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Type: Tese de Doutorado
Title: Fragilidade, carga de comorbidades, intensidade de dor, incapacidade e qualidade de vida em idosos comunitários com dor lombar aguda: dados do estudo Back Complaints in the Elders (BACE)
Authors: Amanda Aparecida Oliveira Leopoldino
First Advisor: Rosangela Correa Dias
First Co-advisor: Manuela Ferreira Loureiro
Abstract: Introdução: A fragilidade é uma manifestação prevalente no envelhecimento. A dor lombar (DL) também é prevalente em idosos, mas a relação entre fragilidade e desfechos clínicos relacionados à dor em indivíduos com DL aguda ainda não estão bem estudados. Neste sentido, conforme a população envelhece indivíduos com múltiplas comorbidades se tornam cada vez mais frequentes na prática clínica. No entanto, os efeitos da carga de comorbidades acumulada em idosos com DL aguda, também não foram adequadamente investigados. Objetivos: Estabelecer se a fragilidade está associada à intensidade da dor, incapacidade e qualidade de vida (QV), e investigar a associação entre a carga de comorbidades e o prognóstico da DL aguda em relação à intensidade da dor e incapacidade após três meses de seguimento, em idosos que procuram serviços de saúde com DL aguda. Método: Para alcançar os objetivos propostos foram delineados dois estudos. A amostra de ambos os estudos foi composta por 602 idosos comunitários (55 anos) com DL aguda, integrantes do estudo Back Complaints in the Elders (BACE-Brasil). O primeiro estudo envolveu uma análise transversal da linha de base do BACE-Brasil, onde os participantes foram classificados como robustos, pré-frágeis ou frágeis, usando o Fenótipo de Fragilidade. A intensidade da dor foi avaliada pela Escala Numérica de Dor (END 0-10), a incapacidade pelo Roland-Morris Questionnaire (RMDQ 0-24) e a QV por meio do Medical Outcome Study (MOS) Short Form 36 sumarizado em componentes física e mental. A análise de regressão linear foi utilizada para avaliar a relação entre fragilidade e intensidade da dor, incapacidade e QV. As covariáveis deste estudo incluíram idade, sexo, estado civil, escolaridade, renda, índice de massa corporal (IMC), sintomas depressivos e comorbidades. O segundo estudo foi uma análise longitudinal dos dados do BACE-Brasil no período de três meses de seguimento. A carga de comorbidade foi avaliada pelo Self-administered Comorbidities Questionnaire (SCQ) e a intensidade da dor e incapacidade pelos mesmos instrumentos do primeiro estudo. Fatores sociodemográficos, IMC, nível de fragilidade e presença de sintomas depressivos (Center for Epidemiological Studies Drepression CES-D>16) foram considerados fatores de confusão. Coeficientes, p-valores e um intervalo de confiança de 95% (95%IC) foram calculados em análises univariadas e multivariadas. O pacote estatístico STATA 13 (Stata Corp LP, College Station, Texas) foi usado para todas as análises. Para todos os testes foi adotado um nível de significância de 0,05. Resultados: A média de idade da amostra foi de 67,7±7,0 anos (84,9% mulheres). Usando o fenótipo de fragilidade, 21,3% da amostra foi identificada como robusta, 59,2% como pré-frágeis e 19,5% frágil. Em comparação com o grupo robusto, os grupos pré-frágeis e frágeis tinham significativamente maior intensidade de dor e nível de incapacidade e pior QV. Após o ajuste para as características demográficas e clínicas, a fragilidade permaneceu associada à incapacidade e QV (domínio físico). Em relação ao segundo estudo, os níveis de dor e incapacidade foram menores no seguimento de três meses comparados a linha de base (p<0,001). Na análise longitudinal, o coeficiente de regressão mostrou associação significativa entre a carga de comorbidade e o grau de incapacidade medido pelo RMDQ, mesmo após ajuste pelos fatores de confusão (0,25; IC95% 0,13-0,38; p<0,001). Não houve associação entre carga de comorbidade e a evolução da dor (0,06; IC 95% -0,01-0,14; p=0,110). Conclusão: Estes resultados demonstram a importância da avaliação do fenótipo de fragilidade em idosos com DL na prática clínica, pois trata-se de um método simples, de baixo custo e eficaz associado a desfechos adversos à saúde. Os resultados também mostraram que o impacto da DL em idosos frágeis é ainda mais significativo. Indiscutivelmente, abordagens de tratamento destinadas especificamente para este grupo clínico precisam ser desenvolvidas. Por fim, nos idosos com DL aguda, a carga de comorbidades foi associada com pior prognóstico em relação à incapacidade relacionada à DL, mas não em relação à intensidade da dor.
