Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B44J5Z
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Avaliação da qualidade de vida visual e da sintomatologia depressiva associada à visão funcional em indivíduos com Doença de Stargardt
Autor(es): Mirela Luna Santana
Primeiro Orientador: Humberto Correa da Silva Filho
Primeiro Coorientador: Maria da Conceição Frasson
Primeiro membro da banca : Maria da Conceição Frasson
Segundo membro da banca: Mayra Yara Martins Brancaglion
Resumo: INTRODUÇÃO: A doença de Stargardt (DSTG) é uma distrofia macular que se inicia geralmente nas primeiras décadas de vida e progride para uma perda da função visão central. Presumivelmente tais sintomas podem comprometer a realização de atividades diárias, com repercussões na qualidade de vida visual, no estado depressivo e na visão funcional de indivíduos. OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida visual em indivíduos com DSTG, bem como correlacioná-la ao estado depressivo e à visão funcional. PARTICIPANTES E MÉTODOS: Este é um estudo transversal, realizado em uma amostra de 41 participantes com DSTG e 46 controles sadios do Hospital São Geraldo, Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG). Foram utilizados para todos os indivíduos o questionário de função visual de 25 perguntas do National Eye Institute (NEI VFQ25); a entrevista psiquiátrica estruturada (MINI Plus 5.0); os questionários de sintomas depressivos: Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D); além dos testes de função visual, acuidade visual (AV) e campo visual manual (CVM), estes últimos medidos para calcular a visão funcional. A comparação entre as variáveis sociodemográficas, a qualidade de vida visual, depressão e visão funcional foi realizada através do teste exato de Fisher com o método mid-p e o teste de Mann-Whitney-Wilcoxon. Os resultados do NEI VFQ-25, MINI Plus, BDI e HAM-D foram correlacionados pelo coeficiente de Spearman. A análise multivariada foi feita utilizando-se a técnica de árvore de regressão com o método ANOVA. RESULTADOS: Observou-se na comparação das médias do questionário NEI VFQ-25 entre os controles e o grupo de DSTG uma diferença significativa em todas as dez subescalas e no composto final (p<0,001), exceto na subescala Saúde Geral. Não houve relevância significativa entre os dois grupos quanto às variáveis sociodemográficas. Também não se observou diferença estatisticamente significativa quanto ao número de participantes com episódio depressivo passado ou atual, avaliados pela MINI Plus 5.0, nem quanto à média dos escores das escalas BDI e HAM-D entre os pacientes e os controles. Entretanto, uma análise de correlação mostrou que a variável que apresentou maior correlação com a pontuação final do NEI VFQ-25 foi a sintomatologia depressiva, avaliada pelo BDI (rho=-0.49). Outras foram a renda familiar (rho=0.37) e a visão funcional (rho=0.41). CONCLUSÃO: Os participantes com DSTG apresentaram piores resultados nos testes de visão funcional e na avaliação da qualidade de vida visual em relação aos controles. Apesar de esses pacientes não terem uma maior frequência de episódios depressivos quando comparados aos controles, a sintomatologia depressiva foi altamente correlacionada à perda de qualidade de vida nos pacientes.
Abstract: INTRODUCTION: Stargardt's Disease (DSTG) is a macular dystrophy usually begins in the first decades of life and progresses to a loss of central vision function. Presumably such symptoms may compromise the performance of daily activities, with repercussions on visual quality of life, depressive state and functional vision. OBJECTIVE: To analyze visual quality of life in individuals with DSGDT, as well as correlate it to the depressive state and the functional vision. PARTICIPANTS AND METHODS: This is a cross-sectional study, conducted in a sample of 41 participants with DSTG and 46 healthy controls, from Hospital São Geraldo, Hospital das Clínicas, Federal University of Minas Gerais (HC-UFMG). The 25-question visual function questionnaire from the National Eye Institute (NEI VFQ-25), Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI Plus 5.0), the depressive symptom questionnaires: Beck Depression Inventory (BDI) and the Hamilton Depression Rating Scale (HAM-D), as well as the visual function: visual acuity and manual visual field tests, both of which were measured to calculate functional vision. Comparison of socio-demographic variables, visual quality of life, depression and functional vision were performed using Fisher's exact test with the mid-p method and the MannWhitney-Wilcoxon test. The results of NEI VFQ-25, MINI Plus, BDI and HAM-D were correlated by the Spearman coefficient. The multivariate analysis was performed using the regression tree technique with ANOVA method. RESULTS: A significant difference was observed in all ten subscales and in the final compound (p <0.001), except for the subscale "general health", in the comparison of the means of the NEI VFQ-25 questionnaire between the controls and the DSTG group. There was no significant difference between the two groups regarding the socio-demographic variables. There was also no statistically significant difference in the number of participants with past or present depressive episode evaluated by the MINI Plus 5.0 or the mean scores on the BDI and HAM-D scales between the patients and the controls. However, a correlation analysis showed that the variable that presented the highest correlation with the final score of the NEI VFQ-25 was the depressive symptomatology evaluated by the BDI (rho = -0.49). Others were the family income (rho = 0.37) and functional vision (rho = 0.41). CONCLUSION: DSTG participants presented worse results in functional vision tests and visual quality of life evaluation in relation to controls. Although these patients did not have a higher frequency of depressive episodes when compared to the controls, the depressive symptomatology was highly correlated with loss of quality of life in the patients.
Assunto: Depressão
Qualidade de Vida
Medicina
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B44J5Z
Data do documento: 28-Fev-2018
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