Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ARMR6M
Type: Dissertação de Mestrado
Title: Nutrição no puerpério imediato: requerimento energético, oferta e consumo alimentar em uma maternidade de referência
Authors: Taciana Maia de Sousa
First Advisor: Luana Caroline dos Santos
First Referee: Milene Cristine Pessoa
Second Referee: Mariana Santos Felisbino Mendes
Abstract: Introdução: A atenção nutricional pode prevenir a retenção de peso e outras intercorrências no pós-parto, porém a escassez de informação sobre as recomendações nutricionais para essa fase dificulta uma orientação efetiva. Objetivo: Caracterizar o estado nutricional e o requerimento energético de puérperas em interface com a alimentação ofertada em um serviço de referência. Métodos: Estudo transversal com puérperas no qual foram avaliadas informações socioeconômicas e demográficas, sobre a prática do aleitamento materno (AM), consumo alimentar (aumento do apetite após o parto, percepção sobre a dieta hospitalar e Recordatório 24 horas), antropometria (altura, peso pré-gestacional e atual, composição corporal e ganho de peso gestacional) e necessidades nutricionais (calorimetria indireta - CI e fórmulas de predição). A composição nutricional da alimentação ofertada no serviço foi verificada por meio da pesagem das refeições. Resultados: Os dados possibilitaram a elaboração de dois artigos originais. No primeiro, foram incluídas 79 mulheres, das quais 96,9% relataram estar amamentando. Tal prática não se associou com a necessidade energética (p>0,05). Os melhores preditores do gasto energético de repouso, cuja mediana medida por CI foi 1224,0 (IC95% 1157,4 1330,0) kcal, foram Harris-Benedict com menor diferença (p=0,876), melhor mediana de adequação (99,8%) e melhor correlação intraclasse (ICC=0,289), e Schofield com maior percentual de precisão (33,3%) e menor concordância oposta (7,6%). Todas as equações de predição apresentaram baixa concordância e acurácia e, em sua maioria, os resultados foram superestimados. No segundo artigo foram incluídas 98 mulheres, entre as quais 39,2% apresentavam excesso de peso anterior à gestação e 69,4% após o parto (p<0,001). A adequação da alimentação ofertada apontou excesso de energia, carboidrato, lipídio e ácidos graxos saturados (AGS) para 100% da amostra, e de proteína para 58,4%. Em relação à alimentação consumida, notou-se que, energia, lipídio e AGS estavam acima da recomendação para 93,5% das participantes, carboidratos para 83,1% e proteínas para 37,7%. Mulheres que referiram aumento no apetite após o parto (38,1%) apresentaram maior consumo de energia, carboidrato, lipídio e AGS (p<0,05), porém sem diferença na necessidade energética (p=0,620). Não houve associação entre a prática do AM e o consumo alimentar ou aumento de apetite (p>0,05). Conclusão: A alta prevalência de inadequação do estado nutricional na amostra e superestimativa das demandas energéticas pelas fórmulas de predição apontam para a importância de estudos continuados sobre o tema a fim de propor métodos mais adequados de atenção à saúde dessa população. Excessos foram evidenciados na dieta consumida e ofertada, sugerindo a escolha por alimentos de baixa densidade energética e fonte de fibras que possam promover maior saciedade sem exacerbar a oferta calórica neste ciclo da vida.
Abstract: Introduction: Nutritional attention can prevent weight retention and other complications in the postpartum period, but the lack of nutritional recommendations for this population precludes an effective intervention. Objective: To characterize the nutritional status and the energy requirement of immediate postpartum women in interface with the food suply in a reference maternity. Methods: A cross-sectional study with immediate postpartum women with information about socioeconomic and demographic status, practice of breastfeeding (BF), food consumption (increased appetite after delivery, perception about the hospital food supply and 24-hour recall), anthropometry (pre-gestational and current weight, body composition and gestational weight gain) and nutritional requirements (indirect calorimetry - IC and prediction equations). The nutritional composition of the food supply was verified by weighing the meals. Results: The data allowed the elaboration of two original articles. In the first article, 79 women were included, of which 96.9% reported practice of BF. Such practice was not associated with energy requirement (p>0.05). The best predictors of resting energy expenditure, which median measured by IC was 1224.0 (CI95% 1157.4-1330.0) kcal, were Harris-Benedict with the lowest difference (p=0.876), the best median of adequacy (99.8%) and better intraclass correlation (ICC=0.289), and Schofield with a higher percentage of accuracy (33.3%) and lower opposite agreement (7.6%). All prediction equations presented low agreement and accuracy and, for the most part, the results were overestimated. In the second article, 98 women were included, of which 39.2% were overweight before pregnancy and 69.4% after delivery (p<0.001). The adequacy of the food supply indicated excess of energy, carbohydrate, lipid and saturated fatty acids (SFA) for 100% of the sample, and protein for 58.4%. In relation to the food intake, energy, lipid and SFA were above the recommendation for 93.5% of the participants, carbohydrates to 83.1% and proteins to 37.7%. Women who reported increased appetite after childbirth (38.1%) had higher intake of energy, carbohydrate, lipid and SFA (p<0.05), but no difference in energy requirement (p=0.620). There was no association between the practice of BF and food intake or increased appetite (p>0.05). Conclusion: The high prevalence of inadequate nutritional status in the sample and overestimation of the energy requirement by the prediction equations shows the relevance of continuous studies on the subject in order to propose more adequate methods of health care for this population. Excesses were evidenced in the food suppy and intake, suggesting the importance of offering food with low energy density and source of fiber that can promote satiety without exacerbating the caloric supply in this life cycle. Key Words: postpartum period; maternal nutrition; energy requirement; food consumption; nutritional status.
Subject: Estado nutricional
Período pós-parto
Necessidade energética
Medicina
Consumo de alimentos
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ARMR6M
Issue Date: 17-Feb-2017
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
disserta__o_taciana_maia_de_sousa.pdf1.19 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.