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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Paresia adquirida na terapia intensiva: uso da dinamometria de preensão palmar para avaliação diagnóstica e prognóstica
Authors: Renan Detoffol Braganca
First Advisor: Vandack Alencar Nobre Junior
First Referee: Marcus Vinicius Melo de Andrade
Second Referee: Carolina Coimbra Marinho
Abstract: Introdução: A paresia adquirida na terapia intensiva (PATI) é uma condição clínica grave e prevalente que acomete indivíduos que sobreviveram a uma doença crítica. A avaliação da força pela escala do Medical Research Council (MRC) é o método recomendado atualmente para o diagnóstico da PATI. A dinamometria de preensão palmar tem sido proposta como uma ferramenta diagnóstica simples e rápida para a PATI. Os objetivos desse estudo foram avaliar a concordância diagnóstica da dinamometria de preensão palmar com a escala MRC para o diagnóstico de PATI e avaliar se os achados da dinamometria estão associados à maior morbidade e mortalidade. Métodos: Realizou-se um estudo prospectivo, unicêntrico em uma unidade de terapia intensiva clínica e pós-operatória no Brasil. Pacientes com pelo menos cinco dias de internação no CTI, sem evidência de doença neuromuscular prévia, foram acompanhados até que estivessem alertas e atendendo comandos e, então foram submetidos à avaliação da força. Avaliou-se a concordância do diagnóstico de PATI pela escala MRC e pela dinamometria utilizando-se o coeficiente de Kappa. Como desfecho primário, avaliou-se a associação de PATI com a mortalidade na terapia intensiva, no hospital, em seis meses e um ano. Os desfechos secundários avaliados como potencialmente associados à PATI foram dias de ventilação mecânica, dias de CTI e de internação hospitalar (na internação atual e em seis meses). Resultados: Foram incluídos 45 pacientes consecutivos. A média de idade foi de 55,3 (±16,3) e 40% eram do sexo masculino. O valor mediano de SAPS 3 foi 65 [50-79]. A frequência de PATI (Escore MRC < 48) foi de 40%. Os valores de dinamometria de preensão palmar medidos foram menores em indivíduos diagnosticados com PATI. Quando utilizados os valores de corte pré-definidos por sexo (< 11 kg-força para homens e < 7 kg-força para mulheres), a dinamometria de preensão palmar teve concordância perfeita com a escala MRC para o diagnóstico de PATI (Kappa =1; p <0,001). Não houve associação da PATI com mortalidade no CTI, no hospital, em seis meses ou um ano. O diagnóstico de PATI foi associado a maior número de dias na ventilação mecânica (P < 0,001) e tempo de internação no CTI (P < 0,001). O número de dias de internação no CTI e no hospital mostrou-se mais longo no subgrupo com PATI também no seguimento de seis meses. Conclusão: A dinamometria de preensão palmar foi equivalente à avaliação da força pela escala MRC para o diagnóstico da PATI. Considerando sua acurácia e simplicidade, esse método diagnóstico poderia ser utilizado como um substituto da avaliação de força pela escala MRC para o diagnóstico de PATI. A PATI associa-se à maior morbidade em longo prazo. São necessários mais estudos para melhor compreensão e maior reconhecimento da PATI.
Abstract: Background: Intensive care unit acquired weakness (ICUAW) is an important and prevalent problem for individuals that survive the initial insult of a critical illness. Strength assessment using the six-point Medical Research Council (MRC) score is currently the recommended method for diagnosing ICUAW. Handgrip strength dynamometry has been proposed as a simple and easy diagnostic method for ICUAW. We performed this study to test the agreement between handgrip dynamometry and MRC criteria for the diagnosis of ICUAW and to evaluate if dynamometry findings are associated with morbidity and mortality in critically ill patients hospitalized in a Brazilian ICU. Methods: A prospective single center cohort study was conducted in a mixed medical and surgical ICU in Brazil. Adults requiring at least 5 days of critical care without evidence of preexisting neuromuscular disease were followed until responding commands and then examined for strength. The agreement between ICUAW diagnosis as assessed by the MRC score and the handgrip strength dynamometry was evaluated using the Kappa coefficient. The primary outcomes were in-ICU, inhospital, 6-month and one-year mortality. Secondary outcomes were days of mechanical ventilation, length of ICU and hospital stay (in the present hospitalization and during the 6-month follow-up) and ICU readmission in six months. Main Results: We included 45 consecutive subjects. The mean age of included subjects was 55.3 (±16.3) and 40% were males. The median SAPS 3 score was 65 (50-79).The incidence of ICUAW (MRC score < 48) was 40%. Handgrip strength was lower in subjects with ICUAW. Using sex specific thresholds (males, <11 kg-force; females, < 7 kg-force), handgrip strength had perfect agreement with MRC criteria for ICUAW diagnosis (Kappa = 1; p<0,001). There was no association between ICUAW and in-hospital, in-ICU, 6-month or one-year mortality. ICUAW was associated with more days of mechanical ventilation (P < 0.001) and longer length of ICU stay (P <0.001). This difference persisted in the following six months, period in which the number of in-hospital days was also higher among the group with ICUAW. Conclusion: Handgrip strength dynamometry had perfect performance when compared to MRC criteria for the diagnosis of ICUAW. Considering the accuracy and simplicity of this method, it may be used as a surrogate for MRC strength examination. ICUAW is associated with long term morbidity. More studies are needed to further increase ICUAW comprehension and recognition.
Subject: Debilidade muscular
Força da mão
Paresia
Cuidados críticos
Sistema nervoso Doenças
Unidades de terapia intensiva
Dinamômetro de força muscular
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B95HGN
Issue Date: 14-Aug-2018
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