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Type: Tese de Doutorado
Title: Estudo clínico-patológico, imuno-histoquímico e molecular (amplificação do gene MYC) em angiossarcomas e lesões vasculares atípicas da mama
Authors: Conceição Maria Fraga Guedes
First Advisor: Helenice Gobbi
Abstract: Introdução: Angiossarcomas (AS) primários (ASP) e secundários (ASS) da mama são raros, agressivos, com alta morbi-mortalidade. Lesões vasculares atípicas (LVA) são proliferações vasculares que se desenvolvem no sítio prévio de irradiação, em geral, com evolução benigna. AS de baixo grau e LVA compartilham semelhanças morfológicas, porém sem critérios específicos para distinção inequívoca entre estas lesões. A amplificação e expressão do MYC têm sido indicadas como uma ferramenta diagnóstica na distinção das lesões vasculares da mama induzidas por radiação. Objetivos: Os objetivos do presente estudo foram avaliar as características clinicopatológicas, imuno-histoquímicas e evolutivas de uma série de casos de LVA da mama; investigar a amplificação e superexpressão do MYC em uma série de LVA e AS da mama; verificar o papel diagnóstico e se o MYC está envolvido na patogênese e prognóstico de LVA e AS. Material e método: Foram identificados 30 casos de LVA e 49 de AS da mama diagnosticados entre 1999 a 2014. Fez-se estudo imuno-histoquímico (IHQ) para CD31, D2-40, CD105 e Ki-67 em todos os casos de LVA. As LVA foram classificadas em tipo-linfático, LVA-TL (D2-40 positivo), ou tipo vascular, LVA-TV (D2-40 negativo). Analisamos a amplificação do gene MYC e sua expressão proteica pelas técnicas de hibridização in situ por fluorescência (FISH) e IHQ, respectivamente, em LVA, ASP e ASS da mama. Dados sobre a evolução clínica das pacientes foram coletados e realizadas análises de sobrevida, correlacionando-as com a amplificação do MYC. Resultados: Vinte e dois casos de LVA foram classificados com LVA-TL, seis casos como LVA-TV, e o D2-40 não foi testado em 2 casos. Três casos com margens cirúrgicas positivas para LVA evoluíram desfavoravelmente: um caso apresentou recidiva local de LVA 32 meses após o diagnóstico inicial, e outras duas pacientes, uma como LVA-TL e a outra como LVA-TV, progrediram para AS de alto-grau, 19 e 89 meses depois, respectivamente. Quarenta e nove pacientes tiveram o diagnóstico de AS da mama. Trinta e sete pacientes tinham ASS e 12 pacientes tinham ASP. Vinte de 37 casos de ASS (54%) mostraram amplificação do MYC. Não foi observada amplificação do MYC em nenhum caso de LVA ou de ASP. A concordância entre os resultados do FISH e IHQ das LVA, ASP e ASS foi de 100%. Análises de sobrevida mostraram que ASS com MYC amplificado apresentaram pior sobrevida global quando comparados com casos sem amplificação (P=0,035). Foi identificada tendência não-significativa a pior sobrevida livre de doença nos casos de ASS com amplificação do MYC em relação aos casos sem amplificação (P=0,155). Conclusões: Não identificamos nenhum marcador imuno-histoquímico específico para a distinção entre LVA e AS de baixo-grau. O subtipo de LVA, baseado na expressão do D2-40, não teve papel discriminador na evolução das LVA, pois observamos o mesmo risco de progressão para AS nos dois tipos de LVA. Margens comprometidas associaram-se a evolução clínica desfavorável. Recomendamos excisão completa das LVA e seguimento clínico periódico, até que a história natural destas lesões seja esclarecida. A amplificação do MYC é um marcador de alta especificidade e baixa sensibilidade para ASS e está associada a prognóstico desfavorável em ASS. As alterações genéticas e moleculares envolvidas na patogênese dos AS e LVA permanecem obscuras; novos estudos são necessários para melhor conhecimento da patogênese e evolução destas lesões.
Abstract: Introduction: Angiosarcomas (AS) of the breast, primary (PAS) or secondary (SAS) to radiotherapy, are rare and aggressive, with significant risk of morbidity and mortality. Atypical vascular lesions (AVL) are vascular proliferations that develop within previously irradiated skin usually with a benign clinical course. Low-grade AS and AVL share morphological similarities, and, to date, there are no specific criteria to distinguish them. Recently, MYC amplification and overexpression have been pointed as an important diagnostic tool to distinguish post-radiation cutaneous vascular lesions of the breast. Purpose: We evaluated clinicopathological, immunohistochemical, and evolutive characteristics of a series of AVL of the breast. We also investigated and further compared the presence of MYC amplification and overexpression in a series of AVL, PAS and SAS to verify whether MYC is a useful diagnostic tool, and if it is implicated in the pathogenesis and prognosis of radiation-induced vascular proliferations. Methods: We selected 30 cases of AVL and 49 cases of AS of the breast diagnosed between 1999 and 2014. Immunohistochemical study for CD31, D2-40, CD105, and Ki-67 was performed in all AVL cases. AVL were classified based on D2-40 expression: lymphatic type, LT-AVL, (D2-40 positive) or vascular type, VT-AVL (D2-40 negative). We analyzed MYC amplification and protein expression by fluorescent in situ hybridization (FISH) and IHC in AVL, PAS and SAS. Follow-up data were collected, and survival analyses were performed, comparing them with MYC amplification. Results: Twenty-two AVL were classified as LT, six cases were classified as VT, and D2-40 was not tested in 2 cases. In three cases when margin was compromised, the patients presented with unfavorable outcomes: one patient had local recurrence of AVL 32 months after the diagnosis of AVL, and the other two cases progressed to high-grade AS 19 and 89 months later: one case was LT-AVL, and the other was VT-AVL, respectively. Of the 49 patients diagnosed with breast AS, thirty-seven patients had SAS, and twelve patients had PAS. Between 37 patients with SAS, twenty cases showed high-level MYC amplification and protein overexpression (54%). None of PAS or AVL cases showed MYC amplification or protein expression. Concordance between MYC amplification (FISH) and protein expression (IHC) was 100% in AVL, PAS, and SAS. Survival analysis of the SAS patients demonstrates that cases with MYC amplification had a significantly worse overall survival compared with cases without MYC amplification (P=0.035). There was a non-significant trend toward a poor disease-free survival between cases with and without MYC amplification (P=0,155) Conclusions: Our study could not identify a specific immunohistochemical marker to distinguish AVL from low-grade AS. We cast doubt on the importance of classifying AVL according to D2-40 expression, since we found the same risk for malignant progression on both types of AVL. Since compromised surgical margins were associated with unfavorable outcomes in AVL, we recommend complete excision and close follow-up of patients until the natural history of the AVL is better explained. MYC amplification is a highly specific but poorly sensitive marker for SAS, and was associated with adverse prognosis. The genetic and molecular aberrations involved in AS and AVL tumorigenesis remain poorly understood, and further studies are necessary to better understand the pathogenesis and progression of these lesions.
Subject: Radioterapia/efeitos adversos
Neoplasias da mama/radioterapia
Hemangiossarcoma/patologia
Hemangioma/patologia
Mamas Câncer
Doenças vasculares
Neoplasias cutâneas
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2MJ2V
Issue Date: 28-Nov-2014
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