Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B7KK6P
Type: Tese de Doutorado
Title: Territórios de escuta e imagens em movimento: um (discreto) deslocamento epistemológico
Authors: Frederico Augusto Vianna de Assis Pessoa
First Advisor: Jalver Machado Bethonico
First Referee: Graziela Correa de Andrade
Second Referee: Nisio Antonio Teixeira Ferreira
Third Referee: Leonardo Alvares Vidigal
metadata.dc.contributor.referee4: Renata Moreira Marquez
Abstract: Nesta pesquisa, investigamos aquilo que denominamos Territórios de Escuta - espaços de escuta que aglutinam diferentes experiências, história pessoal/cultural e sensorialidade em torno do som. Parte-se da hipótese de que a escuta tem uma história cultural e pessoal (antropológica e subjetiva) e que ela constitui tais territórios. A escuta reflete não apenas um ponto localizável de recepção sensorial, mas um ponto de confluência que perpassa nossas experiências do mundo, as interpretações diversas que damos ao que escutamos, assim como os dispositivos que modulam nossas percepções nossa localização geográficocultural, nossa história social e pessoal, nossa relação com a tecnologia, bem como os diversos sistemas de pensamento que construímos a partir da escuta. Desta forma, discutimos a escuta como campo de conhecimento do mundo, ultrapassando seu lugar sensorial e abarcando o campo simbólico que ela constitui em nossas experiências. A partir desta discussão, abordamos os Territórios de Escuta no cinema, analisando como estes territórios se constituem neste campo artístico. Um filme propõe um modo de se pensar,organizar, compor, articular e valorar os sons mas este só se delineia de forma efetiva na interação entre o filme e o ouvinte/espectador. Os Territórios de Escuta no cinema envolvem todo o pensamento e a experiência com os sons que os antecedem, tanto cotidianas, quanto com outras obras artísticas. Neste sentido, nos interessa compreendercomo o cinema articula, cria e apresenta esses espaços sonoros, mas, também, como se dá a interação subjetiva do espectador com esse universo de sentidos. Se por um lado, as indústrias cinematográficas, a partir de fórmulas e da delimitação de funções mais rígidas para os sons, acabam por balizar a emergência destes territórios tendendo a padronizar tanto as construções poéticas quanto a recepção dos espectadores, por outro, observamos formas de experimentação sonora que propõe Territórios de Escuta de resistência, distantes dos padrões estabelecidos pelas indústrias. Nossa hipótese é que estes Territórios de Escuta cinematográficos de resistência se constituem a partir de uma influência das pesquisas sonoro-musicais de ruptura que ocorreram ao longo do século XX, as quais alteraram tanto nossa percepção sonora cotidiana do mundo e, por conseguinte, nossa compreensão deste mundo, quanto permitiram uma abertura ampla para a experimentação nas artes que utilizam o som como elemento compositivo
Abstract: In this research, we investigate what we call Listening Territories - listening spaces that bring together different experiences, personal/cultural history and sensibility connected to sound.Listening reflects not only a locatable point of sensory reception, but a confluence that combine our experiences of the world, the diverse interpretations we give to what we hear, as well as the devices that modulate our perceptions - our geographic-cultural location, ourhistory social and personal, our relationship with technology, as well as the different systems of thought that we build from listening. We discuss listening as form of knowledge about the world, surpassing its sensorial aspect and embracing the symbolic field that it constitutes in our experiences. Then, we approach the Listening Territories in the cinema, analyzing how these territories are central in the constitution of the cinematographic experience. A film proposes a way of thinking, organizing, composing, articulating and valuing sounds - but, ourhypothesis, is that a film can only accomplish it in the interaction with the listener/viewer. Listening territories in cinema involve all thinking and experience with sounds that precedes them: daily experiences with sound as well as experiences with sound through other artisticworks. In this sense, we are interested in understanding how cinema articulates, creates and presents those sound spaces, but also how the subjective interaction of the spectator with this universe of meanings occurs. Our hypothesis is that listening has a cultural and personalhistory (anthropological and subjective) and that it constitutes such territories. If, on one hand, we find rigid functions for the sounds within the cinematic industry that end up limiting the emergence of these territories, leading to a standardization of both - the poetic constructions and the reception of the spectators. On the other, we observe forms of soundexperimentation that proposes listening territories of resistance, far from the standards established by the industries. Our hypotheses is that these territories of resistance are influenced by the sound-musical researches of rupture that occurred during the XX century, which altered our daily sound perception of the world and, as a consequence, altered ourunderstanding of this world, and allowed a wide opening for the experimentation in the arts that use sound as a compositional element.
Subject: Som Teoria
Música de cinema
Cinema sonoro
Estetica
Cinema
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B7KK6P
Issue Date: 31-Oct-2017
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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