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Tipo: Tese de Doutorado
Título: Elevação da pressão arterial pulmonar ao esforço físico como marcador de eventos adversos na estenose mitral reumática
Autor(es): Sanny Cristina de Castro Faria
Primeiro Orientador: Maria do Carmo Pereira Nunes
Primeiro Coorientador: Henrique Silveira Costa
Primeiro membro da banca : Henrique Silveira Costa
Segundo membro da banca: Bruno Ramos Nascimento
Terceiro membro da banca: Marcio Vinicius Lins de Barros
Quarto membro da banca: William Antonio de Magalhães Esteves
Quinto membro da banca: Pedro Henrique Scheidt Figueiredo
Resumo: Introdução: A hipertensão pulmonar (HP) durante o exercício físico é um marcador de gravidade hemodinâmica da estenose mitral (EM). Entretanto, os fatores relacionados à elevação da pressão pulmonar durante o esforço ainda não estão bem estabelecidos. Este estudo prospectivo teve como objetivo avaliar os parâmetros associados com a pressão pulmonar no pico do exercício em pacientes com EM reumática. Além disso, determinou-se o valor da pressão arterial pulmonar no esforço na predição de desfechos clínicos. Métodos: Cento e trinta pacientes com EM, 94% do sexo feminino, com idade de 45 ± 11 anos foram submetidos ao ecocardiograma de esforço físico. Vários parâmetros ecocardiográficos foram obtidos em repouso e no pico do esforço. O exercício físico foi realizado utilizando-se uma ciclo-maca (bicicleta adaptada à maca), na posição supina, com protocolo de rampa e limitado por sintomas. Os pacientes foram acompanhados para identificar a ocorrência de eventos adversos, definidos como desfecho combinado de morte ou necessidade de intervenção valvar, incluindo troca valvar cirúrgica ou valvoplastia mitral percutânea. Resultados: Em geral, a pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP) aumentou de 38,3 ± 13,4 mmHg em repouso para 65,8 ± 20,7 mmHg no pico do exercício. O gradiente transmitral médio no pico do exercício, a função do ventrículo direito (VD), avaliada através da fração de mudança de área, o volume do átrio esquerdo (AE) e a complacência átrio-ventricular (Cn) foram determinantes independentes da PSAP no pico de esforço, ajustando-se para frequência cardíaca atingida. Durante o seguimento, mediana de 17 meses (variou de 1 a 45 meses), 46 pacientes apresentaram eventos adversos. Após análise multivariada pelo modelo de Cox, ajustada por sexo e idade, a PSAP no pico de esforço foi preditor independente de eventos adversos (HR 1,025; intervalo de confiança de 95% [IC] 1,010-1,040; p =0,001). Maior classe funcional da New York Heart Association (NYHA) (HR 2,459; 95% CI 1,5094,006; p <0,001) e interação entre área valvar mitral (AVM) e Cn (p =0,001), também foram associados a eventos clínicos adversos. Conclusão: Em pacientes com EM, a resposta da PSAP ao esforço é determinada por uma combinação de fatores, incluindo gradiente médio mitral no pico do exercício, Cn, volume do AE e função do VD. A PSAP no pico do esforço é forte preditor de eventos clínicos adversos, e adiciona valor prognóstico além do fornecido pelos parâmetros ecocardiográficos obtidos no repouso, incluindo a área valvar.
Abstract: Aims: Pulmonary hypertension in response to exercise is a marker of hemodynamic severity of the mitral stenosis (MS). However, the factors related to elevated pulmonary pressure with exercise are not well defined. The aim of this study was to assess the parameters associated with a pulmonary pressure response to exercise in patients with pure rheumatic MS. In addition, we aimed to determine the impact of exercise-induced pulmonary hypertension on clinical outcome. Methods and results: One hundred and thirty patients with MS, 94% females, aged 45 ± 11 years underwent exercise echocardiography. A range of echocardiographic parameters were obtained at rest and at peak exercise. A symptom-limited graded ramp bicycle was performed in the supine position. Long-term outcome was a composite endpoint of death or mitral valve intervention either percutaneous or surgical. In the overall population, systolic pulmonary artery pressure (SPAP) increased from 38.3 ± 13.4 mmHg at rest to 65.8 ± 20.7 mmHg during exercise. Increase in mean mitral gradient, right ventricular (RV) function, left atrial (LA) volume, and net atrioventricular compliance (Cn) were independently associated with SPAP at peak exercise, after adjusting for changes in heart rate. During the follow-up period (median of 17 months, range, 1 to 45), 46 adverse clinical events were observed. By multivariable Cox proportional-hazards analysis adjusted for age and gender, SPAP achieved at peak exercise was an important predictor of adverse outcome (adjusted hazard ratio [HR] 1.025; 95% confidence interval [CI] 1.0101.040; p =0.001). NYHA functional class (adjusted HR 2. 459; 95% CI 1.5094.006; p <0.001), and an interaction between valve area and Cn (p =0.001) were also significant predictors of adverse events. Conclusions: In MS patients, the pulmonary artery pressure response to exercise is determined by a combination of factors, including transmitral mean gradient at exercise, Cn, LA volume, and RV function. Pulmonary artery pressure at peak exercise is a strong predictor of clinical outcome, and adds incremental prognostic value beyond that provided by standard resting measurements, including valve area.
Assunto: Prognóstico
Hipertensão Pulmonar
Ecocardiografia sob Estresse
Estenose da Valva Mitral
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B95EKU
Data do documento: 29-Nov-2018
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