Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ACFF32
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dc.contributor.advisor1Danusa Munfordpt_BR
dc.creatorLuiz Gustavo Franco Silveirapt_BR
dc.date.accessioned2019-08-10T01:50:32Z-
dc.date.available2019-08-10T01:50:32Z-
dc.date.issued2016-02-15pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/BUBD-ACFF32-
dc.description.abstractThe goal of this study is to analyze the discursive construction of the use of evidence in a 3rd grade class, during the argumentation in sciences lessons. In this study, we present a literature review that emphasize the importance of introducing practices such as the use of evidence in science education for children, an uncommon activity in the Brazilian educational settings. Studies indicated that children in early elementary school have specificities, which represent a promising field of research. Another relevant aspect is the demand in the area of science education for studies that foreground participants perspectives and focus on the analysis of argumentation as a process in the classroom. Considering this scenario, we developed a study that is part of a larger research project that followed the same group over the first three years of elementary school. The analyses presented here refer to the science lessons of the first semester of 2014, when the students were in 3rd grade. During this period, the group studied the biological concept of Adaptation, through the subject "Behavior of Parental Care". The science lessons were conducted by the reference teacher with support of the researchers team, and planned based on inquiry perspective. We developed the research seeking to appropriate elements of Ethnography in Education, and to use of Microethnographic Discourse Analysis tools. This theoretical and methodological framework helped us to emphasize participants perspectives, and supported our understanding of the classroom as a culture. The construction of data and the analysis were guided by iterative-responsive process. We conducted participant observation, took field notes and video recorded classroom interactions. Initially, we made a macroscopic data analysis, building tables of the lessons and events maps. These representations provided us with an overview of the groups history. Based on this data, we selected events considered telling cases. Then we performed a microscopic analysis of these events through the transcript of face to face interactions using message units (i.e., based on contextual cues). We analyzed the transcripts to identify and characterize how the group argued. This analysis were developed based on Microethnography, assumptions of Pragma-dialectical Theory of Argumentation and discussion about use of evidence in educational research literature. Inspired in Bloome et al. (2003), we conducted analysis that were Situated over Time and Space to build view of the data across the discussion of three axes that reflects the process of learning to use evidence and to argue: i) What was discussed at these events and how participants engaged in these discussions; ii) How participants used evidence during the events and built notions related to the use of evidence; and iii) How some terms were used during the argumentation and related the notions of the use of evidence in the group. Regarding the first axis, our results indicate that the discussions were sometimes more related to demand/presentation of point of views, with a discourse centered in the presentation of arguments; and sometimes the discussions were more related to metacognitive questions, with a speech towards discussions about the use of evidence. Regarding the second axis, we emphasize that the use of evidence has developed over the time, when the group: i) made discussions related to the need for something to be observed to construct an answer; ii) created situations that could generate data to construct an answer; iii) engaged in the invocation and discussion of collective memories; and iv) presented and evaluated evidence explicitly. The evidence evaluation process took place in two different ways in the group: one related to how to interpret the evidence and the other related to the analysis of the validity of the evidence. Relative to the third axis, we indicated that certain terms were emphasized by the teacher or by the students when the group discussed the use of evidence. Terms like to see, to know, to find, to make sure, to look, to observe were associated with a process of change in the rationale for constructing answers in the group. The term cue was used to make references to the data used to support answers. Later, participants used the term evidence with same sense. Our study indicates that, in this classroom, there was a diversity of processes involved in constructing practices of use of evidence over time. Finally, we point out the importance of studies that emphasizes the investigation of how children construct cultural practices related to science in classrooms.pt_BR
