Análise das diferenças por sexo da expectativa de vida saudável no Brasil por grandes regiões a partir de dados da ELSI-Brasil
Carregando...
Data
Autor(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Federal de Minas Gerais
Descrição
Tipo
Dissertação de mestrado
Título alternativo
Analysis of sex differences in healthy life expectancy in Brazil by major regions based on ELSI-Brazil data
Primeiro orientador
Membros da banca
Cássio Maldonado Turra
Juliana Vaz de Melo Mambrini
Juliana Vaz de Melo Mambrini
Resumo
O paradoxo de gênero é o fenômeno pelo qual se associa a maior sobrevivência em contraste com maiores prevalências de morbidade das mulheres em comparação com os homens. Os principais motivos para as diferenças em mortalidade e morbidade, entre os sexos, são associados a diferenças de comportamento, de contexto social, por fatores biológicos e sobre aspectos das pesquisas de saúde. Neste contexto, o presente trabalho busca identificar em que medida as contribuições de mortalidade e morbidade explicam os diferenciais de saúde e sobrevivência entre homens e mulheres no Brasil e nas Grandes Regiões. As condições de saúde e mortalidade foram estimadas a partir do cálculo da Expectativa de Vida Saudável, uma medida que associa o tempo médio esperado de vida de uma população com as prevalências de saúde, portanto, associa aspectos quantitativos e qualitativos em uma única medida. Para mensurar os aspectos de sobrevivência e saúde utilizou-se as tábuas de mortalidade do IBGE e os dados de saúde do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros para os anos 2016 e 2019. A contribuição específica da morbidade e mortalidade foi mensurada a partir da decomposição contínua das diferenças da Expectativa de Vida Saudável, que foram estimadas em aproximadamente 3 anos em 2016 e 1,9 anos em 2019. Identificou-se que para o Brasil a mortalidade tem um papel mais central nas diferenças de gênero do que a morbidade, embora a variação dos resultados entre os dois períodos de análise indique um crescimento da participação da morbidade nas diferenças totais, de 0,5 ano para 1,5 ano a nível nacional. Destaca-se também, que em geral morbidade e mortalidade contribuem em direções opostas para o total das diferenças da Expectativa de Vida Saudável entre mulheres e homens, com exceção para as Regiões Norte e Nordeste em 2016, o que indica também a relevância das condições de saúde nestas Regiões. O estudo aponta a relevância das características de mortalidade e saúde entre mulheres e homens para a elaboração de políticas públicas, uma vez que o paradoxo de gênero indica padrões distintos, sobretudo por Grandes Regiões, para as diferenças nas condições de saúde e mortalidade.
Abstract
The gender paradox is the phenomenon by which greater survival is associated with higher prevalence of morbidity in women compared to men. The main reasons for the differences in mortality and morbidity are associated with differences in behavior, social context, biological factors and aspects of health research. In this context, this study seeks to identify to what extent the contributions of mortality and morbidity explain the differences in health and survival between men and women in Brazil and Brazilian geographic Regions. Health and mortality conditions were estimated based on the calculation of Healthy Life Expectancy, a measure that associates the average expected life span of a population with health prevalence, therefore, associating quantitative and qualitative aspects in a single measure. To measure the aspects of survival and health, the IBGE life tables and health data from the Brazilian Longitudinal Study of Aging for the years 2016 and 2019 were used. The specific contribution of morbidity and mortality was measured from the continuous decomposition of the differences in Healthy Life Expectancy, which were estimated at approximately 3 years in 2016 and 1.9 years in 2019. It was identified that for Brazil, mortality plays a more central role in gender differences than morbidity, although the variation in the results between the two periods of analysis indicates an increase in the contribution of morbidity in the total differences, from 0.5 years to 1.5 years at the national level. In general, morbidity and mortality contribute in opposite directions to the
total differences in Healthy Life Expectancy between women and men, with the exception of the North and Northeast Regions in 2016, which indicates the relevance of health conditions in these Regions. The study highlights the relevance of mortality and health characteristics between women and men for the development of public policies, since the gender paradox indicates distinct patterns, especially across Brazilian geographic Regions, for the differences in health conditions and mortality.
Assunto
Expectativa de vida, Brasil, Qualidade de vida, Sexos, Diferenças, Demografia
Palavras-chave
Paradoxo de gênero, Expectativa de vida saudável, Mortalidade, Limitação funcional, Decomposição, Desigualdades em saúde