Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4YJ2Z
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Polifarmácia e interações medicamentosas potenciais no Diabetes Mellitus: linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Autor(es): Danila Felix Coutinho
primer Tutor: Maria de Fatima Haueisen S Diniz
primer Co-tutor: Roberta Carvalho de Figueiredo
primer miembro del tribunal : Cristiane Aparecida Menezes de Padua
Segundo miembro del tribunal: Luana Giatti Goncalves
Resumen: Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença muito prevalente no mundo. O seu tratamento é complexo e, frequentemente, se associa à utilização de múltiplos medicamentos devido às comorbidades associadas, e, consequentemente, o risco de interações medicamentosas (IM) cresce. Objetivo: Estimar a prevalência de polifarmácia e avaliar as interações medicamentosas potenciais entre participantes com diagnóstico de DM. Métodos: Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados da linha de base do ELSA-Brasil realizada entre agosto de 2008 e dezembro de 2010. A população estudada compreendeu participantes com diagnóstico de diabetes (n=1.473), sendo excluídos cinco participantes para os quais não havia dados sobre uso de anti-hipertensivos (n total =1.468). Polifarmácia foi definida como uso de cinco ou mais medicamentos e todos os medicamentos foram codificados segundo a classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Foram traçados os perfis de acordo com as características demográficas e socioeconômicas, hábitos de vida (tabagismo, uso de álcool e atividade física). As interações medicamentosas foram avaliadas segundo a sua gravidade, conforme a drugs.com em: leve, moderada ou grave. Foram descritas médias (desvio padrão), medianas (intervalos interquartis) ou proporções das características da população estudada e os testes do qui-quadrado e Exato de Fisher foram utilizados para avaliar se a polifarmácia diferia entre as categorias. Valor p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. As análises foram realizadas no software estatístico Stata versão 14.0. O estudo ELSA-Brasil foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa dos seis centros participantes. Resultados: Do total dos participantes do ELSABrasil (n=15.105), estudamos que 1.468 (9,7%) possuíam diagnóstico de DM e 601 estavam em polifarmácia. Entre aqueles que estavam em polifarmácia, à maioria era mulheres (54,6%), entre 55-64 anos (41,3%), com nível superior completo (42,6%) e cor da pele autorreferida predominantemente branca (45,9%) e o número médio de medicamentos consumidos foi de seis. A prevalência de hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade, doença cardiovascular e depressão, entre os que estavam em polifarmácia, foram de respectivamente, 90,4%, 75,9%, 44,8%, 11,8%, e 6,8%. Em relação aos grupos farmacológicos apresentados, os mais frequentes foram os medicamentos que atuam no sistema cardiovascular (95,8%) e em seguida, os que atuam no aparelho digestivo e metabolismo (94,5%). Entre os fármacos específicos para o tratamento do DM, observou-se que a biguanida é a classe de antidiabéticos mais utilizada (80,2%), seguida pelas sulfoniluréias (38,8%) e insulina (10%). Entre os participantes com DM e polifarmácia, o percentual de interações potenciais leves, moderadas e graves foi de, respectivamente, 6,0%, 32,4% e 2,0%. Entre as IM graves, as mais frequentes foram à associação de insulina + metformina (23,1%) e insulina + inibidores da enzima conversora de angiotensina (17,6%). Conclusões: Este estudo, realizado com participantes com diagnóstico diabetes na linha de base de grande coorte brasileira, mostrou elevada prevalência de polifarmácia, bem como interações medicamentosas potenciais, em especial aquelas classificadas como moderadas. A polifarmácia pode, em parte, ser justificada pela alta frequência de comorbidades associadas ao diabetes.
Abstract: Introduction: Diabetes Mellitus (DM) is a very prevalent disease in the world. Its treatment is complex and is often associated with the use of multiple medications due to associated comorbidities, and consequently the risk of drug interactions (MI) increases. Objective: To estimate the prevalence of polypharmacy and to evaluate potential drug interactions among participants with diagnosis of DM. Methods: This was a cross-sectional study using ELSABrazil baseline data from August 2008 to December 2010. The population studied comprised participants with diagnosis of diabetes (n = 1,473), and five participants were excluded from the study, because there were no data about antihypertensive use (n = 1,468 total). Polypharmacy was defined as use of five or more drugs and all drugs were coded according to the Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) classification. The profiles were drawn according to the demographic and socioeconomic characteristics, life habits (smoking, alcohol use and physical activity). The drug interactions were evaluated according to their severity, according to drugs.com: mild, moderate or severe. Mean (standard deviation), median (interquartile ranges) or proportions of the characteristics of the population studied were described, and the chi-square and Fisher's Exact tests were used to assess whether polypharmacy differed between categories. P value <0.05 was considered statistically significant. The analyzes were performed in Stata software version 14.0. The ELSA-Brasil study was approved by the Research Ethics Committees of the six participating centers. Results: Of the total ELSA-Brasil participants (n = 15,105), we studied 1,468 (9.7%) who had a diagnosis of DM and 601 were in polypharmacy. Among those who were polypharmacy, the majority were women (54.6%), 55-64 years old (41.3%), with a complete upper level (42.6%) and predominantly white self-reported skin color (45, 9%) and the average number of drugs consumed was six. The prevalence of hypertension, dyslipidemia, obesity, cardiovascular disease and depression among those who were in polypharmacy were 90.4%, 75.9%, 44.8%, 11.8% and 6.8, respectively . In relation to the pharmacological groups presented, the most frequent were the medications that act in the cardiovascular system (95.8%) and then those that work in the digestive system and metabolism (94.5%). Among the specific drugs for DM treatment, it was observed that biguanide is the most used class of antidiabetics (80.2%), followed by sulfonylureas (38.8%) and insulin (10%). Among participants with DM and polypharmacy, the percentage of mild, moderate and severe potential interactions was, respectively, 6.0%, 32.4% and 2.0%. Among severe MI, the most frequent were the association of insulin + metformin (23.1%) and insulin + angiotensin converting enzyme inhibitors (17.6%). Conclusions: This study, conducted with participants with a previous diagnosis of DM in the baseline of a large Brazilian cohort, showed a high prevalence of polypharmacy, as well as potential drug interactions, especially those classified as moderate. Polypharmacy may, in part, be justified by the high frequency of comorbidities associated with DM.
Asunto: Polimedicação
Diabetes mellitus
Interações medicamentosas
Prevalência
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B4YJ2Z
Fecha del documento: 22-mar-2018
Aparece en las colecciones:Dissertações de Mestrado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
coutinho_df_2018.pdf1.24 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los elementos en el repositorio están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, salvo cuando es indicado lo contrario.