dc.description.resumoA presente pesquisa teve o objetivo de analisar a construção discursiva do uso de evidências em uma turma do 3° ano do Ensino Fundamental durante a argumentação em aulas de Ciências da Natureza. Neste estudo, apresentamos uma revisão da literatura que evidenciou a importância da introdução de práticas como uso de evidências no ensino de ciências para crianças, uma realidade ainda pouco vivenciada no cenário educacional brasileiro. Estudos destacam que as crianças no início do Ensino Fundamental apresentam diversas especificidades, o que representa um contexto de pesquisa com grandes potencialidades ainda pouco exploradas no Brasil. Outro aspecto relevante é a demanda na área de Educação em Ciências por estudos que valorizem a perspectiva dos participantes e deem um enfoque mais processual ao analisar a argumentação na sala de aula. Nesse cenário, insere-se o nosso estudo, desenvolvido a partir de um projeto de pesquisa mais amplo que acompanhou uma mesma turma de uma escola pública federal ao longo dos três primeiros anos do Ensino Fundamental. As análises aqui apresentadas se referem às aulas de ciências do 1° semestre de 2014, quando os alunos cursavam o 3° ano. Nesse período, a turma estudava o conceito científico de Adaptação Biológica, através da temática Comportamento de Cuidado Parental. As aulas de ciências foram conduzidas pela professora referência da turma com apoio da equipe de pesquisadores e planejadas com base na perspectiva investigativa. Para desenvolvermos a pesquisa, buscamos nos apropriar de elementos da Etnografia em Educação, enquanto lógica de pesquisa, e usar ferramentas da Análise Microetnográfica do Discurso. Esse quadro teórico-metodológico nos auxiliou na tentativa de valorizar a perspectiva dos participantes e na compreensão da sala de aula enquanto cultura. A construção e análise dos dados foram orientadas pelo processo iterativo-responsivo. Realizamos observação participante, registro em cadernos de campo e em vídeo. Inicialmente, fizemos uma análise macroscópica dos dados através da construção de quadros das aulas e mapas de eventos. Essas representações nos forneceram uma visão panorâmica da história do grupo, a partir da qual selecionamos eventos considerados telling cases. Em seguida, realizamos uma análise microscópica desses eventos através da transcrição das interações face a face em unidades de mensagem, a partir de uso de pistas contextuais. Construímos Quadros de Interações Discursivas a fim de caracterizar a argumentação do grupo usando pressupostos da Teoria Pragma-dialética da Argumentação e o uso de evidências a partir de referenciais da área de Educação em Ciências. Inspirados em Bloome et al. (2003), buscamos desenvolver uma análise Situada no Tempo e no Espaço com o objetivo de construir uma visão mais processual sobre os dados através da discussão de três eixos: i) O que se discutiu nesses eventos e como o grupo participou nessas discussões; ii) Como o grupo usou evidências durante os eventos e construiu noções relacionadas ao uso de evidências; e iii) Como alguns termos foram usados durante a argumentação e se relacionam a noções de uso de evidências no grupo. Com relação ao primeiro eixo, nossos resultados indicam que as discussões da turma ora estavam mais relacionadas à demanda/apresentação de pontos de vista, com um discurso direcionado no sentido de apresentação de argumentos; ora estavam mais relacionadas a questões metacognitivas, com um discurso direcionado no sentido de discussões em torno do uso de evidências. Com relação ao segundo eixo, destacamos que o uso de evidências se desenvolveu ao logo do tempo através de momentos em que o grupo: i) fez discussões relacionadas à necessidade de ter algo a ser observado para construir uma resposta; ii) criou situações que poderiam gerar dados para construir uma resposta; iii) engajou-se na evocação e discussão de memórias coletivas; e iv) apresentou e avaliou evidências de modo explícito. O processo de avaliação de evidências ocorreu de duas maneiras diferentes no grupo: uma relacionada à forma de se interpretar a evidência e outra relacionada à análise da pertinência da evidência. Com relação ao terceiro eixo, indicamos o uso de certos termos que foram enfatizados pela professora ou pelos alunos em momentos em que o grupo discutia o uso de evidências. Termos como ver, saber, achar, ter certeza, olhar, observar foram associados a um processo de mudança na forma de construção de respostas no grupo. O termo pista foi usado para fazer referências aos dados usados para sustentar respostas, ou seja, com o mesmo sentido que, posteriormente, foi atribuído pelo grupo ao termo evidência. Nosso estudo indica uma diversidade de processos a partir dos quais as crianças dessa turma se envolveram na construção da prática de uso de evidências ao longo do tempo. Nesse sentido, apontamos a importância de estudos que dão maior ênfase a investigar como as crianças constroem práticas culturais relacionadas às ciências naturais na sala de aula.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectEducação em Ciênciaspt_BR
dc.subjectAnos Iniciais do Ensino Fundamentalpt_BR
dc.subjectUso de Evidênciaspt_BR
dc.subjectEtnografia em Educaçãopt_BR
dc.subjectArgumentaçãopt_BR
dc.subject.otherRaciocíniopt_BR
dc.subject.otherEducaçãopt_BR
dc.subject.otherEnsino fundamentalpt_BR
dc.subject.otherCiencia Estudo e ensinopt_BR
dc.subject.otherEtnologiapt_BR
dc.subject.otherEstudos em grupopt_BR
dc.titleQuando as crianças argumentam: a construção discursiva do uso de evidências em aulas de ciências em uma turma do 3° ano do Ensino Fundamentalpt_BR
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
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