Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-AMVJSM
Type: Tese de Doutorado
Title: Consumo de álcool e consequências à saúde: diferenças sociais no Brasil
Authors: Ísis Eloah Machado
First Advisor: Francisco Carlos Felix Lana
First Co-advisor: Deborah Carvalho Malta
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Maristela Monteiro
First Referee: Jorge Gustavo Velasquez Melendez
Second Referee: Rafael Moreira Claro
Third Referee: Marilisa Berti de Azevedo Barros
metadata.dc.contributor.referee4: Vilma Pinheiro Gawryszewski
Abstract: Evidências sugerem que o consumo de álcool e a vulnerabilidade a consequências decorrentes deste hábito variam nos grupos sociais, tais como os definidos por gênero, idade, raça e condição socioeconômica. O objetivo deste trabalho foi analisar o consumo de álcool e suas consequências à saúde e a sua relação com fatores sociodemográficos no Brasil. Métodos: Trata-se de estudo de delineamento transversal e de série temporal com o uso de dados secundários provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde, do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Vigilância de Acidentes e Violências. Analisou-se a relação dos desfechos uso recente de álcool e do uso episódico excessivo, segundo características sociodemográficas, bem como a tendência temporal dos dois desfechos. Analisou-se, ainda, a tendência temporal da mortalidade devida ao álcool e a relação do uso de álcool e fatores sociodemográficos com a gravidade de lesões por acidentes e violências. Resultados: No ano de 2013, a prevalência de uso recente de álcool foi 26,5% e a de uso episódico excessivo foi 13,7%. Em homens, a prevalência dos dois desfechos foi o dobro que em mulheres. Idade mais jovem e cor de pele preta e parda estiveram associadas a maior uso episódico excessivo de álcool em ambos os sexos. Houve crescimento do uso episódico excessivo de álcool em homens de 18 a 24 anos, e em mulheres nas faixas de 25 a 34, 55 e mais anos de idade e na cor de pele branca. Entre 2000 e 2013, quase 400 mil mortes com causa básica e/ou associada atribuíveis ao álcool foram registradas, sendo observada tendência crescente, especialmente entre pardos nas faixas etárias extremas: jovens e idosos. O álcool foi fator de risco para lesões mais graves e foi consumido por 13,5% dos homens e 5,5% da mulheres atendidos nos serviços de emergência. Conclusão: Homens, adultos jovens e aqueles com elevada escolaridade apresentaram maior uso de álcool. Entretando, maiores agravos foram observados em idosos, de baixa escolaridade e cor de pele negra. Intervenções que considerem as diferenças no consumo, contexto sociodemográfico e grupos mais vulneráveis são essenciais para reduzir desigualdades existentes.
Abstract: According to evidences, alcohol consumption and vulnerability to alcohol-related consequences diverge in social groups, such as those defined by gender, age, race, and socioeconomic status. The aim of this study was to analyze alcohol consumption and alcohol-related health consequences and its relation with sociodemographic factors in Brazil. Methods: This is a cross-sectional and time-series study using secondary data from the National Health Survey (PNS), Risk and Protective Factors Surveillance System for Chronic Diseases by Telephone Survey (Vigitel), Mortality Information System (SIM) and Violence and Accidents Surveillance System (VIVA). We analyzed the relation between current alcohol use and binge dinking, according to sociodemographic characteristics, as well as the time-series of these outcomes. We also analyzed mortality due to alcohol trends and the relation among alcohol use, sociodemographic factors and injuries severity. Results: In 2013, the prevalence of current alcohol use was 26.5% and the prevalence of binge dinking was 13.7%. The prevalence of these two outcomes was twice as high in men as in women. Younger, black and brown skin color groups were associated with greater episodic excessive alcohol use in both sexes. There was an increase in binge drinking in men aged 18 to 24 years, and in women in the 25 to 34, 55 and older age groups and in the color of white skin. Between 2000 and 2013, almost 400,000 deaths attributable and/or associated to alcohol use were recorded. We found an increasing trend, especially among brown skin color and the extreme age groups: young and elderly. Alcohol was a risk factor for severe injuries and 13.5% of men and 5.5% of women attended in emergency services had consumed alcohol. Conclusion: Men, young adults and those with high schooling presented high alcohol use. However, elderly, those with low schooling and blacks suffer more from alcohol related harm. Interventions that consider differences in alcohol consumption, sociodemographic context and more vulnerable groups are essential to reduce existing inequalities.
Subject: Consumo de Bebidas Alcoólicas/epidemiologia
Brasil
Fatores Socioeconômicos
Consumo de Bebidas Alcoólicas/efeitos adversos
Enfermagem
Transtornos Induzidos por Álcool
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-AMVJSM
Issue Date: 29-Mar-2017
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
tese_machado_ie.pdf4.31 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.