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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Prontidão de recém-nascidos prematuros para o início da alimentação oral
Autor(es): Ana Henriques Lima
primer Tutor: Maria Candida Ferrarez Bouzada Viana
primer Co-tutor: Amelia Augusta de Lima Friche
primer miembro del tribunal : Amelia Augusta de Lima Friche
Segundo miembro del tribunal: Marcia Gomes Penido Machado
Tercer miembro del tribunal: Flávia Cristina Brisque Neiva
Resumen: Objetivos: Conhecer os fatores preditivos da prontidão para alimentação oral em recém-nascidos prematuros; descrever os níveis de habilidades de alimentação oral de recém-nascidos pré-termo no momento da primeira dieta oral; identificar e sistematizar os principais estudos sobre o processo de transição da alimentação por gavagem para alimentação oral plena em recém-nascidos prematuros. Métodos: O estudo foi realizado em três etapas. Na primeira delas, foi realizado estudo transversal do tipo observacional com 103 prematuros, avaliados no momento da primeira dieta oral. Utilizou-se protocolo validado para classificação dos recém-nascidos em aptos e não aptos para iniciar a alimentação oral. Os dois grupos de recém-nascidos aptos e não aptos, foram comparados em relação às variáveis: idade gestacional de nascimento, peso de nascimento, Apgar 5° minuto, número de dias em ventilação mecânica, idade gestacional corrigida, peso e estado comportamental no momento da primeira alimentação oral. Foi realizada análise de regressão logística para verificar quais variáveis são preditivas da prontidão para alimentação oral. No segundo estudo, 46 recém-nascidos prematuros, classificados como aptos para iniciar a dieta oral, foram avaliados e classificados em quatro níveis de habilidades de alimentação oral, de acordo com o desempenho obtido na avaliação da primeira alimentação oral. Para análise dos resultados, foram realizadas comparações entre os níveis de habilidades e as variáveis: idade gestacional de nascimento, peso de nascimento, dias de vida na primeira alimentação oral, idade gestacional corrigida e peso na primeira alimentação oral, dias de vida na dieta oral plena, idade gestacional corrigida na dieta oral plena, duração da transição até a dieta oral plena, consumo e idade gestacional corrigida e peso na alta hospitalar. Por último, realizou-se revisão sistemática da literatura com a localização de artigos que descrevem o processo de transição da alimentação por gavagem para alimentação oral em recém-nascidos prematuros, nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO. Realizou-se análise da metodologia dos estudos e de seus principais resultados, além de meta-análise dos efeitos da estimulação sensório-motora-oral no tempo de transição para alimentação oral plena e no tempo de permanência hospitalar. Resultados: No primeiro estudo, os resultados da análise univariada demonstraram que as variáveis que apresentaram associação com a prontidão foram: idade gestacional de nascimento, peso de nascimento, idade gestacional corrigida e peso na primeira alimentação oral. No modelo final da análise multivariada, as variáveis que permaneceram associadas à prontidão foram idade gestacional corrigida (p=0,018) e peso no momento da primeira alimentação oral (p=0,033), indicando que o aumento da idade gestacional corrigida e do peso aumenta a chance do prematuro estar apto para iniciar a alimentação oral. No segundo estudo, observou-se que os menores níveis de habilidades de alimentação oral foram associados à menor idade gestacional de nascimento, maior número de dias para início da alimentação oral e na alimentação oral plena, menor consumo e maior tempo na transição do início da alimentação oral até a obtenção da dieta oral plena. No terceiro estudo, na revisão sistemática da literatura, foram consideradas 29 publicações. A maioria dos estudos foram ensaios clínicos (44,8%) e não utilizaram escalas de avaliação padronizadas no início do processo de transição para a dieta oral plena (82,7%). Na meta-análise, observou-se que as estimulações do sistema sensório-motor-oral tem efeito positivo em relação ao tempo de transição para a dieta oral plena (p=0,000), mas não foi encontrada associação estatisticamente significativa com o tempo de permanência hospitalar (p=0,09). No entanto, devido à grande heterogeneidade entre estudos, tanto na análise do tempo de transição para alimentação oral plena (I2=93,98) quanto em relação ao tempo de permanência hospitalar (I2=82,30), não foi possível generalizar as estimativas encontradas. Conclusões: A idade gestacional corrigida e o peso na primeira alimentação oral são capazes de predizer a prontidão para alimentação oral de prematuros. Os níveis de habilidades de alimentação oral no momento da primeira dieta oral oferecem informações importantes sobre o processo de transição até alimentação oral plena e podem ser utilizados para o estabelecimento de estratégias de intervenção. Devido à heterogeneidade dos estudos utilizados na meta-análise não foi possível determinar o efeito da estimulação do sistema sensório-motor-oral na transição para alimentação oral plena e no tempo de permanência hospitalar.
