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dc.contributor.advisor1Mark Drew Crosland Guimaraespt_BR
dc.contributor.referee1Francisco de Assis Acurciopt_BR
dc.contributor.referee2Dimitri Fazito de Almeida Rezendept_BR
dc.contributor.referee3Francisco Inacio Pinkusfeld Monteiro Bastospt_BR
dc.contributor.referee4Ligia Regina Franco Sansigolopt_BR
dc.creatorGustavo Machado Rochapt_BR
dc.date.accessioned2019-08-12T13:51:46Z-
dc.date.available2019-08-12T13:51:46Z-
dc.date.issued2014-02-25pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/BUOS-9JNGUU-
dc.description.abstractThe Brazilian HIV epidemic is considered to be concentrated in certain vulnerable groups, including illicit drug users, sex workers and men who have sex with men (MSM). The main mode of transmission of HIV in the country is through sexual contact, and the population of MSM is at high risk of exposure to the virus, strongly influenced by sexual behavior. This work aims to evaluate sexual risk behavior and associations in a sample of MSM in Brazil. This is a cross sectional study which adopted the technique of Respondent Driven Sampling (RDS) to recruit the participants. MSM aged 18 years and reported having had at least one sexual relationship with another man in the twelve months preceding the interview were invited to participate in the project, residents in the following cities: Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Santos, Curitiba, Itajai, Brasilia, and Campo Grande. The events were: unprotected receptive anal intercourse (defined as ever stop using condoms during receptive anal sex in the previous six months) and risk behavior score for HIV infection (calculated from information on the number of male partners and condom use during anal intercourse in the past 12 months with steady, casual and commercial partners). Estimates were weighted by the inverse of the probability proportional to the size of the social network informed by the respondent and the proportion of MSM in each city. For all analyzes the significance level was 0.05. Among 3859 individuals interviewed, the majority of the sample consisted of MSM above 24 years of age (62.3%), non-white (72.4%), with less than twelve years of education (72.7%) and single (84.9%). Nearly sixty percent of respondents selfidentified as homosexual, gay or MSM, 27.9 % as bisexual and 12.7 % as heterosexual, and 46.7% initiated sexual activity aged less than 14 years. Most participants (87.0%) reported having more than one sexual partner in the last twelve months. About the type of sexual partner, 63.6 % reported having a stable partner, 78.1% a casual partner and 41.1% a commercial partner, with large overlapping sexual partnerships; 56.2 % had sex only with men and 18.5 % had had sexual intercourse with transvestite in the last 12 months. Of the total of 3859 participants, 3449 (89.4%) reported a history of sex with men in the 6 months preceding the interview. Of these, 36.5% practiced unprotected receptive anal intercourse in the past 6 months. The final logistic regression model revealed that living with a male partner (OR = 1.80 , 95% CI = 1.21 - 2.68), use of illicit drugs (OR = 1.50 , 95% CI = 1.16 - 1.95), have only a stable partner (OR = 2.46 , 95% CI = 1.71 3,54) or stable and casual or commercial (OR = 1.89, 95% CI = 1.42 - 2.52), history of sex with men only (OR = 1.94 , 95% CI = 1.41 - 2.68), having few or no friends that encourages condom use (OR = 1.80; 95% CI = 1.42 - 2.32), self-reported identity as homosexual (OR = 1.58 , 95% CI = 0.98 - 2.60) and consider moderate to high chance of becoming infected with HIV (OR = 1.99 , 95% CI = 1.46 to 2.63) were characteristics independently associated with inconsistent condom use in receptive anal intercourse. Among 3859 participants, 3738 (96.9%) had complete information about the number of sexual partners and condom use in the last 12 months. In this sample, the mean and median risk behavior score for HIV was, respectively, 5.7 and 4 (SD = 4.99). After categorization, 26.0 % of participants had a score of low risk, 54.2 % medium risk and 19.9% high risk for HIV infection. Final model of ordinal logistic regression showed that age less than or equal to 25 years (OR = 1.14, 95% CI = 1.01 - 1.30), higher education (9-11 years: OR = 1.18 , CI 95 % = 1.02 - 1.38; 12 + years: OR = 1.11 , 95% CI = 0.95 - 1.31), self-reported sexual identity as homosexual (OR = 2.68, 95% CI = 2.17 - 3.31) or bisexual (OR = 1.48, 95% CI = 1.18 - 1.85), current frequent alcohol use (OR = 1.31, 95% CI = 1.15 - 1.51) and illicit