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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: O apoio matricial em saúde mental no SUS de Belo Horizonte na perspectiva dos trabalhadores
Autor(es): Natália Freitas Dantas
Primeiro Orientador: Izabel Christina Friche Passos
Primeiro membro da banca : Cassia Beatriz Batista e Silva
Segundo membro da banca: Claudia Maria Filgueiras Penido
Resumo: Apoio Matricial é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde (Brasil 2004a) a fim de aumentar a capacidade resolutiva da Atenção Primária, além de organizar os fluxos, articular os diversos níveis de atenção, enfatizado a importância do processo dialógico no trabalho em saúde tanto no nível individual, como no coletivo, bem como facilitando a integração das práticas de cuidado em nível ampliado de atuação. Campos e Domitti (2007) conceituam esta nova proposta afirmando que o Apoio Matricial objetiva assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde. (...) Pretende oferecer tanto retaguarda assistencial quanto suporte técnico pedagógico às equipes de referência. (p.399-400). Atrelado a isso, percebe-se a discussão da Reforma Psiquiátrica trazendo a relevância de se trabalhar a saúde mental na Atenção Primária, responsável pelos cuidados básicos de saúde, mais próximos da realidade de vida dos usuários. Nessa perspectiva, o Apoio Matricial surge como proposta para articular os cuidados em saúde mental à Atenção Básica, tendo em vista que os processos de cuidado que não afaste o usuário de seu território. Diante do exposto, esta pesquisa tem, portanto, o objetivo primário de compreender como o Apoio Matricial em saúde mental vem sendo desenvolvido pelos psicólogos que exercem esta função junto à Atenção Primária em Saúde na experiência da cidade de Belo Horizonte. O interesse em estudar os psicólogos parte da reconhecida presença desses profissionais no bojo das discussões nas lutas e debates para a transformação da política de saúde mental. Para tanto, os objetivos secundários foram: 1) conhecer o histórico de implementação da saúde mental e o Apoio Matricial em Saúde Mental e sua articulação com a Atenção Primaria no sistema de saúde de Belo Horizonte; 2) conhecer o processo de criação das equipes de matriciamento no contexto da referida cidade; 3) analisar a percepção dos psicólogos acerca de seu papel de apoiador matricial; 4) descrever as práticas concernentes ao trabalho do psicólogo apoiador. A pesquisa foi de caráter qualitativo, utilizando como instrumentos entrevista semiestruturada individual com cinco psicólogos envolvidos com o Apoio Matricial em saúde mental e dois representantes do nível gerencial da rede de saúde mental de Belo Horizonte, além de observação-participante a três reuniões de Apoio Matricial. A análise dos dados coletados se deu através da análise de conteúdo. Nas reflexões finais, percebe-se que apesar das tensões e desafios apresentados, o Apoio Matricial foi percebido como potente no trabalho da saúde mental na Atenção Primária e tem tentado transformar a relação de trabalho nas unidades básicas de saúde no sentido da corresponsabilização e do trabalho integrado entre as equipes. Apesar disso, ainda é preciso avançar no tocante à construção do projeto terapêutico, ampliando o escopo de intervenções para além do atendimento clínico-individual, incluindo a perspectiva do trabalho com grupos e coletivos, bem como na perspectiva do território. Além disso, é importante também avançar no que se refere à corresponsabilização, à formação de redes, e ao apoio institucional.
Abstract: Support Matrix is a strategy adopted by the Ministry of Health (Brazil 2004a) in order to increase the response capacity of Primary Care and organizing flows, articulate the various levels of care, emphasized the importance of the dialogic process in health work in both individually, and collectively, as well as facilitating the integration of care practices in larger level of activity. Fields and Domitti (2007) conceptualize this new proposal stating that the Matrix Support aims "to provide specialized defense teams and professionals responsible for the care of health problems. (...) Aims to provide both backup care as pedagogical technical support teams to reference. "(P.399-400). Coupled to this, we see the discussion of the Psychiatric Reform bringing the relevance of mental health work in Primary Care, responsible for basic health care, closer to the reality of life for users. In this perspective, the Matrix Support emerges as a proposal for joint care in the primary care mental health, given that the processes of care that you do not walk away from their territory. Given the above, this research therefore has the primary aim of understanding how the matrix support in mental health has been appropriated by psychologists who perform this function with the Primary Health Care experience in the city of Belo Horizonte. The interest in studying psychologists is about the recognized presence of these professionals in the wake of the discussions and debates in the struggles for the transformation of mental health policy. For both, the secondary objectives were: 1) know the history of implementation of mental health and the Mental Health Support Matrix and its linkages with primary care in the health system of Belo Horizonte; 2) know the process of creating teams matricial studied in the context of that city; 3) analyze the perception of psychologists about their role as supporter matrix; 4) describe the practices concerning the work of psychologist supporter. The research was qualitative, using instruments such as semistructured interviews with five individual psychologists involved with the matrix support in mental health and two representatives from the managerial level of the mental health of the municipality of Belo Horizonte network, and participant observation at three meetings matrix support. The analysis of data was collected through content analysis. In the final reflection, one realizes that despite the tensions and challenges, the Matrix Support was perceived as a powerful work of mental health in primary care and has tried to transform the employment relationship in basic health units in the sense of co-responsibility and work integrated between the teams. Nevertheless, it is still necessary to advance as regards the construction of the treatment plan, expanding the scope of interventions beyond the individual clinical care, including the prospect of working with groups and collectives, as well as the perspective of the territory. Moreover, it is also important advance in regard to co-responsibility, the formation of networks, and institutional support.
Assunto: Saúde pública
Saúde mental
Psicologia
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQVFW6
Data do documento: 28-Ago-2014
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