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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Fração P1G10 do látex de Vasconcellea cundinamarcensis: atividade antitrombótica in vivo e anticoagulante/antiagregante plaquetário in vitro
Autor(es): Rogerio Pereira Bilheiro
Primeiro Orientador: Miriam Teresa Paz Lopes
Primeiro Coorientador: Maria das Gracas Carvalho
Primeiro membro da banca : Silvia Passos Andrade
Segundo membro da banca: Luci Maria Sant Ana Dusse
Resumo: Estudos prévios sugeriram que P1G10, uma cisteíno protease obtida do latex de Vasconcellea cundinamarcensis, pudesse atuar sobre o sistema hemostático, uma vez que, em doses tóxicas, causou hemorragia em ratos Wistar. Além disto, há relatos na literatura de outras cisteínos proteases capazes de impedir a formação trombótica, assim como alterar o padrão de coagulação do sangue e da agregação plaquetária in vitro. Baseado nisto, o objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito antitrombótico de P1G10 em um modelo de obstrução trombótica induzida em microvasos da orelha de camundongs hairless, assim como propor um mecanismo de ação coerente para este efeito. A indução trombótica foi feita com 0,15 mL de FITC-dextran i.v. (6 %) e luz azul de mercúrio em um microscópio de epi-iluminação. P1G10 (2,5, 5,0 ou 7,5 mg/kg), P1G10 com sua atividade proteolítica inibidada por iodoacetamida - P1G10-IAA (5,0 mg/kg) ou salina foram administrados por via s.c. 25 min antes da indução trombótica. Apesar de P1G10-IAA não ter sido diferente do controle, na dose de 2,5 mg/kg, observou-se um prolongamento do tempo até a formação de um trombo estável, enquanto nas doses de 5,0 e 7,5 mg/kg, não foi observada obstrução trombótica estável durante o tempo de observação do vaso (20 min). Em ensaios in vitro, P1G10 inibiu a agregação plaquetária em PRP de forma significativa nas concentrações de 0,5 g/L e de 1,0 g/L. Na avaliação do TP, observou-se prolongamento do tempo de coagulação em 1,0 g/L e completa anticoagulação em 2,0 g/L, enquanto pelo TTPA, P1G10 prolongou o tempo de coagulação em 0,5 e 1,0 g/L e promoveu completa anticoagulação em 2,0 g/L. Na avaliação do TT, observou-se um prolongamento significativo do tempo de coagulação a partir de 0,25 g/L, e completa anticoagulação a partir de 0,5 g/L. Observou-se ainda que a concentração de fibrinogênio em plasma foi significativamente reduzida em 0,05 g/L, e indetectável a partir de 0,5 g/L. Ao se avaliar a atividade proteolítica sobre fibrina moldada em placa de Petri, observou-se que 1,0 g de P1G10 demonstra uma importante atividade fibrinolítica. Diante desses resultados, pode-se sugerir que P1G10 possui atividade antitrombótica in vivo e antiplaquetária/anticoagulante in vitro.
Abstract: Previous studies have suggested that P1G10, a cistein protease obtained from the latex of Vasconcellea cundinamarcensis may have an effect on the hemostatic system, given that signs of haemorrage were found in Wistar rats during toxicological assays. In addition, the literature describes not only an important antithrombotic effect of other cistein proteases in vivo, but also their capacity to inhibit coagulation and platelet aggregation in vitro. Based on this, this study aimed at evaluating the effect of P1G10 in a light/dye model of thrombotic obstruction in the ear microvessels of hairless mice, as well as to propose a coherent pharmacological mechanism for such effect. For the thrombotic obstruction, 0.15 mL of FITC-dextran (6%) was injected in the tail vessel and the ear microvessels were subjected to continuous blue mercury light exposure on an epi-illumination microscope. P1G10 (2.5, 5.0 or 7.5 mg/kg), P1G10-IAA (5.0 mg/kg) or saline were injected s.c. 25 min before the thrombus induction. While P1G10-IAA showed no significant antithrombotic effect; at the dose of 2.5 mg/kg an importat prolongation of the time for a stable thrombus formation was observed, whereas at 5.0 and 7.5 mg/kg, no stable thrombotic obstruction of the vessels was observed in the time elapsed for experimental analysis (20 min). In in vitro assays, P1G10, at the final concentrations of 0.5 g/L and 1.0 g/L, significantly inhibited platelet aggregation in PRP. In coagulation assays, a significant prolongation in the coagulation time was observed by PT at the final concentration of 1.0 g/L, whereas no coagulation was observed at 2.0 g/L. By APTT, P1G10 significantly prolonged the coagulation time at 0.5 and 1.0 g/L, and no coagulation was observed at 2.0 g/L. In the TT assay, an important prolongation in the coagulation time was observed at 0.25 g/L, and no coagulation was obseved at 0.5 g/L. When plasma fibrinogen concentration was measured in vitro after incubation with P1G10, there was a significant decrease in fibrinogen levels at 0.05 g/L, which then became indetectable at the 0.5 g/L. In the fibrin plate assay, P1G10 showed fibrinolytic effect at 1.0 g. Based on this results, we suggest that P1G10 has antithrombotic activity in vivo and antiplatelet / anticoagulant activity in vitro.
Assunto: Farmacologia
Fisiologia
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8UAJ6Y
Data do documento: 20-Abr-2012
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