Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-ANQHZK
Type: Tese de Doutorado
Title: Avaliação da intervenção telefônica em Diabetes Mellitus tipo 2: ensaio clínico
Authors: Barbara Sgarbi Morgan
First Advisor: Heloisa de Carvalho Torres
First Co-advisor: Ilka Afonso Reis
First Referee: Carla Regina de Souza Teixeira
Second Referee: Adriana Silvina Pagano
Third Referee: Sonia Maria Soares
metadata.dc.contributor.referee4: Janice Sepulveda Reis
Abstract: A intervenção telefônica é considerada uma tecnologia inovadora em saúde, de baixo custo e de fácil acesso, apresentando resultados positivos e promissores com relação à melhora das condições de saúde dos usuários com diabetes mellitus. Objetivo: Avaliar a efetividade da intervenção telefônica em diabetes mellitus tipo 2 associada à autoeficácia psicossocial, às práticas do autocuidado e ao controle glicêmico. Método: Ensaio clínico com cluster randomizado realizado em seis Unidades Básicas de Saúde com usuários com diabetes mellitus tipo 2, alocadas por meio de sorteio para o Grupo Controle (GC= 94) ou Grupo Experimental (GE=69). A coleta dos dados ocorreu em três momentos: o primeiro antes do início da intervenção (T0), considerado como pré-teste e o segundo após 12 meses (T12) e o terceiro após 12 meses (T12). No T0 e T12 foi realizada coleta das variáveis clínicas, sociodemográficas, autoeficácia e autocuidado em diabetes mellitus e as medidas antropométricas. A intervenção telefônica para o GE foi dividida em quatro ciclos, com intervalos de três meses entre os ciclos. No primeiro ciclo, os usuários com diabetes mellitus participaram de um encontro face-a-face e de uma intervenção telefônica com a finalidade de aproximar e fortalecer o vínculo entre o usuário e os profissionais da área da Saúde, conhecer o contexto de vida bem como as expectativas dos usuários com diabetes com relação à participação na pesquisa e esclarecer o significado do plano de metas. Nos segundo e terceiro ciclos cada usuário com diabetes mellitus recebeu quatro intervenções telefônicas cujo objetivo foi apoiar o usuário do GE a identificar as barreiras para a realização das práticas de autocuidado relacionado à prática de atividade física e alimentação, bem como estabelecer um plano de metas para supera-las. Já no quarto ciclo, foram realizadas três intervenções telefônicas visando apoiar ao usuário do GE a manter as práticas de autocuidado bem como esclarecer sobre o término do estudo, totalizando, portanto, oito contatos para cada usuário com diabetes mellitus. Durante cada período de intervalo, os usuários receberam uma ligação telefônica caracterizada como monitoramento telefônico cujo objetivo foi esclarecer eventuais dúvidas e acompanhar o desenvolvimento do plano de metas. Os dados foram analisados com apoio do programa STATA®, versão 12.0. Os testes realizados foram: para comparações de médias e medianas de grupos independentes, foram utilizados os testes t student e Mann Whitney, respectivamente. Para comparação de proporções, realizou o teste de Qui-Quadrado de Pearson. Para avaliar a efetividade da intervenção, foram utilizados os testes t student pareado e Wilcoxon para comparação de médias e medianas, respectivamente. Foi realizada estatística descritiva com tabelas de distribuição de frequência, cálculos de medidas de tendência central e de dispersão. Para todas as análises, foi adotado o nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Concluíram o estudo 89 usuários com diabetes mellitus Tipo 2 do GC e 62 do GE. Para ambos os grupos, os usuários apresentaram uma idade média acima de 60 anos de idade, sendo a maioria casada, inativa quanto à ocupação, com companheiro e com menos de oito anos de escolaridade. As barreiras mais citadas pelos usuários do GE foram relacionadas aos comportamentos psicossociais e culturais (42%). Com relação à elaboração do plano de metas, a alimentação (55,7%) foi o comportamento que mais foi citado como alvo de mudança pelos usuários do GE. Quando comparado o T12 E TO, o GE apresentou melhora nos escores de autocuidado (p<0,001), autoeficácia (p<0,001) e redução do nível de hemoglobina glicada (p<0,001). Já o GC, apresentou redução dos escores de autocuidado (p<0,001) e autoeficácia (p=0,813) bem como aumento do valor da hemoglobina glicada (p=0,143). Ao se comparar a diferença entre os valores das variáveis nos tempos final e inicial dos grupos controle e experimental, constatou-se que as medianas dessas diferenças nos dois grupos eram estatisticamente diferentes para a hemoglobina glicada (p<0,001), autocuidado (p<0,001) e autoeficácia (p<0,001). Conclusão: A intervenção telefônica foi efetiva para a melhora da autoeficácia psicossocial, promoção das práticas de autocuidado, e do controle glicêmico dos usuários com diabetes mellitus tipo 2.
