Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-APPQ2K
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Luiz Alex Silva Saraivapt_BR
dc.contributor.referee1Alexandre de Padua Carrieript_BR
dc.contributor.referee2Magda Maria Bello de Almeida Nevespt_BR
dc.creatorFelipe Gouvêa Penapt_BR
dc.date.accessioned2019-08-09T15:39:19Z-
dc.date.available2019-08-09T15:39:19Z-
dc.date.issued2017-03-07pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/BUOS-APPQ2K-
dc.description.abstractThis dissertation aimed to understand how the domestic kitchen is territorialized in the middle of social relations of gender and race. In a qualitative approach, the study was based on a combination of three data gathering techniques: the semi-structured interview, the word evocation test and the photoelicitation technique. The collected material was organized and categorized according to French discourse analysis, with a series of procedures that consider the explicit, implicit and silenced aspects in the discourses (FARIA, 2009). There was considered as a research subjects: housewives, maids and employers, starting from the assumption that in different ways these individuals contribute to the established problematization. Domestic cooking, as a territory, perhaps is the clearest example of gender division in the household, because it has always been considered a feminine "place." Historically located in the back of the houses, the kitchen was the work place of the cooks, usually black, and the housewife, and therefore, without value. The organization of this space does not only refer to a stronghold in which the materialization of social interactions occurs, but also it own tends to structure such interactions (LEFEBVRE, 1991). Therefore, it is not possible to speak in neutrality, at the material and symbolic levels, in this or any other space, since it is demarcated politically and ideologically, stage of coercions of a group of dominant in relation to a group dominated in different instances. The current "gastronomization" movement of daily food values domestic cuisine in the media, in a process of endogenous of the aesthetics of daily life (BARBOSA, 2012). The argument was defended that such valorization of the kitchen and, consequently, of the act of cooking, it reaffirms territorially, but hide issues of gender and race. Men, historically associated with public space, has appropriated the domestic cooking in the midst of media discourses of the gourmet movement, which value, exalt and give it the title of "owner" of the kitchen. The results of the research strengthen the idea that the territorial dynamics of this domestic space is permeated by the social relations of gender and race and that, in fact, there is a process of (re)appropriation of this territory, mainly from the symbolic point of view.pt_BR
dc.description.resumoEsta dissertação teve como objetivo compreender como a cozinha doméstica é territorializada em meio a relações sociais de gênero e raça. Em uma abordagem qualitativa, o estudo se valeu de uma combinação de três técnicas de coleta de dados: a entrevista semiestruturada, o teste de evocação de palavras e a técnica de fotoelicitação. O material coletado foi organizado e categorizado de acordo com a análise de discurso na vertente francesa, com uma série de procedimentos que consideram os aspectos explícitos, implícitos e silenciados nos discursos (FARIA, 2009). Foram considerados como sujeitos de pesquisa: donas de casa, empregadas domésticas, patroas e patrões, partindo-se do pressuposto de que de diferentes formas esses indivíduos contribuem para a problematização estabelecida. A cozinha doméstica, enquanto um território, talvez seja o exemplo mais claro da divisão por gênero na casa, pelo fato de ter sido sempre considerada um lugar feminino. Historicamente localizada no fundo das casas, a cozinha era o lugar de trabalho da cozinheira, normalmente negra, e da dona de casa, e, por isso, sem valor. A organização desse espaço não se refere apenas a um reduto em que ocorre a materialização das interações sociais, como também ela própria tende a estruturar tais interações (LEFEBVRE, 1991). Logo, não é possível falar em neutralidade, nos níveis material e simbólico, nesse ou em qualquer outro espaço, uma vez que ele é demarcado política e ideologicamente, palco de coerções de um grupo de dominante em relação a um grupo dominado em diferentes instâncias. O atual movimento de gastronomização do cotidiano alimentar valoriza a cozinha doméstica na mídia, em um processo de endogenia da estética da vida cotidiana (BARBOSA, 2012). Defendeu-se o argumento de que tal valorização da cozinha e, por consequência, do ato de cozinhar, a ressignifica territorialmente, mas oculta questões de gênero e raça. Os homens, historicamente associados ao espaço público, vêm se apropriando da cozinha doméstica em meio a discursos midiáticos do movimento gourmet, que o valorizam, exaltam e lhe concedem o título de dono da cozinha. Os resultados da pesquisa fortalecem a ideia de que a dinâmica territorial desse espaço doméstico é permeada pelas relações sociais de gênero e raça e que, de fato, há um processo de (re)apropriação desse território, principalmente sob a ótica simbólica.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectRelações Sociaispt_BR
dc.subjectTerritorialidadept_BR
dc.subjectGêneropt_BR
dc.subjectCozinha Domésticapt_BR
dc.subjectRaçapt_BR
dc.subject.otherRede de relações sociaispt_BR
dc.subject.otherAdministraçãopt_BR
dc.subject.otherRelações de gêneropt_BR
dc.subject.otherCulináriapt_BR
dc.titleUm território (re)apropriado?: a dinâmica territorial da cozinha em meio a relações sociais de gênero e raçapt_BR
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
pena__2017___disserta__o.pdf2.48 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.