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Tipo: Tese de Doutorado
Título: A relação risco-retorno e o paradoxo de Bowman: uma investigação em empresas brasileiras
Autor(es): Marcos Villela Vieira
primer Tutor: Hudson Fernandes Amaral
primer Co-tutor: Luiz Alberto Bertucci
primer miembro del tribunal : Bruno Perez Ferreira
Segundo miembro del tribunal: Luiz Alberto Bertucci
Tercer miembro del tribunal: Eduardo Senra Coutinho
Cuarto miembro del tribunal: Haroldo Guimaraes Brasil
Quinto miembro del tribunal: Romualdo Douglas Colauto
Resumen: A premissa de que risco e retorno são positivamente relacionados representa um dos postulados básicos da teoria financeira, fornecendo suporte para a elaboração de estratégias de financiamento e investimento que podem ser utilizadas pelas empresas, com o objetivo de alcançar maiores taxas de retorno sobre o capital investido pelos proprietários. Nesta pesquisa, investiga-se essa associação, a partir de um conjunto de indicadores de risco financeiro analisados em conjunto com a taxa de retorno sobre o capital próprio (ROE), com o objetivo de: a) validar a premissa de existência de associação positiva entre o risco e o retorno sobre o capital próprio; b) validar a estratégia da alavancagem financeira como forma de elevar a taxa de retorno sobre o capital próprio e C) identificar características financeiras relevantes nas empresas de melhor desempenho. A abordagem utilizada foi baseada nos estudos de Bowman (1980), que identificou fenômeno denominado "paradoxo de Bowman" relacionado à ausência de associação positiva entre risco e retorno, em um conjunto expressivo de empresas negociadas em bolsas de valores americanas. As variáveis de risco foram selecionadas tendo por base a abordagem usual, da variabilidade dos retornos medidos pelo ROE, e por indicadores contábeis de risco financeiro, definidos a partir da abordagem do modelo dinâmico, das categorias de fragilidade financeira de Minsky (1984), e de um conjunto de índices de liquidez, de endividamento e de fluxo de caixa usualmente empregadosna análise financeira tradicional. A base de dados utilizada foi composta por 173 empresas com ações negociadas na Bovespa entre 2001 e 2010, agrupadas em 18 setores principais. Os dados obtidos foram tratados mediante o cálculo das médias, das medianas, dos parâmetros das retas de regressão, dos coeficientes r2, e do P valor. Conforme a abordagem de Bowman (1980) foram construídas matrizes de risco-retorno e determinados índices de associação (1A) para a identificação da natureza positiva ou negativa das associações, avaliadas para empresas de melhor desempenho (vencedoras) e de pior desempenho (perdedoras). Os testes foram complementados pelo cálculo da relação entre o retorno obtido (ROE) e a variável de riscoconsiderada. Os resultados obtidos mostram que, ao contrário do que sugere a teoria, foi identificada associação negativa significativa (medida pelo P valor), quando utilizada a variância do ROE como variável de risco, para o total da amostra, para as empresas perdedoras (ROE abaixo da mediana), e de alto risco (variância acima da mediana). Para os setores investigados, foram identificadas associações negativas. Associação positiva foi constatada, predominantemente, em setores com reduzido numero de componentes e/ou com elevada regulação. A análise dos indicadores de risco financeiro não revelou associação positiva significativa. As melhores relações entre risco e retorno foram obtidas, em todos os testes, por empresas em posições mais conservadoras de risco. Dessa forma, graus mais elevados de risco financeiro não foram acompanhados de melhor desempenho, na forma de maiores taxas de retorno aos proprietários. Assim, os resultados da pesquisa não permitem a validação da estratégia de alavancagem financeira como atrativa para a elevação da taxa de retorno sobre o capital próprio (ROE).
Abstract: The premise that risk and return have a positive relation to each other represents one of the basic postulates of financial theory, underlying financing and investment strategies used by companies with the purpose of obtaining higher rates of return on the capital invested by company owners. This work studies this association, through a set of financial risk indicators analyzed jointly with the Return On Equity (ROE) rate, with the purpose of: a) validating the premise of a positive association between risk and Return On Equity; b) validating financial leverage strategy as a way of increasing the ROE rate; and c) identification of outstandingfinancial characteristics ofthe best performance companies. The approach used was based on the studies by Bowman (1980), which identified the phenomenon called the Bowman paradox", related to the absence of a positive association between risk and return, within anexpressive number of companies being traded in American stock exchanges. The risk variables were selected based on the usual approach of variability of the return measured by the ROE and by financial risk accounting indicators, defined according to the dynamic model,Minsky's categories of financial liagility (1984), and a set of liquidity, indebtedness and cash flow rates regularly used in traditional financial analysis. The database used was made up by 173 companies with stock traded in Bovespa between 2001 and 2010, grouped into 18 main sectors. The data obtained was subject to the calculation of the means, medians, linear regression parameters, ofthe r2 coefficients, and of the value P. ln accordance with Bowmans theory (1980), risk/return matrices were built and association indexes (Al) determined to identify the positive or negative nature of the associations, calculated for the companies withbest perforrnance (winners) and worst performance (losers). The tests were complemented by calculating the relation between the return obtained (ROE) and the risk variable taken into account. The results obtained show that, unlike what is suggested by the theory, a relevantnegative association (measured by the value P) was identified when ROE variance was used as a risk variable, for the whole sample, for losing companies (ROE below the median), and with high risk (variance above the median). A positive association was noted, mainly, in sectors with a low number of components and/or highly regulated. The analysis of financial risk indicators did not reveal a relevant positive association. The best relations between risk and return were obtained, in all the tests, by companies with more conservative risk positions. Therefore, higher financial risks were not followed by better performance, in the form ofhigher Return On Equity rates. Thus, the results of the survey do not allow for financial leveraging to be validated as an attractive option for increasing the Return On Equity.
Asunto: Finanças
Administração de empresas
Risco
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-98MH5H
Fecha del documento: 8-may-2012
Aparece en las colecciones:Teses de Doutorado

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