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Type: Tese de Doutorado
Title: Fatores prognósticos em terapia de reprodução assistida: hormônio anti-mülleriano e secreção endometrial de urocortina
Authors: Carolina Passos de Rezende Martins
First Advisor: Fernando Marcos dos Reis
First Referee: Selmo Geber
Second Referee: Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos
Third Referee: Rivia Mara Lamaita
metadata.dc.contributor.referee4: Alessandra Duarte Clarizia
Abstract: Objetivos: Avaliar a acurácia de fatores prognósticos em terapia de reprodução assistida, analisando-se a reserva ovariana através da contagem de folículos antrais e dosagem sérica do hormônio anti-mülleriano e a receptividade endometrial pela dosagem de urocortina no lavado e biópsia endometriais, seguindo os seguintes objetivos específicos: (1) Investigar se a contagem de folículos antrais e se as concentrações de hormônio anti-mülleriano no soro e de urocortina no lavado e biópsia endometriais, medidas no mês anterior ao ciclo de reprodução assistida, são diferentes em pacientes que subseqüentemente obtiveram gestação comparadas às que não obtiveram gestação; (2) Avaliar a estabilidade da dosagem do hormônio anti-mülleriano durante o ciclo menstrual, comparando seus valores em dois momentos distintos do ciclo; (3) Avaliar a sensibilidade e a especificidade dos três testes (contagem de folículos antrais, hormônio anti-mülleriano e urocortina) na predição de gravidez em mulheres submetidas à terapia de reprodução assistida. Material e métodos: Estudo prospectivo desenvolvido no Laboratório de Reprodução Humana Professor Aroldo Fernando Camargos do Hospital das Clínicas da UFMG. Pacientes: Pacientes admitidas para realização de FIV/ICSI. Métodos: (1) Contagem de folículos antrais no 3º dia do ciclo menstrual por ultrassom endovaginal (135 pacientes); (2) Dosagens de hormônio anti-mülleriano no sangue periférico, colhido no 3º e entre 18º e 20º dias do ciclo, através de Kits de ELISA (135 pacientes); (3) Dosagem da urocortina no lavado endometrial, colhido entre o 18º e 20º dias do ciclo, através de Kits de ELISA (102 pacientes); (4) Quantificação da expressão gênica da urocortina e dos receptores CRH-R1 e CRH-R2, por PCR em tempo real, em amostras endometriais colhidas entre o 18º e 20º dias do ciclo (55 pacientes). Resultados: (1) A taxa de gravidez global foi de 21,48% e de 25,89% quando consideradas apenas as pacientes que realizaram coleta ovariana. A taxa de abortamento espontâneo foi de 34,5%; (2) Houve um predomínio de infertilidade primária (74,5% entre não grávidas-NG- e 62,1% entre grávidas-G); (3) A principal causa de infertilidade foi fator masculino (45,3%-NG e 65,5%-G); (4) Não houve diferença significativa da idade (p = 0,122), tempo de infertilidade (p = 0.289), FSH dosado no 3º dia do ciclo (p = 0,522), dose de gonadotrofinas utilizada (p = 0,119), contagem de folículos antrais (p = 0,350) e espessura endometrial (p = 0,498) entre as pacientes que não engravidaram e as que engravidaram; (5) Houve diferença significativa do número de oócitos (5,0-NG X 7,0-G; p = 0,013) e do número de embriões (3,42-NG X 4,0-G; p = 0,013) entre as pacientes que não engravidarm e as que engravidaram; (6) As dosagens de AMH no 3º e entre 18º e 20º dias do ciclo foram significativamente maiores nas pacientes que engravidaram (p = 0,006 e p = 0,001). Não houve diferença significativa entre as duas dosagens de AMH de uma mesma paciente. A dosagem de AMH de 1,15 ng/ml, colhido entre 18º e 20º dias do ciclo, prediz a ocorrência de gravidez com especificidade de 70% e sensibilidade de 62,1%; (7) A expressão gênica relativa da urocortina foi 20% maior nas amostras endometrias das pacientes que engravidaram, mas a dosagem da urocortina no lavado endometrial não apresentou diferença significativa entre os grupos (p = 0,688); (8) Não foi observada nenhuma alteração na expressão gênica de CRH-R1 e de CRH-R2 nas pacientes grávidas quando comparadas com as pacientes não grávidas (p = 0,1892 e p= 0,1923). Conclusões: (1) A contagem de folículos antrais é bom preditor do número de oócitos e de embriões obtidos em tratamentos de FIV. Não é bom preditor da ocorrência de gestação, não podendo ser estabelecido um valor de corte para ser utilizado como exame de rastreamento pré-tratamento; (2) A dosagem de hormônio anti-mülleriano é bom preditor da ocorrência de gestação em tratamentos de FIV, apresentando-se significativamente maior nas pacientes que engravidam. As concentrações de AMH são estáveis durante o ciclo menstrual, podendo o exame ser colhido em qualquer dia do ciclo. Valores acima de 1,15 ng/ml determinam maior chance de gravidez com especificidade de 70% e sensibilidade de 62,1%; (3) A expressão gênica relativa de urocortina no endométrio é 20% maior em pacientes que obtêm gravidez após tratamentos de FIV. Sua dosagem por ELISA no lavado endometrial não apresenta sensibilidade suficiente para ser utilizado como marcador da receptividade endometrial em tratamentos de FIV.