Abstract: Introduction: Frailty is a prevalent manifestation in aging. Low back pain (LBP) is also prevalent in older people, but the relationship between frailty and clinical outcomes related to pain in patients with acute LBP is not well studied. In addition, as the population ages, individuals with multiple comorbid conditions become increasingly common in clinical practice. However, the effects of accumulated comorbidities in elderly patients with acute LBP have not been adequately investigated. Objectives: To establish whether frailty is associated to the intensity of pain, disability and quality of life (QoL) in older people with acute LBP and to investigate the association between the burden of comorbidities and prognosis of acute LBP in terms of pain and disability in this population. Method: In order to achieve the proposed objectives two studies were carried out. The sample of both studies consisted of 602 community-dwelling elderly (55 years) with acute LBP from the Back Complaints in the Elders (BACE)-Brazil Study. The first study involved a baseline cross-sectional analysis of BACE-Brazil, where participants were classified as robust, pre-frail or frail, using the frailty phenotype. Pain intensity was evaluated by the numerical pain scale (NSP 0-10), disability by the Roland-Morris Disability Questionnaire (RMDQ 0-24) and QoL through the Medical Outcomes Study (MOS) Short Form 36 - summarized in physical and mental components. Linear regression analysis was used to evaluate the relationship between frailty and pain intensity, disability, and QoL. The covariates of this study included age, sex, marital status, education, income, body mass index (BMI), depressive symptoms and comorbidities. The second study was a longitudinal analysis of BACE-Brazil data in the three-month follow-up. The comorbidity burden was assessed by the Self-administered Comorbidities Questionnaire (SCQ) and the intensity of pain and disability by the same instruments of the first study. Sociodemographic factors, BMI, level of frailty and depressive symptoms (Center for Epidemiological Studies - Depression - CES-D > 16) were considered possible confounders. Coefficients, p-values and the 95% confidence intervals (95% CI) were calculated in univariate and multivariate analyzes. The statistical package STATA 13 (Stata Corp LP, College Station, Texas) was used for all analyzes. For all tests we used a 0.05 significance level. Results: The mean ± standard deviation of age of the sample was 67.6 ± 7.0 years; (84.9% women). Using the frailty phenotype, 21.3% of the sample was identified as robust, 59.2% as pre-frail and 19.5% as frail. Compared to the robust group, the pre-frail and frail groups had significantly higher pain intensity and level of disability and worse QoL. After adjusting for demographic and clinical characteristics, frailty remained associated with disability and QoL (physical domain). In the second study, pain and disability levels were lower at the three-month follow-up, compared to baseline (p < 0.001). In the longitudinal analysis, the regression coefficient showed a significant association between the comorbidity load and the degree of disability as measured by the RMDQ, even after adjusting for possible confounders (0.25, 95% CI 0.13 to 0.38; p < 0.001). There was no association between the comorbidity load and pain at follow-up (0.06; 95% CI --0.01 to -0.14; p = 0.110). Conclusion: Our results demonstrate the importance of assessing the frailty phenotype in older patients with LBP in clinical practice. Undoubtedly, treatment approaches designed specifically for this clinical group need to be developed. Finally, in older patients with acute LBP, the burden of comorbidity was associated with worse prognosis for disability, but not with pain intensity.
Subject: Dor lombar
Idosos
Qualidade de vida
Idoso fragilizado
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ADDRK5
Issue Date: 16-May-2016
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