Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9MGQ3
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Resposta comportamental a playback de vizinhos e estranhos em Embernagra longicauda (aves, passeriformes)
Autor(es): Isabela Mendes Cardoso
Primeiro Orientador: Marcos Rodrigues
Resumo: Animais territoriais tendem a responder mais fortemente a exibições de estranhos do que de vizinhos territoriais, pois podem aprender as sinalizações de cada vizinho, o que é definido como discriminação vizinho-estranho ou efeito do querido inimigo que é quando os indivíduos, apesar de seus conflitos com vizinhos, são mais agressivos com os estranhos. O objetivo do presente estudo foi verificar se a espécie territorial Embernagra longicauda discrimina vizinhos e estranhos. O estudo foi conduzido no Parque Nacional da Serra do Cipó, entre julho e outubro de 2015, utilizando seis casais da espécie anilhados com uma anilha do CEMAVE/Icmbio e anilhas coloridas para distinguir os indivíduos e os machos das fêmeas. Foram aplicados experimentos utilizando playbacks do vizinho mais próximo e de um estranho, sendo tocado no centro do território de cada casal durante dez minutos cada, com intervalo de 20 minutos entre eles, e avaliando os comportamentos que os indivíduos tinham perante cada estímulo. Os comportamentos avaliados foram: número de cantos, tempo de resposta, distância de aproximação, voos ao redor e uso de poleiros (típico dessa espécie). Foi feito teste t pareado para comparar número de cantos, distância de aproximação e voos ao redor entre os dois tipos de tratamento; para uso de poleiros foi feito teste ² e para tempo de resposta foi feita uma análise de sobrevivência. Não foi encontrada diferença significativa para nenhum dos comportamentos avaliados, não sendo possível detectar a discriminação vizinho-estranho em Embernagra longicauda. Essa espécie trata da mesma forma seus vizinhos territoriais e estranhos, esse padrão é diferente do encontrado em espécies da família Emberizidae que é próxima filogeneticamente da família Thraupidae, a qual o E. longicauda pertence, porém, não há evidencias se esse comportamento possui efeito filogenético ou ecológico-comportamental nesse grupo. O fato dos experimentos terem sido conduzidos no centro dos territórios pode explicar a agressividade dos indivíduos, pois os vizinhos podem ter nível de ameaça menor próximos às fronteiras territoriais, mas ter mesmo nível de ameaça que um estranho ao invadir o território, como foi simulado no presente estudo.
Abstract: Territorial animals tend to respond more strongly to strangers than to territorial neighbors. They may learn the signals of each neighbor, which is defined as neighbor-stranger discrimination or "dear enemy" effect. The aim of this study was to check whether territorial Embernagra longicauda discriminate neighbors from strangers. The study was conducted in the Serra do Cipó National Park between July and October 2015, using six previously marked pairs with defined territory. Experiments using song playbacks of the nearest neighbor and of strangers were applied between 6-11 in the morning. Each trial consisted of playing back territorial song from the center of the territory for 10 minutes with 20-minute interval between them and evaluating the behaviors that individuals expressed after each stimulus. The assessed behaviors were: number of songs, latency, approach distance, flights around and use of perches. It was run a paired t test to compare the number of songs, approach distance and flights around between the two types of treatment. It was made a chi square test to evaluate use of perches and survival analysis to compare response time. There was no significant difference for any evaluated behaviors; it is not possible to detect the neighbor-stranger discrimination in Embernagra longicauda. This species is the same as their territorial neighbors and strangers, this pattern is different from that found in Emberizidae family species that are phylogenetically close the Thraupidae family, which belongs E. longicauda, but there is no evidence whether this behavior has phylogenetic effect or ecological-behavioral in that group. The fact that the experiments were conducted in the center of the territories may explain the aggressiveness of individuals, as neighbors may have lower level of threat near the territorial boundaries, but have the same level of threat that a stranger to invade the territory, as simulated in this study.
Assunto: Ecologia
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A9MGQ3
Data do documento: 22-Fev-2016
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