Abstract: The telephone intervention is considered an innovative technology in health; it is low cost and easy access. This kind of intervention points out positive and promising results in relation to improvement of health conditions of users with diabetes mellitus. Aim: To evaluate the effectiveness of telephone intervention of diabetes mellitus type 2 with psychosocial self-efficacy, self-care practices and glycemic control. Method: The cluster randomized clinical trial was conducted in six Basic Health Units with users with diabetes mellitus type 2. The units were allocated by drawing Control Group (CG=94) or Experimental Group (EG=69).The data were collected in three phases: the first phase occurred before the start of the intervention (T0), it was considered the pre-test and the second phase occurred after 12 months (T12). Clinical variables, socio demographic data, anthropometric measurements, self-efficacy and self-care data about diabetes mellitus were collected at T0 and T12.The telephone intervention for EG was divided into four cycles with three months intervals between each one. In the first cycle, the users with diabetes mellitus attended to face-to-face meeting and telephone intervention. These occurred with the purpose to approximate and strengthen the link between user and health professionals, to know the context of life that users live and their expectations about research, and to clarify the meaning of plan of goals. In the second and third cycles, each user with diabetes mellitus received four telephone interventions. These interventions were used to assist the user of EG in the identification of barriers that were disturbing to practice a physical activity and follow a diet, and to establish a plan of goals to overcome those barriers. In the fourth cycle, three telephone interventions occurred in order to assist the user of EG in the maintenance of self-care practices and to inform about the end of the research. Therefore, there were eight telephone interventions for each user with diabetes mellitus. On each interval, users received a phone call, characterized as telephone monitoring, whose purpose was to clarify any doubts and follow the development of plan of goals. The data were analyzed with the assistance of program STATA ®, version 12.0. Students t and Mann-Whitney tests were used to compare averages and medians, and Pearsons chi-square test was used to compare proportions. Paired Students t- and Wilcoxon tests were used to compare averages and medians in order to evaluate the intervention effectiveness. A descriptive statistics with the tables of frequency distribution and calculations of measures of central tendency and dispersion were used. In all analyses, the significance level adopted was 5% (p<0.05). Results: 89 users with diabetes mellitus type 2 from CG and 62 users from EG completed the study. In both groups, the average age of users is above 60 years; most are married, without occupation, live with a partner, and have less than eight years of schooling. The barriers more mentioned by users of GE were those related to psychosocial and culture factors (42%). In the elaboration of plan of goals, diet (55.7%) was the factor more mentioned as target of change. The comparison of T12 and TO pointed out that EG presented improvements on scores of self-care (p <0.001), self-efficacy (p<0.001) and reduction of glycohemoglobin level (p<0.001). The CG presented reduction on scores of self-care (p<0.001) and self-efficacy (p=0.813), and increasing the value of glycohemoglobin (p=0.143). The comparison between the values of variables on initial and final times of experimental and control groups demonstrated that the medians of these groups were statistically different for glycohemoglobin (p<0.001), self-care (p<0.001), and self-efficacy (p<0.001). Conclusion: Telephone intervention was effective to improve psychosocial self-efficacy, self-care practices, and glycemic control of users with diabetes mellitus type 2.
Subject: Autocuidado/instrumentação
Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto
Educação de Pacientes como Assunto/metodos
Fatores Socioeconômicos DeCs
Enfermagem
Telefone
Autoeficácia
Inquéritos e Questionários
Diabetes Mellitus Tipo 2 DeCs
Automonitorização da Glicemia
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-ANQHZK
Issue Date: 23-Mar-2017
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
barbara_sgarbi_morgan.pdf4.53 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.