to compare the findings with the type of hepatic glycogenosis. Methods: Multicenter and retrospective study of patients diagnosed with hepatic glycogenosis followed at 13 Brazilian centers. Data were collected from medical records. Quantitative variables were described as median, first and third quartiles. Categorical variables were described as absolute and relative frequencies. The Kruskal-Wallis test was used to compare quantitative variables by type of glycogenosis. Pearson's chi-square test and Fisher's exact test were used to compare categorical variables. The Wilcoxon test was used to compare measurements at two different moments (admission and last evaluation) of the variables of interest. Results were significant if the probability of significance was less than 5% (p < 0.05). Results: A total of 132 patients were included, 47.8% with type I hepatic glycogenosis, 9.8% with type III, 0.8% with type IV, 4.5% with type VI and 37.1% with type IX. Patients with type I glycogenosis manifested and were diagnosed earlier: medians of 4 (p<0.001) and 52.8 (p<0.034) months, respectively. They manifested with more episodes of hypoglycemia at clinical presentation (p<0.001), higher frequency of overweight and obesity (p=0.006), higher values of total cholesterol (p=0.04), triglycerides (p<0.001), venous lactate (p<0.001) and uric acid (p<0.001) upon admission. During follow-up, they presented, more frequently, microalbuminuria (p<0.001), other renal alterations (p<0.001) such as nephromegaly (57.7%), nephrolithiasis (34.6%) and arterial hypertension (30.8%), infections requiring hospitalization (p<0.001), hyperuricemia requiring allopurinol (p<0.001) and hepatic adenomas (p=0.003). The three liver transplant recipients were type I due to adenomas and/or frequent decompensations. They required treatment with raw starch earlier (p<0.001), a greater number of daily (p<0.001) and nocturnal (p<0.001) doses. There was a significant improvement in aminotransferases, lipids and lactate during follow-up. One patient type Ia died at 1.5 years of age due to sepsis. Patients with glycogen storage disease type III more frequently presented elevated values of alkaline phosphatase (p=0.003), alanine aminotransferase (p<0.001) and aspartate aminotransferase (p<0.001) upon admission. During follow-up, they presented more alterations in total creatine phosphokinase (p<0.001), higher incidence of skeletal myopathy (p=0.028) and cardiomyopathy (p<0.001). There was a significant improvement in alanine aminotransferase during the follow-up. Patients with type IX also presented, more frequently, alterations in aspartate aminotransferase (p<0.001) and alanine aminotransferase (p<0.001) upon admission. There was a lesser need for the use of raw starch (p<0.001), and significant improvement in length (p=0.007), body mass index (p=0.020) and aminotransferases during the follow-up. Evolution to cirrhosis occurred only in type IX patients (in 10.2%) at a median age of 3.5 years. Conclusion: It´s important to consider a high suspicion of type I hepatic glycogenosis in patients with history of hepatomegaly, persistent hypoglycemia, and laboratory alterations in lipids, lactate, and uric acid, aiming at early diagnosis and treatment. Monitor patients from a renal and infectious point of view, as well as for the formation of hepatic adenomas. Monitor patients with type III glycogenosis, paying attention to the development of myopathy and cardiomyopathy. Monitor patients with type IX, paying attention to liver function, due to the risk of progression to liver cirrhosis. |
Subject: | Doença de Depósito de Glicogênio Tipo I Doença de Depósito de Glicogênio Tipo III Doença de Depósito de Glicogênio Evolução Clínica Cirrose Hepática Dissertação Acadêmica |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Saúde da Criança e do Adolescente |
Rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/81933 |
Issue Date: | 4-Feb-2025 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Mestrado - Mariana Pena Costa - 16-04-25.pdf | Dissertação Mestrado Mariana Pena Costa | 3.04 MB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.