Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9ESERZ
Type: Tese de Doutorado
Title: A participação do linfócito B na resposta imune protetora induzida pela infecção por Strongyloides venezuelensis em camundongo
Authors: Paula Duarte Eschenazi
First Advisor: Deborah Aparecida Negrao Correa
First Referee: Amalia Veronica Mendes da Silva
Second Referee: Paulo Marcos Zech Coelho
Third Referee: Erika Martins Braga
metadata.dc.contributor.referee4: Ricardo Toshio Fujiwara
Abstract: A estrongiloidíase é uma enfermidade que afeta de 30 a 70 milhões de pessoas em 70 países no mundo. O desenvolvimento dessa infecção em uma parasitose assintomática ou na forma disseminada, potencialmente fatal, é dependente da reposta imune do hospedeiro. Evidências epidemiológicas e experimentais indicam proteção do hospedeiro no caso de desenvolvimento de uma resposta imune do tipo Th-2. Para elucidar a importância do linfócito B e dos anticorpos na resposta imune protetora contra Strongyloides venezuelensis, camundongos deficientes na produção de IgM (MT-/-) e seus controles selvagens (WT) foram comparativamente avaliados durante a infecção primária e secundária por esse nematódeo. Embora a eliminação do parasito tenha sido tardia nos animais MT-/-, esses foram capazes de controlar a infecção primária e a re-infecção, sugerindo que linfócitos B e/ou anticorpos participam do mecanismo protetor contra infecções por S. venezuelensis, mas não são essenciais para o mesmo. Nos camundongos selvagens infectados, a concentração sérica de IgE e a reatividade relativa da IgM e IgG1 aumentam aos 10 dias de infecção, coincidindo com a redução na carga parasitária. Como esperado, a infecção por S. venezuelensis não induziu produção de IgM nos camundongos MT-/-, porém, houve uma pequena produção de IgG1 e IgE em alguns camundongos deficientes infectados. A transferência de imunoglobulinas do soro de camundongos WT para MT-/- em diferentes pontos no curso da infecção por S. venezuelensis restaurou a cinética de eliminação do parasito nos animais deficientes. Esses dados indicam a participação da imunoglobulina no processo de eliminação do parasito. Também foi avaliado o efeito da ausência da produção de IgM no estabelecimento da resposta imune induzida pela infecção por S. venezuelensis. A redução no amadurecimento de linfócitos B nos camundongos MT-/- foi indiretamente confirmada através do menor número de linfócitos e maior proporção de células CD4+ recuperadas do linfonodo mesentérico (MLN) desses animais. Essa redução de linfócitos B resultou em menor número de linfócitos produtores de IL-4 no MLN, sugerindo que essas células são fonte importante dessa citocina no início da infecção. Além disso, no MLN dos camundongos MT-/- a infecção induziu maior número de células CD4+ produtoras de IFN- e menor número de células Treg quando comparado aos animais WT infectados, porém não houve diferença no número de células CD4+ produtoras de IL-4 e IL-10 entre os grupos experimentais. A produção de citocinas no intestino delgado, sítio da infecção, dos animais WT e MT-/- infectados foi semelhante no início da infecção. Porém, no final da infecção primária e início da re-infecção, a produção dessas citocinas foi maior nos animais MT-/-, nos quais foi observado o estabelecimento a uma resposta imune mista, Th-1/Th-2, o que interferiu no estabelecimento dos mecanismos protetores. Além disso, camundongos deficientes primo-infectados e re-infectados apresentaram menor atividade das enzimas Peroxidase de Eosinofilo e Mieloperoxidase, sugerindo uma deficiência na ativação dessas células efetoras na ausência de linfócitos B. Sendo assim, nossos dados confirmam que os linfócitos B participam da resposta imune protetora contra a infecção por S. venezuelensis, possivelmente através da produção de anticorpos e da modulação da resposta imune.
Abstract: Strongyloidiasis is a chronicle parasitic disease that affects 30 to 100 million people in 70 countries worldwide. The development of the parasitic infection in asymptomatic or the potentially fatal disseminated form depends on the host immune response. Experimental and epidemiological evidences indicate that the development of type-2 immune response. In order to access the importance of the B- lymphocyte and antibodies in the immune response against Strongyloides venezuelensis, mice deficient in the production of IgM (MT-/-) and their wild type (WT) controls were comparatively evaluated during the primary and secondary infection by the nematode. The results demonstrate that parasite clearance was delayed in MT-/- infected mice during the primary and secondary infection. Although there was a delay in parasite elimination, MT-/- mice were able to control primary and secondary infection, suggesting that B-lymphocytes and/or antibodies participate in the protective mechanism against S. venezuelensis, but that they are not essential to this mechanism. In WT-/- infected mice, the serum concentration of IgE and L3-reactive IgM and IgG1 increased after 10 days of infection, coinciding with the parasite burden reduction. As expected, S. stercoralis infection did not induce IgM production in MT-/- mice, but in some infected deficient mice there was a small production of IgE and IgG1. The transference of serum immunoglobulins from WT to MT-/- mice at different points of S. venezuelensis infection restores the kinetics of worm elimination in deficient mice. These data indicate the participation of immunoglobulin in parasite clearance. We also evaluated the effect of the mice deficience on the establishment of the immune response induced by S. venezuelensis infection. Reduction of B-cell development in MT-/- mice was indirectly confirmed by the lower number of lymphocytes and higher proportion of CD4+ among the mesenteric lymph node cells from these mices. The absence of B-lymphocytes resulted in lower number of IL-4 producing lymphocytes in MLN, suggesting that B-cells are an important source of this cytokine in early infection. Moreover, the parasite infection in MT-/- mice induced higher number of INF- producing CD4+ cells and lower Treg cells in MNL, compared to WT-infected mice, but there was no difference in the total number of CD4+ cells producing IL-4 and IL-10 among the experimental groups. In the small intestine, the site of infection, the cytokine production was similar during early infection in both experimental groups. However, there was stronger cytokine production in MT-/- mice later on the infection and during the challenge, leading to a mixed Th-1/Th-2 immune response that interfered in the establishment of protective mechanisms. Moreover, MT-/- mice showed a lower Eosinophil Peroxidase and Myeloperoxidase activity in the sites of infection, suggesting a deficiency in the activation of these effector cells in absence of B-lymphocytes. In conclusion, our data confirmed that B-lymphocytes participate in the protective immune response against S. venezuelensis infection, possibly by antibody production and by modulation of immune response.
Subject: Resposta imune
Celulas B
Parasitologia
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9ESERZ
Issue Date: 5-Dec-2013
Appears in Collections:Teses de Doutorado



Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.