drug use in the past 6 months (OR = 1.94, 95% CI = 1.69 - 2.24), first sexual intercourse before 15 years of age (OR = 1.42, 95% CI = 1.25 - 1.61), and use local services to meet sexual partners in the last month (OR = 1.81, 95% CI = 1.59 - 2.06) were characteristics significantly associated with greater risk behavior score for HIV. Among 3859 individuals interviewed, 1795 (46.5%) were between 18 and 24 years old, ranging from 24.1% (Santos) and 70.6% (Manaus) in the cities evaluated. Third eight percent practiced unprotected receptive anal intercourse (ranging from 21.0% in Brasilia to 41.9% in Campo Grande) and 44.3% unprotected insertive anal sex (ranging from 29.0% in Brasilia to 50.2% in Manaus) in the last 6 months. In this sample, 25.8%, 53.9% and 20.3% were classified with, respectively, low, medium and high risk behavior score for HIV. Santos was the city where more proportion of young HSH reported history of sexual intercourse under the influence of alcohol (75.9%) or illicit drugs (39.7%), despite high rates in all locations studied. Less than half of the sample of young HSH had already performed serologic tests for HIV and/or syphilis previously, with a smaller proportion in Manaus (22.4% and 8.9%, respectively) and Salvador (31.6% and 17.9%, respectively). Despite widespread access to information and condoms, the proportion of MSM engaged in unprotected sexual practices is very high in the country. Thus, contrary to the assumption of relative stability of the HIV epidemic, there is a great potential for spread of the virus and other sexually transmitted infections in Brazil. The MSM population, as well as other vulnerable populations, has HIV prevalence greater than the general population, with other risk behavior characteristics, including high consumption of alcohol and drugs. In this sense, specific intervention strategies should be developed aimed at this group, with special attention to young MSM, focusing on the importance of anal sex in HIV transmission.pt_BR
dc.description.resumoA epidemia do HIV no Brasil é considerada concentrada em determinados grupos mais vulneráveis, incluindo usuários de drogas ilícitas, profissionais do sexo e homens que fazem sexo com outros homens (HSH). A principal forma de transmissão do HIV no país é a via sexual, sendo que a população de HSH apresenta elevado risco de exposição ao vírus, fortemente influenciado pelas características do comportamento sexual. Este trabalho objetiva avaliar o comportamento sexual de risco e associações numa amostra de HSH do país. Trata-se de estudo corte transversal que adotou a técnica de Respondent Driven Sampling (RDS) para o recrutamento da amostra. Foram convidados a participar do projeto HSH com idade superior a 18 anos e com relato de ter tido pelo menos uma relação sexual com outro homem nos doze meses anteriores à entrevista, residentes nas seguintes cidades: Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Santos, Curitiba, Itajaí, Brasília e Campo Grande. Os eventos avaliados foram: Sexo anal receptivo desprotegido (definido como deixar alguma vez de usar preservativos nas relações sexuais anais receptivas nos seis meses anteriores à entrevista) e escore de comportamento de risco para a infecção pelo HIV (calculado a partir das informações do número de parceiros masculinos e uso de preservativos em relações anais nos últimos 12 meses com parceiros fixos, casuais e comerciais). As estimativas foram ponderadas pelo inverso da probabilidade de seleção proporcional ao tamanho da rede social informada pelo entrevistado e pela proporção de HSH em cada cidade avaliada. Para todas as análises, o nível de significância foi 0,05. Entre 3859 indivíduos entrevistados, a maior parte da amostra foi constituída por HSH acima de 24 anos de idade (62,3%), de cor não-branca (72,4%), com menos de doze anos de estudo (72,7%) e solteiros (84,9%). Quase sessenta por cento dos entrevistados se autorreferiam como homossexual, gay ou HSH, 27,9% como bissexual e 12,7% como heterossexual, sendo que 46,7% iniciaram a atividade sexual com idade igual ou inferior a 14 anos. A maioria dos participantes (87,0%) relatou ter tido mais de um parceiro sexual nos últimos doze meses. Sobre o tipo de parceria sexual, 63,6% dos entrevistados informaram ter parceria sexual fixa, 78,1% parceria casual e 41,1% parceria comercial, havendo grande sobreposição de parcerias sexuais. De forma semelhante, 56,2% tiveram relações sexuais somente com homens e 18,5% tiveram alguma relação sexual com travesti nos últimos 12 meses. Do total de 3859 