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Type: Tese de Doutorado
Title: O impacto do trauma infantil no comprimento dos telômeros e na dificuldade de cuidado dos bebês
Authors: Mayra Yara Martins Brancaglion
First Advisor: Humberto Correa da Silva Filho
First Referee: Amaury Cantilino da Silva Júnior
Second Referee: Maila de Castro Lourenco das Neves
Third Referee: Regina Amelia Lopes P de Aguiar
metadata.dc.contributor.referee4: Alina Gomide Vasconcelos
Abstract: Introdução: O período perinatal é considerado um momento de vulnerabilidade, com maior risco de a mulher desenvolver transtornos psiquiátricos, principalmente depressão. As mães, muitas vezes, refletem sobre sua própria infância, lembrandose tanto das experiências positivas quanto das negativas. Na transição da gravidez para a maternidade, a história de maus tratos na infância e as suas consequências são fatores de risco que têm impacto sobre a saúde e o bem-estar da mãe e do bebê. Certos acontecimentos na vida das pessoas, como situações de grande estresse, por exemplo, sofrer trauma na infância, e a experiência de um transtorno psiquiátrico como a depressão pode levar a alterações moleculares significativas como encurtamento precoce dos telômeros Objetivos: Avaliar a presença de história de trauma na infância em mulheres grávidas, buscando compreender a relação existente entre os traumas na infância, estressores na vida adulta e o encurtamento precoce dos telômeros. Essas mulheres serão acompanhadas até o pós-parto, quando será avaliada a sua percepção subjetiva sobre o cuidado com o bebê, buscando identificar se há uma relação entre dificuldade percebida pela mãe no cuidado com o bebê com história de trauma na infância. Metodologia: A pesquisa foi realizada no Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, e as pacientes foram entrevistadas em dois momentos, no segundo trimestre gestacional e entre 30 e 90 dias após o parto. Os dados foram divididos em estruturas de estudos, no primeiro momento foram avaliadas 168 gestantes e analisou-se a correlação entre trauma na infância, fatores estressores na vida adulta, especialmente no pré-natal e a diminuição precoce dos telômeros. A segunda parte do estudo foi constituída por 248 mulheres no período perinatal e foi avaliada a relação entre trauma na infância, depressão perinatal e dificuldade de cuidado com a criança. Resultados: O comprimento médio do telômero foi de 331,5 (143,8) e foi correlacionado apenas com idade (p=0,006) e o resultado total da escala Hamilton (p=0,023). Na segunda parte do estudo, a partir dos resultados da equação logística, encontrou-se que trauma na infância (p=0,026) e depressão pós-parto (p=0,010) apresentam correlação com dificuldade de cuidado. Discussão: A relação encontrada entre idade e diminuição do comprimento dos telômeros era esperada, uma vez que a literatura aponta que o telômero é um marcador de envelhecimento. Conclusão: Os profissionais de saúde devem estar cientes e se engajarem no rastreio desse tipo de trauma, assim como no rastreio da depressão perinatal, buscando a prevenção da perpetuação do trauma e um desenvolvimento infantil saudável, com maior qualidade de vida para a mãe e a criança.
Abstract: Introduction: The perinatal period is considered a time of vulnerability, with a higher risk of women developing psychiatric disorders, especially depression. Mothers often reflect about their own childhood, remembering positive and negative experiences. In the transition from pregnancy to motherhood, the history of childhood maltreatment and its consequences are risk factors that impact on the health and well-being of the mother and baby. Certain events in people's lives such as high stress situations, as experiencing childhood trauma, and the experience of a psychiatric disorder can lead to significant molecular changes such as early shortening of telomeres. Objectives: To evaluate the presence of history of childhood trauma in pregnant women, to understand the relationship between childhood traumas, stressors in adult life and the early shortening of telomeres. These women were followed up to postpartum, when their subjective perception about baby care will be evaluated, seeking to identify if there is a relationship between difficulty perceived by the mother in the care of the baby with a history of childhood trauma. Methodology: The study was conducted at the Hospital das Clinicas of Belo Horizonte, the patients interviewed at two moments, in the second gestational trimester and between 30 and 90 days after delivery. The data were divided in order to structure the studies. In the first one, 168 pregnant women were evaluated and the correlation between childhood trauma, stress factors in adult life, especially prenatal care and the early reduction of telomeres were analyzed. The second part of the study consisted of 248 women in the perinatal period and the relationship between trauma in childhood, perinatal depression and difficulty in caring for the child was evaluated. Results: The mean telomere length was 331.5 (143.8) and was correlated only with age (p = 0.006) and the score of Hamilton scale (p = 0.023). In the second part of the study, from the results of the logistic equation, it was found that trauma in childhood (p = 0.026) and postpartum depression (p = 0.010) correlate with difficulty in care. Discussion: The relationship between age and telomere length decrease was expected, since the literature points out that telomere is an aging marker. Conclusion: Health professionals should be aware and engaged in the tracing of this type of trauma, as well as in the screening of perinatal depression, seeking to prevent the perpetuation of trauma and healthy child development, with a higher quality of life for the mother and child.
Subject: Maus-tratos Infantis
Gestantes/psicologia
Relações Mãe-filho
Telômero
Desenvolvimento Infantil
Medicina
Estresse psicológico
Transtornos da personalidade
Depressão pós-parto/psicologia
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AW2H4K
Issue Date: 2-Dec-2016
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