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Type: Tese de Doutorado
Title: Uso do informante secundário em inquéritos de saúde
Authors: Renata Jardim
First Advisor: Sandhi Maria Barreto
First Referee: Carla Jorge Machado
Second Referee: Luana Giatti Gonçalves
Third Referee: Aluísio Jardim Dornellas de Barros
metadata.dc.contributor.referee4: Sergio William Viana Peixoto
Abstract: Introdução: O estudo de vieses que podem ser introduzidos pelo uso do informante secundário nas pesquisas de saúde constitui um desafio e uma necessidade para permitir a utilização de informações obtidas de proxy. Objetivos: A presente tese tem dois objetivos principais: 1) estimar a confiabilidade entre pares indivíduo-proxy com relação a diversos componentes de saúde e 2) comparar dois modelos explicativos para a avaliação ruim ou muito ruim da saúde do idoso baseado no auto-relato e no proxy-relato. Materiais e métodos: Realizou-se um inquérito domiciliar transversal em 710 pares de informantes primário-secundário: 239 idoso-adulto, 239 adulto-idoso e 232 adulto-adulto. A comparação dos modelos explicativos da avaliação da saúde do idoso foi realizada em 230 pares idoso-proxy. Entre os três pares de informantes, estimou-se a confiabilidade, o kappa ajustado pela prevalência e o viés proporcional. Ademais, foi feita a avaliação de algumas características selecionadas do proxy na discordância entre as informações fornecidas pelos pares, por meio do modelo de Poisson com estimação robusta da variância do erro. A regressão logística foi utilizada na comparação dos modelos da avaliação da saúde do idoso. Resultados: De forma geral, verificou-se boa concordância e reprodutibilidade entre as informações coletadas do indivíduo e de seu informante secundário, em relação ao tabagismo, avaliação da saúde, morbidade referida e consulta médica, sendo encontrada pior concordância e confiabilidade entre os pares idoso-adulto, na maioria das variáveis investigadas. Entretanto, os resultados indicam que o uso do informante secundário pode introduzir viés na mensuração de exposições e eventos em saúde conforme a natureza da questão investigada (hipertensão e consulta médica demonstraram presença de viés) e das características do informante secundário como a escolaridade e idade. As variáveis retidas nos modelos finais da avaliação de saúde do idoso baseados nas respostas do próprio indivíduo e nas respostas do informante substituto apresentaram diferenças importantes. Para o idoso, a saúde ruim está associada positivamente à sua idade e, principalmente, à presença de restrições ou incapacidade de realizar atividades relacionadas à vida diária e/ou à mobilidade. Já as variáveis do modelo final baseado na resposta do proxy replicam o modelo biomédico que associa a saúde ruim com o diagnóstico de doenças crônicas, mais do que as consequências destas para a independência e autonomia do indivíduo. Além disso, a análise mostrou que os informantes secundários com pior auto-avaliação da saúde têm uma probabilidade quase três vezes maior de relatar a saúde do idoso da mesma forma. Conclusões: os resultados desta tese sustentam a recomendação de cautela na utilização de informações coletadas de informantes secundários, principalmente em relação à avaliação da saúde, que deve ser informada somente pelo próprio indivíduo, devido à possibilidade de vieses no relato do informante secundário.
Abstract: Introduction: To investigate the possibility and direction of bias introduced by proxy respondents in health surveys is of major interest, as proxies are often used as the primary source of information in general population and for patients with limiting health conditions. Objectives: The main objectives are two: 1) to estimate the reliability between pairs of primary-secondary informants in relation to some health indicators and 2) to compare two explanotory models for bad and very bad health evaluation, one based on self-report and the other on proxy report. Materials and methods: Data obtained from household cross sectional study of 710 pairs of primary-secondary informants: 239 elderly-adult, 239 adult-elderly e 232 adult-adult. The three pairs of informants were compared and reliability estimated by prevalence adjusted kappa and proportional bias estimated. The influence of proxy characteristics in the disagreement between pairs of informants were assessed by Poisson regression with robust variance of error. The explanotory models of overall evaluation of elderly health were obtained from logistic regression analysis of 230 pairs elderly-proxy. Results: in general, there was a good agreement and reliability of information obtained from proxy in relation to tobacco use, overall health evaluation, reported morbidity and medical visits. The poorest agreement and reliability was found among elderly-adult pairs. The results also show that the use of proxy can introduce bias in mensuration of exposures and health events depending on question type (presence of bias was found for hypertension and medical visits) and proxy characteristics, such as schooling and age. The comparison of final models based on elderly self rated health and on the proxy answers show important differences. While elderly model identified age and disabilities in activities of daily living and/or to mobility as the variables independently associated with bad health evaluation, the model based on proxy response replicate the biomedical model which gives more value to the formal diagnostic of a chronic disease than its consequences to elderly life and independence. Besides, the proxies with a bad self-rated health had almost three times the probability of rating the elderly health as also bad/very bad. Conclusions: the results support the recommendation of caution in the use of proxy information, mainly in relation to subjective factors, which must be obtained from directly from individuals involved. They reinforce the comparability of self and proxy information in relation to many objective measures, but advert to need to avoid bias inferences in analysis of subjective health evaluation obtained from secondary informants.
Subject: Inquéritos de morbidade
Acesso aos serviços de saúde
Saúde pública
Viés (Epidemiologia) 
Serviços de saúde/utilização
Indicadores básicos de saúde
Qualidade de vida
Avaliação em saúde
Estilo de vida
Inquéritos epidemiológicos
Reprodutibilidade dos testes
Saúde do idoso
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FYH8P
Issue Date: 8-Mar-2010
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