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Type: Tese de Doutorado
Title: Relações entre envelhecimento saudável proteção e esquitossomose crônica em humanos
Authors: Fabiano Comin
First Advisor: Ana Maria Caetano de Faria
First Co-advisor: Nelson Monteiro Vaz
First Referee: Iramaya Rodrigues Caldas
Second Referee: Moises Evandro Bauer
Third Referee: Aristobolo Mendes da Silva
metadata.dc.contributor.referee4: Sergio Costa Oliveira
Abstract: Introdução: Envelhecimento humano está associado com alterações drástica no sistema imune, a maioria relacionada às células T, que resultam no declíneo progressivo de suas funções. Desde que envelhecimento está associado a deficiências na atividade das células T, não é surpresa o fato de indivíduos idosos estarem mais susceptíveis a infecções. Não existem estudos sistemáticos sobre a resposta imune de indivíduos idosos residentes em áreas endêmicas para S. mansoni. Em um estudo prévio em duas áreas endêmicas de Minas Gerais, Brasil, nosso grupo observou um número considerável de indivíduos com idade acima de 60 anos vivendo nessas áreas, que não pode mais ser ignorado. No entanto, nem todos esses idosos tem alta intensidade de infecção e vários deles que sempre viveram nessas áreas endêmicas permanecem protegidos da infecção e apresentam exame de fezes negativo para ovos de S. mansnoni. Uma questão importante para estudos sobre envelhecimento e controle de doenças em países em desenvolvimento é quais diferenças existem no perfil imunológico dos indivíduos que não se infectam, capazes de conferir proteção contra a infecção ou re-infecção. Indivíduos idosos não infectados devem desenvolver mecanismos para compensar a disfunção imune e gerar resposta protetora contra constante ameaça de infecção nessas áreas. Indivíduos e Métodos: No presente estudo foram incluídos 73 indivíduos (38 não infectados e 35 infectados com S. mansoni), divididos em três grupos etários (7-18, 19-59 e 60-94 anos). Avaliamos por ELISA os níveis das citocinas IL-6 e TNF- e do hormônio do envelhecimento DHEA; e por citometria de fluxo a expressão de receptores envolvidos na imunidade inata TLR-1, 2, 3 e 4 em células NK, células dendríticas, monócitos e linfócitos B. Mecanismos reguladores em células T foram avaliados pela expressão de Foxp3 em linfócitos TCD4+CD25+ em cultura (microgranuloma in vitro) e a expressão de LAP em linfócitos CD4+ no sangue periférico. Resultados: Nós mostramos que indivíduos idosos não infectados residentes em área endêmica para S. mansoni apresentam maior freqüência de NKCD56low expressando TLR-1, 2, 3 e 4; maior freqüência de células dendríticas expressando TLR-1 e maior freqüência de monócitos que expressam TLR-1 e 4. Além disso, também podemos observar que indivíduos idosos infectados possuem maior freqüência de células CD4+CD25+Foxp3+ e CD4+LAP+. As dosagens de citocinas não foram diferentes entre os grupos e a dosagem de DHEA foi menor nos indivíduos idosos infectados quando comparados com adultos infectados, indicando que variações nos níveis desse hormônio em nossos indivíduos pode estar mais associado ao sinergismo dos efeitos do envelhecimento e da infecção crônica por S. mansoni. Conclusões: Nós mostramos no presente estudo que dois mecanismos imunológicos contribuem para distinguir indivíduos idosos infectados de idosos saudáveis (não infectados). Primeiro, indivíduos idosos saudáveis desenvolvem mecanismos de imunidade inata que operam na deficiência das células T durante o envelhecimento, conferindo proteção. Segundo, células T reguladoras cronicamente ativadas, capazes de prejudicar a imunidade protetora, estão presentes com maior freqüência em indivíduos idosos infectados. A partir desses resultados, podemos sugerir que a expressão de TLR em células da imunidade inata pode ser relacionada com a condição de negativo para infecção por S. mansoni em alguns indivíduos idosos expostos constantemente à infecção. O desenvolvimento de mecanismos de proteção contra infecção pode representar um biomarcador de envelhecimento saudável nesta população.
Abstract: Introduction: Several aging-related immunological alterations are already described in medical literature, mostly in the T cell compartment. Senescence is reportedly associated with susceptibility to infection and progressive decline in immune function. We have shown previously, in two endemic areas in Minas Gerais, Brazil, that the frequency of individuals over 60 with chronic schistosomiasis is no longer negligible. There has been no systematic study of the immune response of individuals over 60 living in S. mansoni endemic areas. Since aging is associated with a decline in T cell function, it is not surprising that individuals over 60 would be more susceptible to infection. However, not all aged individuals in endemic areas have high intensity of infection, several old individuals who always lived in these endemic areas stay protected from infection. Non-infected, negative individuals may develop compensatory mechanisms to cope with immune dysfunction and to generate protective responses against the constant threat of infection in these areas. An important question for studies of aging and disease control in developing countries is which differences in the immunological profile of these negatively tested (non-infected) individuals can account for their resistance to either infection or re-infection. Subjects and Methods: We studied from 73 individuals (38 health controls and 35 with chronic schistosomiasis) divided into tree age groups (7-18, 19-59 and 60-94 years), were analyzed. Levels of citokines (IL-6 and TNF-) and dehifroepiandrosterone (DHEA) in the plasma were measured. Were analyzed PBMC from two of these 3 groups of individuals (adult and elderly) by flow cytometry for the expression of TLR-1, 2, 3 e 4 in NK cells, NKCD56low, NKCD56high cells, dendritic cells, monocytes and lymphocytes B. Moreover, we have accessed the frequency of regulatory T cells by the expression of latency-associated peptide (LAP) (PE-labeled anti-LAP) in CD4+ T cells (FITC-labeled anti-CD4) and expression of CD25 and FoxP3 in CD4+ T cells. Results: There was no difference in the levels of cytokines among groups. Levels of DHEA were decreased in infected elderly group when compared with infected adult group and infected young group. This can be effects of the synergism among immunesenescence and schistosome chronic infection. We showed, in the present study, that healthy aged individuals (non-infected) develop innate immune mechanisms of protection that replace the age associated decline in T cell function. Non-infected aged individuals from endemic areas of schistosome infection present increase in the frequency of NKCD56low subset of NK cells expressing TLR 1, 2, 3 and 4 as determined by flow cytometry analysis. In addition, the proportion of dendritic cells expressing TLR1 is elevated as well as the frequency of monocytes expressing TLR1 and 4. Moreover, we have observed that infected elderly individuals showed an increase in the frequency CD4+CD25+Foxp3+ and CD4+LAP+ T cells. Conclusions: We showed that two mechanisms contribute to distinguish between infected and non-infected aged individuals. First, healthy aged individuals (non-infected) develop innate immune responses to replace the decline in T cell function that is observed with aging. Second, chronically activated regulatory T cells, that may impair protective immune responses, are more vigorous in infected aged individuals. These results suggest that TLR expression by cells of the innate immune system may be related to the negative status of infection in some aged individuals that are constantly exposed to S. mansoni. Developing mechanisms of protection from infection may represent a biomarker for healthy aging in this population.
Subject: Esquistossomose Aspectos imunológicos
Bioquímica
Resposta imune Regulação
Envelhecimento Aspectos imunológicos
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/CMFC-78RL6H
Issue Date: 4-Apr-2007
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