Abstract: Objectives: Evaluate the accuracy of prognostic factors in assisted reproduction therapy analyzing ovarian reserve by antral follicle count and serum levels of anti-müllerian hormone and endometrial receptivityby dosage of lavage urocortin and endometrial biopsy, following the specific objectives: (1) Investigate if the antral follicle count and anti-müllerian hormone serum levels, as well as the dosage of lavage urocortin and endometrial biopsy, measured in the previous month to the assisted reproduction cycle are different in patients who subsequently obtained a pregnancy compared to the ones that did not obtain pregnancy; (2) Evaluate the stability of the anti-müllerian hormone dosage during the menstrual cycle, comparing values in two distinct moments of the cycle; (3) Evaluate the sensibility and specificity of the three tests (antral follicle count, anti-müllerian hormone and urocortin) in predicting pregnancy in women submitted to assisted reproduction therapy. Material and methods: Prospective study developed in the Laboratório de Reprodução Humana Professor Aroldo Fernando Camargos do Hospital das Clínicas da UFMG. Patients: Patients admitted for accomplishment of FIV/ICSI. Methods: (1) Antral follicle count on the 3rd day of the menstrual cycle by endovaginal ultrasound (135 patients); (2) Dosage of the anti-müllerian hormone in peripheral blood, collected on the 3rd and between the 18th and 20th days of the cycle using ELISA kits (135 patients); (3) Endometrial lavage urocortin dosage collected between the 18th and 20th days of the cycle using ELISA kits (102 patients); (4) Quantification of the urocortin and receptors CRH-R1 and CRH-R2 gene expression by Real time PCR in samples collected between the 18th and 20th days of the cycle (55 patients). Results: (1) The global pregnancy rate was of 21,48% and 25,89% when considering only patients who accomplished ovarian collection. The spontaneous abortion rate was of 34,5%; (2) There was a predominance of primary infertility (74,5% among non-pregnant NG and 62,1% among pregnants-G); (3) The main cause of infertility was the masculine factor (45,3%-NG and 65,5%-G); (4) There was no significant difference among ages (p=0,122), time of infertility (p=0,289), FSH dosed on the 3rd day of the cycle (p=0,522), gonadotropins dosage used (p=0,119), antral follicle count (p=0,350) and endometrial thickness (p=0,498) between patients who got pregnant and who did not; (5) There was significant difference in the number of oocytes (5,0-NG X 7,0-G; p = 0,013) and number of embryos (3,42-NG X 4,0-G; p = 0,013) between patients who got pregnant and who did not; (6)The AMH dosages on the 3rd and between the 18th and 20th days of the cycle were significantly higher in patients who got pregnant (p = 0,006 e p = 0,001). There was no significant difference between the two dosages of AMH from the same patient. The AMH dosage of 1,15ng/ml, collected between the 18th and 20th days of the cycle, predicts the occurrence of pregnancy with a 70% specificity and 62,1% sensibility; (7) The urocortin relative gene expression was 20% higher in endometrial samples of patients who got pregnant, but the endometrial lavage urocortin dosage did not show significant difference between the groups (p=0,688); (8) No significant alteration was observed in the gene expression of CRH-R1 and CRH-R2 in pregnant compared to non-pregnant patients (p = 0,1892 e p= 0,1923). Conclusions: (1) The antral follicle count is a good predictor for the number of oocytes and embryos obtained in FIV treatments. It is not a good predictor for pregnancy occurrence and a cutoff value cannot be established and used as a pre-treatment tracking exam; (2) The anti-müllerian hormone dosage is a good predictor for the pregnancy occurrence in FIV treatments being significantly higher in patients who got pregnant. The AMH concentrations are stable during the menstrual cycle and the exam can be collected at any moment of the cycle. Values over 1,15ng/ml determine higher pregnancy chance with specificity of 70% and sensibility of 62,1%; (3) The endometrial urocortin gene expression was 20% higher in patients who got obtained pregnancy after FIV treatments. The dosage of endometrial lavage using ELISA did not present enough sensibility to be used as a marker of endometrial receptivity in FIV treatments.
Subject: Técnicas reprodutivas assistidas
Hormônio anti-mülleriano
Urocortinas
Reprodução humana
Indução da ovulação
Ovário/fisiologia
Sensibilidade e especificidade
Reprodução
Previsão da ovulação
Testes de função ovariana
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-93ENFH
Issue Date: 15-Jun-2012
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