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Tipo: Tese de Doutorado
Título: Fatores predisponentes para deficiência de vitamina a em escolares da área rural de Novo Cruzeiro ­Minas Gerais Brasil
Autor(es): Margarete Aparecida Santos Tropia
Primeiro Orientador: Romario Cerqueira Leite
Primeiro membro da banca : Marcio Antonio Moreira Galvão
Segundo membro da banca: Marcelo Eustaquio Silva
Terceiro membro da banca: Joel Alves Lamounier
Resumo: A vitamina A é um nutriente importante tanto para os homens como para os animais, desempenhando funções importantes na manutenção da integridade celular, na resposta imunitária, na diferenciação celular e no desenvolvimento do sistema nervoso central. Sua deficiência está associada a retardo no crescimento, infecções, comprometimento da visão,além de altas taxas de morbi­mortalidade. Muitos são os fatores envolvidos em sua etiologia.representa um problema de saúde pública mundial, havendo evidências tanto da deficiência sub-clínica como clínica da vitamina A, embora no Brasil predomine a forma sub-clínica de deficiência. Traçar a prevalência e a etiologia desta carência é relevante, principalmente em população de área rural, onde a pobreza, aliada às precárias condições sanitárias e educacionais e `aos carentes serviços de saúde, subsiste. Este trabalho busca avaliar a hipovitaminose A como problema de saúde pública, procurando identificar os possíveis fatores predisponentes, bem como aquele(s) que mais se associa(m) aos níveis séricos de vitamina A em escolares rurais de 6 a 14 anos do município de Novo Cruzeiro MG, situado no Vale do Jequitinhonha com Índice de Desenvolvimento Humano de 0,425, considerado como baixo. Foram avaliados segundo critérios da Organização Mundial de Saúde, o retinol sérico, antropometria, parasitoses intestinais, adequação da ingestão de fontes de vitamina A e o aspecto sócioeconômico, representado pela renda per capita. As análises estatísticas foram realizadas pelo Epi lnfo 6.04, aplicando-se o Qui­quadrado e pela análise multi-varida da Escola Francesa análise de componentes principais. A prevalência de hipovitaminose A encontrada foi de 29%. Dos fatores da deficiência sub-clínica de vitamina A, 23,2% dos indivíduos apresentam desnutrição crônica e 5,7%, desnutrição aguda. A inadequaço de fontes alimentares de retinol é de 65,6% e 78,85% apresentam algum tipo de parasita. No que se refere a renda, 99,6% apresentam renda inferior a 1 salário mínimo, sendo os indivíduos classificados como indigentes. Tanto a hipovitaminose A como os fatores predisponentes encontram-se como problema de saúde pública entre os escolares, mas pela aplicação do Qui-quadrado nenhuma associação foi encontrada entre hipovitaminose A e cada fator. Considerando a presença concomitante de vários fatores predisponentes da deficiência de vitamina A nos escolares, tornou-se necessário aplicar um modelo estatístico mais sensível, para melhor investigar as associações entre variáveis. Numa tentativa de avaliar qual destesfatores pode estar relacionado com níveis séricos de vitamina A, aplicou-se a análise não inferencial da Escola Francesa, denominada análise fatorial de componentes principais. Esta apresenta uma abordagem essencialmente descritiva, onde o modelo segue os dados e as observações gráficas permitem, pelas posições das variáveis e a distância euclidiana entre elas, verificar o comportamento de cada variável em relação as demais, preferencialmente em um ponto de inércia de 70%. Variáveis como FlEP (renda per capita), IMC (indicador que permite determinar desnutrição aguda) e ASC (Ascaris lumbricoídes) foram retiradas do estudo por interferirem negativamente no ponto de inércia. Pelos resultados encontrados, com um ponto de inércia de 54%, verifica­se que em relação a todas as variáveis estudadas, representadas por ALT (altura), PES (peso), SEX (sexo), HAZ (indicador de desnutrição crônica), ING (adequação da ingestão de fontes de vitamina A), SM (Schistosoma mansoni) ANC (Ancylostoma), hemoglobina (Hb), as parasitoses intestinais, mais especificamente SM e ANC, encontram-se inversamente associadas aos níveis séricos de retinol. Isto significa que, quanto maior a infestação, menores os níveis séricos de vitamina A. Flesposta conclusiva pôde ser obtida com ponto de inércia menor que 70%. Desta forma, nesta região, parasitoses intestinais ­ SM e ANC e níveis séricos de vitamina A encontram-se inversamente associados e faz-se necessário elaborar programas de intervenção com estratégias de vigilância epidemiológica no local.
Assunto: Deficiencia de vitamina A
Saúde pública
Desnutrição nas crianças
Epidemiologia
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8G2PK8
Data do documento: 22-Ago-2002
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