Abstract: Objectives: To identify the predictors of readiness for oral feeding in premature infants; to describe the skill levels of oral feeding in preterm newborns at the first oral diet; to identify and systematize the main studies about the transition process on feeding by gavage to full oral feeding in premature infants. Methods: The study was conducted in three stages. In the first, cross-sectional observational study was conducted with 103 premature newborns, assessed on the first oral feeding. The protocol proposed by Neiva (2008) was used for classification of newborns in able and unable to begin oral feeding. These two groups were compared according to the following variables: gestational age at birth, birthweight, Apgar 5th minute, number of days on mechanical ventilation, postconceptional age, weight and behavioral state at the first oral feeding. A logistic regression analysis was performed to know which characteristics are predictive of readiness for oral feeding. In the second study, 46 preterm infants, classified as able to begin the oral feeding were evaluated and classified into four levels of oral feeding skills, according to the performance obtained in the evaluation of the first oral feeding. To analyze the results, comparisons were made between skill levels and variables: gestational age at birth, birth weight, days of life in the first oral feeding, postconceptional age at full oral feeding, time of transition to full oral feeding, consumption and postconceptional age at discharge. Finally, was carried out a systematic review of the literature to search articles that describe the transition from gavage to oral feeding in premature infants, in the databases MEDLINE, LILACS and SciELO. Analyzes of the methodology of the studies and its main findings, as well as a meta-analysis of the effects of sensory-motor-oral stimulation on the duration of the transition to oral feeding and on the length of hospital stay were performed. Results: In the first study, the results of univariate analysis showed that the variables associated with readiness were gestational age at birth, birth weight, postconceptional age and weight at the first oral feeding. In the final model of multivariate analysis, the variables that remained associated with readiness to begin the oral feeding were postconceptional age (p=0,018) and weight at the first oral feeding (p=0,033), indicating that the increase of postconceptional age and weight increases the chance of the preterm infant be able to begin oral feeding. In the second study, it was observed that the lowest skill levels of oral feeding was associated with lower gestational age at birth, lower birth weight, longer time to oral feeding, lower consumption, longer transition to obtaining oral feeding and older corrected gestacional age at discharge. In a systematic review of the literature, 29 publications were considered. Most studies were clinical trials (44,8%) and did not use standardized scales at the beginning of the transition process (82,7%). In the meta-analysis, the effect of sensory-motor-oral stimulation is positively correlated to the length of transition to full oral feeding (p=0,000), but no statistically significant association was found with length of hospital stay (p=0,09). However, we found considerable heterogeneity between studies, both in the analysis of the length of transition to full oral feeding (I2=93,98) and length of hospital stay (I2=82,30), limiting the generalizations of the found estimates. Conclusions: The corrected gestacional age and weight at the first oral feeding are predictors of readiness for oral feeding in preterm infants. The level of skills in the first oral feeding provides important information about the whole process of transition to full oral feeding. It was not possible to determine the effect of stimulation of the sensorimotor oral system in the process of transition to full oral feeding and new studies comparing similar intervention methods should be performed.
Asunto: Comportamento de sucção
Alimentação
Métodos de alimentação
Deglutição
Fatores de risco
Prematuro
Recém-nascido
Nutrição
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9DKFX3
Fecha del documento: 24-may-2013
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