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Type: Tese de Doutorado
Title: Estado nutricional de iodo materno durante gestação e lactação e sua relação com deficiência de iodo em recém-nascidos e lactentes no município de Diamantina MG
Authors: Mariana de Souza Macedo
First Advisor: Sylvia do Carmo Castro Franceschinni
First Co-advisor: Joel Alves Lamounier
First Referee: Vera Maria Alves Dias
Second Referee: Elido Bonomo
Third Referee: Roberto Zonato Esteves
metadata.dc.contributor.referee4: Silvia Eloiza Priore
Abstract: Introdução: A deficiência de iodo configura ainda um importante problema de saúde pública constituindo a principal causa evitável de retardo mental entre crianças em todo mundo. Objetivo: Estudar os fatores associados ao estado nutricional de iodo materno na gestação e lactação, bem como a relação da deficiência materna de iodo com a prevalência dessa deficiência entre neonatos e lactentes em Diamantina MG. Metodologia: Trata-se de um estudo de seguimento prospectivo de base populacional realizado a partir da avaliação de gestantes e seus recém-nascidos em dois momentos distintos: gestação e lactação. Durante a gestação foram analisados entre as mães: excreção de iodúria e função tireóidea materna por meio da dosagem de TSH sérico e T4 livre. No período pós-natal foram analisados: excreção de iodo urinário das mães, teor de iodo no leite materno, níveis de TSH neonatal e iodúria dos lactentes. O iodo urinário foi analisado por espectrofotometria sendo consideradas deficientes as gestantes com iodúria < 150,0 µg/L bem como nutrizes e lactentes com iodúria < 100,0 µg/L. O TSH neonatal foi avaliado na rotina operacional do Programa estadual de Triagem Neonatal para Hipotireoidismo Congênito sendo considerados deficientes os neonatos cujo valor de TSH foi superior a 5 mlU/L. Resultado: A prevalência da excreção deficiente de iodúria encontrada entre as gestantes e nutrizes mostrou-se bastante expressiva (73,8 e 71,8%), enquanto as medianas de 94,6 µg/L (IIQ: 63,9 151,4 µg/L) e 60,1 µg/L (IIQ: 31,3 108,7 µg/L), respectivamente, revelaram situação de deficiência moderada em ambos os grupos. Os fatores de risco que se mostraram associados à maior prevalência da deficiência iódica nas gestantes avaliadas foram: não ter trabalho remunerado e fazer uso do tempero caseiro no preparo dos alimentos. O uso do tempero industrializado, seja este em adição ou substituição ao sal de cozinha, apresentou efeito protetivo para a excreção deficiente de iodo urinário. Não foi observada relação significante entre níveis circulantes de TSH ou T4 livre maternos e concentração de iodo na urina. Entre as nutrizes, a concentração de iodo urinário no período gestacional exerceu efeito protetivo para a excreção deficiente de iodúria entre as nutrizes, sendo este mediado pela forma de consumo do sal iodado. A mediana de iodo no leite observada foi 176,95 µg/L (IIQ: 65,8 294,3 µg/L) e sua distribuição se apresentou correlacionada à fatores sociais (escolaridade materna e cor da pele auto referida) e biológicos (idade materna e concentração de iodúria na lactação). A proporção de TSH neonatal elevado observada foi de 0,5%, caracterizando quadro de suficiência iódica entre os recém-nascidos avaliados. A excreção mediana de iodo urinário entre os lactentes foi de 172,9 µg/L (91,5 a 278,2 µg/L) evidenciando também situação de adequada nutrição de iodo. A iodúria materna durante a lactação (p < 0,001) e o teor de iodo no leite materno (p = 0,001) foram positiva e significantemente associadas à excreção de iodo urinário entre os lactentes avaliados à análise multivariada, mesmo após ajuste para idade, sexo e peso ao nascer. Conclusão: Embora a deficiência de iodo configure ainda um problema de saúde pública entre gestantes e nutrizes, os dois indicadores investigados entre neonatos e lactentes evidenciaram uma situação de adequada nutrição de iodo. A deficiência de iodo materna em ambos os estágios se mostrou associada a condicionantes sociais, biológicos e formas de consumo de sal iodado. A excreção de iodúria entre os lactentes sofre influência de condicionantes do estado nutricional de iodo materno como iodúria materna durante a lactação e teor de iodo no leite das mães.
Abstract: Introduction: Iodine deficiency still represents an important problem of public health service, being one of main avoidable causes of mental retardation among children around the world. Objective: The objective was to study factors that are associated to the nutritional status of maternal iodine during gestation and lactation, as well as the relation between maternal iodine deficiency and this deficiency prevalence on newborns and infants in Diamantina MG. Methodology: : It was a prospective study of populations basis that was accomplished from the evaluation of pregnants and their babies during two moments: gestation and lactation During gestation, ioduria excretion of mothers and maternal thyroid function were analyzed by serum TSH rating and free T4. Post-partum, the analysis were on ioduria excretion of mothers, iodine on mothers milk, levels of new-born TSH and ioduria of infants. Ioduria was evaluated by spectrophotometric method being considered deficient the pregnants with ioduria < 150.0 µg/L, lactanting women and infants with ioduria < 100.0 µg/L. The new-born TSH was evaluated during the routine of the neonatal program for congenital hypothyroidism being considered deficient the newborns with TSH superior to 5mlU/L. Results: Prevalence of iodine deficient excretion found among pregnants and lactanting women was meaningful (73.8% and 71.8%), while the median of 94.6 µg/L (IIQ: 63.9 151.4 µg/L) and 60.1 µg/L (IIQ: 31.3 108.7 µg/L, respectively, showed a moderate deficiency for both groups. Risk factors associated to higher prevalence of iodine deficiency on the evaluated pregnants were: not working with a salary and use home-made seasoning. Using seasonings from industries, adding or substituting salt in the kitchen, came as a protection to deficient excretion of urinary iodine. It was not observed a significant relation between levels of TSH or free maternal T4 and iodine concentration on urine. Concentration of urinary iodine during gestational period performed as protection to ioduria deficient excretion among nursing-mothers, being that on how iodide salt was consumed. The iodine median observed in the milk was 176.95 µg/L (IIQ: 65.8 294.3 µg/L) and its distribution was related to social factors (mothers schooling and skin color) and biological factors (mothers ages and ioduria concentration on lactating). Proportion of new-born TSH was 0.5%, characterizing iodine sufficiency among newborns evaluated. Median of urinary iodine among infants were 172.9 µg/L (91.5 to 278.2 µg/L) showing also an adequate situation of iodine nutrition. Maternal ioduria during lactation (p < 0.001) and iodine content on mothers milk (p = 0.001) were positive and significantly associated to urinary iodine excretion among infants, even after adjustment of age, gender and weight at being born time. Conclusion: Although iodine deficiency still designs a problem of public health among pregnants and lactanting women, both investigated indicators, newborns and infants, showed an adequate situation of iodine nutrition. Maternal iodine deficiency in both stages seemed to be associated to social and biological factors and to how iodide salt is consumed. Ioduria excretation among infants is influenced by nutritional status of maternal iodine as mothers ioduria during lactation and content of iodine on mothers milk.
Subject: Estado nutricional
Deficiência de iodo
Lactente
Gestantes
Cuidado pré-natal
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B56G47
Issue Date: 3-Mar-2017
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