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dc.contributor.advisor1Roberto do Nascimento Rodriguespt_BR
dc.contributor.advisor-co1Carla Jorge Machadopt_BR
dc.contributor.referee1Paula de Miranda Ribeiropt_BR
dc.contributor.referee2Flavio Chaimowiczpt_BR
dc.contributor.referee3Maria do Carmo Fonsecapt_BR
dc.contributor.referee4Lúcia Mayumi Yazakipt_BR
dc.creatorMirela Castro Santos Camargospt_BR
dc.date.accessioned2019-08-11T21:37:42Z-
dc.date.available2019-08-11T21:37:42Z-
dc.date.issued2008-06-09pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/AMSA-7JAHPW-
dc.description.abstractThe aim of the present study was to investigate different aspects related to elderly who live alone in the city Belo Horizonte, state of Minas Gerais, Brazil. Forty in-depth interviews were conducted with elderly individuals of 60 years of age or above. In the sample design, a deliberate effort was made to include elderly of different socioeconomic groups. The qualitative approach in analyzing the interviews allowed the researcher to go beyond the associated factors related to the decision that guided the elderly in living alone. In order to assure the quality of the data collected during the interviews the Mini Mental State Examination was ministered to all respondents and only those who scored the minimum in the test were selected. Also, the Depression Scale (adapted for Brazil) was ministered. Results showed that almost half of the sample lived alone before achieving the age of 60, which indicates that the choice is mostly driven by an option, deliberated, than by a contingency driven by the diminished alternatives of living with someone else. As expected, most of the elderly were women, but differences by sex did exist, especially in the challenges faced by the elderly. Men talked about having to do the female tasks, such as cooking, and going to the supermarket. Women, in their turn, talked about doing male tasks, such as going to bank. The tone of the interviews was not marked by sadness or nostalgic feelings, and the elderly talked on their relationship with family and friends, as a source of emotional support and of help, in case of illnesses. Also, the elderly reassured that, for them, there was no isolation that surrounded the lives of those who lived alone, but distinct ways of relating to family and friends could exist. Finally, most of individuals who were interviewed mentioned that the feeling of being alone and isolated would emerge in case they had to reside in an asylum or in other institution, since, to be happy, they want to be surrounded by their family.pt_BR
dc.description.resumoEste estudo teve como objetivo investigar diferentes aspectos que condicionam a vida de idosos que moram sozinhos. Para isto, foram realizadas 40 entrevistas em profundidade, contando com a participação de idosos residentes nas diversas regiões do município de Belo Horizonte, pertencentes a diferentes grupos socioeconômicos. A escolha de Belo Horizonte se justifica pela possibilidade de contrastar o estilo de vida de uma grande metrópole brasileira com características da tradicional família mineira na qual a população idosa atual parece ainda se sustentar. A utilização de entrevistas em profundidade permitiu que o leque de investigação fosse além do foco nos fatores associados à decisão de morar sozinho. Com isto, é possível ir além da identificação dos fatores associados à opção por morar sozinho, para focalizar, sobretudo, os mecanismos que norteiam a formação desse tipo de arranjo domiciliar. Para garantir a confiabilidade das entrevistas foi ministrado a todos os entrevistados o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que avalia o estado cognitivo do respondente. Este procedimento permitiu que fossem incluídos na amostra apenas aqueles indivíduos que não apresentavam déficits cognitivos. Dada a importância do bem-estar psicológico nas respostas fornecidas pelos entrevistados, foi também ministrada aos idosos selecionados a versão brasileira da Escala de Depressão Geriátrica (EDG) reduzida. Entre os idosos entrevistados, quase metade começou a viver sozinho antes de completar 60 anos de idade, indicando que se trata mais de uma opção do que uma imposição contingenciada pela redução de alternativas de recompor as perdas por morte ou separação. Como era de se esperar, a grande maioria dos idosos entrevistados foi constituída por mulheres, já que elas compõem a maior parte do universo das pessoas com 60 anos ou mais. Ainda assim, observou-se diferencial por sexo nos relatos que descrevem os desafios vivenciados no início da vida sozinho. Em consonância com o estereótipo que pontua as relações de gênero, ao decidirem morar sozinhos, os homens reclamam ter que assumir papéis dito femininos, como cuidar de afazeres domésticos. Na mesma linha, as mulheres apontam as dificuldades em assumir responsabilidades ditas masculinas, como fazer movimentações bancárias e ordenar e aferir a prestação de serviços. Ainda que pautado, em maior ou menor medida, pelo relato de adversidades, o tom das entrevistas esteve muito longe de poder ser considerado nostálgico ou triste. Os idosos entrevistados dizem não se sentirem sozinhos ou não ficarem sozinhos e advertem, com veemência, que não desejam ficar ou se sentirem sozinhos. Os relatos revelam a inconteste tentativa desses idosos de buscar e conseguir interlocução com parentes e amigos não apenas quando se sentem impotentes, como diante de episódio de doenças. Diferentemente da tônica vigente nos anos 1980 e 1990, eles não disseram serem vistos como trapo ou como pessoas inúteis. Ao contrário, foram quase unânimes em destacar que, mesmo vivendo sozinhos, se sentem amparados por parentes ou amigos, o que lhes garante uma condição diferente daquela de se sentirem sós. O discurso que deles pareceu ecoar foi que não existiam idosos isolados, mas sim formas distintas de se relacionarem com familiares e amigos. Distintas porque não marcadas apenas por trocas financeiras, mas também, e principalmente, por trocas de carinho. Para a maioria dos idosos entrevistados esse sentimento de solidão teria lugar se, um dia, que eles esperam ou desejam que nunca chegue, se virem obrigados a residir em asilo ou abrigo fora do ambiente familiar. Fora desse ambiente, não enxergam luz no final do túnel.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectidosopt_BR
dc.subjectfamíliapt_BR
dc.subjectdomicílios unipessoaispt_BR
dc.subject.otherIdosos Belo Horizonte (MG)pt_BR
dc.subject.otherDemografia da família Belo Horizonte (MG)pt_BR
dc.titleEnfim só: um olhar sobre o universo de pessoas idosas que moram sozinhas no município de Belo Horizonte (MG), 2007pt_BR
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
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