participantes, 3449 (89,4%) relataram história de relação sexual com homens nos seis meses anteriores à entrevista. Destes, 36,5% praticaram sexo anal receptivo desprotegido nos últimos seis meses. O modelo final de regressão logística revelou que viver com parceiro masculino (OR = 1,80; IC 95% = 1,21 2,68); uso de drogas ilícitas (OR = 1,50; IC 95% = 1,16 1,95); ter somente parceiros fixos (OR=2,46; IC 95% = 1,71 3,54) ou fixos mais casuais ou comerciais (OR = 1,89; IC 95% = 1,42 2,52); história de relação sexual somente com homens (OR = 1,94; IC 95% = 1,41 2,68); ter poucos ou nenhum amigo que incentiva o uso de preservativos (OR = 1,80; IC 95% = 1,42 2,32); identidade autorreferida como homossexual (OR = 1,58; IC 95% = 0,98 2,60) e considerar moderada a alta a chance de se infectar pelo HIV (OR = 1,99; IC 95% = 1,46 2,63) foram características independentemente associadas com o uso inconsistente de preservativo nas relações anais receptivas. Dos 3859 participantes, 3738 (96,9%) apresentaram informações completas sobre número de parcerias sexuais e uso de preservativos nas relações sexuais nos últimos 12 meses. Nesta amostra, a média e mediana do escore de comportamento de risco para o HIV foi, respectivamente, 5,7 e 4,0 (DP=4,99). Após a categorização, 26,0% dos participantes obtiveram escore de baixo risco, 54,2% médio risco e 19,9% alto risco para infecção pelo HIV. Modelo final de regressão logística ordinal mostrou que idade igual ou inferior a 25 anos (OR = 1,14; IC 95% = 1,01 1,30), maior escolaridade (9-11 anos: OR = 1,18; IC 95% = 1,02 1,38; 12+ anos: OR = 1,11; IC 95% = 0,95 1,31), identidade sexual autorreferida como homossexual (OR = 2,68; IC 95% = 2,17 3,31) ou bissexual (OR = 1,48; IC 95% = 1,18 1,85), uso atual frequente de álcool (OR = 1,31; IC 95% = 1,15 1,51) e drogas ilícitas nos últimos seis meses (OR = 1,94; IC 95% = 1,69 2,24), início da atividade sexual antes de 15 anos de idade (OR = 1,42; IC 95% = 1,25 1,61), utilizar locais ou serviços para encontro de parcerias sexuais no último mês (OR = 1,81; IC 95% = 1,59 2,06) foram características com associação estatisticamente significativa com maior escore de comportamento de risco para o HIV. Entre os 3859 indivíduos entrevistados, 1795 (46,5%) tinham entre 18 e 24 anos de idade, com variação entre 24,1% (Santos) e 70,6% (Manaus) nos municípios avaliados. Do total de 1795 HSH jovens, 38,0% praticaram sexo anal receptivo desprotegido (variação de 21,0% em Brasília a 41,9% em Campo Grande) e 44,3% sexo anal insertivo desprotegido (variação de 29,0% em Brasília a 50,2% em Manaus) nos últimos 6 meses. Nessa amostra, 25,8%, 53,9% e 20,3% obtiveram, respectivamente, baixo, médio e alto escore de comportamento de risco para o HIV. Santos foi o município onde mais se relatou história de relação sexual sob efeito de álcool (75,9%) ou drogas ilícitas (39,7%), apesar de elevadas taxas em todas as localidades estudadas. Menos da metade da amostra de jovens já havia realizado exame sorológico para HIV e/ou Sífilis previamente, com menor proporção em Manaus (22,4% e 8,9%, respectivamente) e Salvador (31,6% e 17,9%, respectivamente). Apesar do amplo acesso à informação e a preservativos de forma gratuita, a proporção de HSH envolvidos em práticas sexuais desprotegidas é muito elevada no país. Assim, diferentemente de uma hipótese de uma relativa estabilidade da epidemia do HIV, existe um grande potencial de disseminação do vírus e de outras infecções sexualmente transmissíveis no Brasil. A população de HSH, assim como outras populações vulneráveis, possui uma prevalência de HIV maior do que na população geral, associado a outras características comportamentais de risco, incluindo elevado consumo de álcool e drogas. Neste sentido, estratégias de intervenção específicas devem ser desenvolvidas voltadas para este grupo, com atenção especial para HSH jovens, focando na importância do sexo anal na transmissão do HIV.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectSaúde Públicapt_BR
dc.subject.otherComportamento de redução de riscopt_BR
dc.subject.otherEstudo comparativopt_BR
dc.subject.otherHIVpt_BR
dc.subject.otherConhecimentos, atitudes e prática em saúdept_BR
dc.subject.otherHomenspt_BR
dc.subject.otherHomossexualismopt_BR
dc.subject.otherEstilo de vidapt_BR
dc.subject.otherHomossexualidade masculinapt_BR
dc.subject.otherCoitopt_BR
dc.titleComportamento sexual de risco entre homens que fazem sexo com outros homens no Brasilpt_BR
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
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