Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BB3N4T
Type: Dissertação de Mestrado
Title: Análise das alterações citogenéticas e sua associação com características clínicas e evolução das crianças e adolescentes com leucemia mieloide aguda
Authors: Amanda de Lourdes Nunes
First Advisor: Benigna Maria de Oliveira
First Referee: Sandra Guerra Xavier
Second Referee: Karla Emilia de Sa Rodrigues
Abstract: A LMA é rara em crianças, sendo responsável por aproximadamente 15-20% dos casos de leucemia na infância. Os rearranjos cromossômicos podem ser observados em mais de 70% dos casos, sendo reconhecidos como um importante fator prognóstico. Até o momento, existem poucos dados sobre a doença e a sobrevida das crianças por ela acometidas no Brasil. Objetivo: Avaliar a associação das alterações citogenéticas com as características clínicas e evolução das crianças e adolescentes com leucemia mieloide aguda (LMA). Pacientes e métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo. A população estudada consistiu de 98 pacientes com idade até 16 anos, com diagnóstico de LMA, atendidas no Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas - UFMG, no período de 2004 a 2015. Resultados: No presente estudo 51% dos casos correspondiam a pacientes do sexo feminino. A mediana de idade ao diagnóstico foi de 7,64 anos e a mediana da contagem global de leucócitos ao diagnóstico foi de 10.780/mm3. Em relação à classificação FAB houve predomínio dos subtipos M3 (33 pacientes - 34% dos casos) e M2 (21 pacientes - 21% dos casos). Entre os 80 pacientes para os quais foi possível a análise do cariótipo, 63 (78,6%) apresentavam alguma alteração cromossômica, sendo a mais frequente a t(15;17)(q22;q21). Em relação à classificação da OMS-2008, de 86 pacientes, 45 (52%) foram classificados no grupo com anomalias genéticas recorrentes, 16 (18,6%) no grupo com alterações citogenéticas relacionadas com mielodisplasia, 19 (22%) no grupo LMA sem outra especificação (SOE) e seis pacientes (7%) apresentaram leucemia relacionada à síndrome de Down. A probabilidade estimada de sobrevida global (SGLO) aos cinco anos para todo o grupo foi de 49,7% (± 5,2%). A probabilidade estimada de SGLO aos 5 anos para os pacientes com cariótipo normal foi de 56,6% (±12,7%), de 81,0% (±8,6%) para aqueles com t(15;17), de 71,4% (±17,1%) para os pacientes com t(8;21), de 20,5% (±12%) para pacientes com alterações citogenéticas relacionadas com mielodisplasia e de 46,9% (±13,4%) para o grupo com outras anormalidades (p=0,028). Em relação à classificação da OMS 2008, na análise uni e multivariada, os pacientes com alterações citogenéticas relacionadas com mielodisplasia e aqueles com LMA sem outra especificação (SOE) apresentaram prognóstico desfavorável quando comparados aos pacientes do grupo LMA com anormalidades genéticas recorrentes e LMA relacionada à síndrome de Down. Na análise multivariada foram incluídas as variáveis classificação OMS-2008 e contagem de leucócitos ao diagnóstico <100.000 ou 100.000 leucócitos/mm3. Os pacientes com LMA com alterações citogenéticas relacionadas com mielodisplasia apresentaram chance de óbito 2,97 vezes maior do que os pacientes com anormalidades genéticas recorrentes, considerada a categoria de base. Os pacientes da categoria sem outra especificação (SOE), em relação à categoria de base, apresentaram 2,22 vezes mais chance de óbito. Os pacientes com LMA associada à síndrome de Down apresentaram chance de óbito 0,58 vezes maior do que a categoria de base, porém sem significância estatística (p=0,601). O efeito da leucometria (superior ou inferior a 100.000/mm3) não é independente (p = 0,078) da classificação OMS-2008, embora haja tendência para tal. Conclusão: Apesar das limitações de um estudo retrospectivo e da casuística relativamente pequena, os resultados corroboram a importância das alterações citogenéticas como fator prognóstico para pacientes pediátricos com LMA
Abstract: AML is rare in children, accounting for approximately 15-20% of cases of childhood leukemia. Chromosomal rearrangements can be observed in more than 70% of the cases, being recognized as an important prognostic factor. To date, there is little data on the disease and the survival of the children it affects in Brazil. Objective: To evaluate the association of cytogenetic changes with the clinical characteristics and evolution of children and adolescents with acute myeloid leukemia (AML). Patients and methods: A retrospective cohort study was performed. The study population consisted of 98 patients up to the age of 16 years, with diagnosis of AML, attended at the Hematology Service of Hospital of the Clinics - UFMG, from 2004 to 2015. Results: In the present study, 51% of the cases corresponded to female patients. The median age at diagnosis was 7,64 years and the median global leukocyte count at diagnosis was 10.780 / mm3. Regarding FAB classification, M3 subtypes (33 patients - 34% of cases) and M2 (21 patients - 21% of cases) predominated. Among the 80 patients for whom it was possible to analyze the karyotype, 63 (78,6%) had some chromosomal alteration, the most frequent being t (15; 17) (q22; q21). In relation to the classification of WHO-2008, of 86 patients, 45 (52%) were classified in the group with recurrent genetic abnormalities, 16 (18,6%) in the group with cytogenetic changes related to myelodysplasia, 19 (22%) in the group "AML without further specification" (SOE) and six patients (7%) had Down syndrome-related leukemia. The estimated overall survival (OS) at five years for the whole group was 49,7% (± 5.2%). The estimated probability of OS at 5 years for patients with normal karyotype was 56,6% (± 12,7%), from 81,0% (± 8,6%) for those with t (15; 17), of 71,4% (± 17,1%) for patients with t (8; 21), of 20,5% (± 12%) for patients with cytogenetic changes related to myelodysplasia and of 46,9% (± 13,4%) for the group with other abnormalities (p = 0,028). Regarding the classification of WHO 2008, in the univariate and multivariate analysis, patients with cytogenetic alterations related to myelodysplasia and those with non-specific AML presented an unfavorable prognosis when compared to patients in the "AML with recurrent genetic abnormalities" and "Down syndrome AML". In the multivariate analysis, the variables "WHO-2008 classification" and "leukocyte count at diagnosis <100.000 or 100.000 leukocytes / mm3" were included. Patients with AML with "cytogenetic changes related to myelodysplasia" presented a 2,97 times greater chance of death than patients with recurrent genetic abnormalities, considered the base category. Patients of the category without other specification (SOE), compared to the base category, presented 2,22 times more chance of death. Patients with AML associated with Down syndrome presented a death rate 0,58 times greater than the baseline category, but without statistical significance (p = 0,601).The effect of leucometry (above or below 100.000 / mm3) is not independent (p = 0,078) from the WHO-2008 classification, although there is a tendency to do so Conclusion: Despite the limitations of a relatively small retrospective study, the results corroborate the importance of cytogenetic changes as a prognostic factor for pediatric patients with AML
Subject: Citogenética
Prognóstico
Estudos de coortes
Medicina
Leucemia mielóide aguda
Adolescente
Criança
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BB3N4T
Issue Date: 30-Jun-2016
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
ppgci_nciasdasa_desa_decrian_aadolescente_amandalourdesnunes_dissertacaomestrado_.pdf2.43 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.