Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/EBAC-9Q3NZ8
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: O tempo anacrônico nos Atlas de Warburg e Richter
Autor(es): Juliana Andrade de Lacerda
Primeiro Orientador: Daisy Leite Turrer
Primeiro Coorientador: Vera Lucia de Carvalho Casa Nova
Primeiro membro da banca : Adolfo Enrique Cifuentes Porras
Segundo membro da banca: Wanda de Paula Tofani
Resumo: O estudo de incidências de anacronismos no Atlas Mnemosyne, de Aby Warburg, constitui o objeto principal de nossa reflexão e, a partir daí, propomos discutir também o Atlas de Gerhard Richter. O pensamento de Walter Benjamin sobre a imagem dialética embasa a análise feita nesta dissertação. Para ele a dialética se trata de cristais de memória histórica na beleza dos quais brilha a sublime violência do verdadeiro que se manifesta como um sintoma não permitindo o esquecimento. Dessa forma, percebe-se a latência do Outrora que se sobrepõe ao Agora, provocando uma fratura na continuidade histórica. Essa teoria foi colocada em prática por Warburg no Atlas Mnemosyne, no qual se reúnem fotografias em painéis negros, que revelam a energia da Pathosformel. Essa fórmula do pathos traduz a existência de uma imbricação entre carga afetiva e forma iconográfica que percorrem a história da arte desde a Antiguidade, como uma forma de sobrevivência ou de um pós-viver (Nachleben). Alguns gestos são reveladores de uma imbricação que abarca a História, o que instaura a noção de tempo aberto e de descontinuidades que se traduzem em um modelo temporal de dupla-face. Esse paradigma apresenta um passado latente que sobrevive e que se manifesta no presente pela intermitência das imagens. Richter retoma fotografias da mídia de um incidente histórico alemão conhecido como 18 Oktober 1977 para produzir suas pinturas dez anos depois do fato ocorrido. A partir desse procedimento, o autor provoca um deslocamento do tempo linear da mesma forma que Warburg, no Atlas Mnemosyne.
Abstract: The study of incidences of anachronisms on Atlas Mnemosyne of Aby Warburg, is the main object of our reflection and, from there, we also propose to discuss the Atlas of Gerhard Richter. The writings of Walter Benjamins dialectical image underlies the analysis in this dissertation. For him it is the dialectic of "crystals of historical memory" in which beauty shines the sublime violence of truth which manifests itself as a symptom not allowing oblivion to accure. Thus, it is latency of the former that overlaps the Now is understood, causing a fracture in historical continuity. This theory was put into practice by Warburg on Mnemosyne Atlas, which gathered photographs in black panels revealing the power of Pathosformel.This formula reflects the pathos of the imbricated existence of emotional drives and iconographic form that traverse the history of art from antiquity as a means of survival or a post-life (Nachleben). Some actions are indicative of an imbrication that covers the history, which introduces the notion of open time and discontinuities that translate into a two-sided temporal model. This paradigm presents a latent past that survives and that manifests itself in the present by of images. Richter takes photographs of a German historical incident known as 18 Oktober 1977 to produce his paintings ten years after the occurred fact. From this procedure, the author causes a linear displacement of the time just as Warburgs Atlas Mnemosyne.
Assunto: Warburg, Aby , 1866-1929 Atlas Mnemosyne
Arte Historiografia
Fotografia
Arte Filosofia
Richter, Gerhard , 1932- Atlas
Percepção visual
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/EBAC-9Q3NZ8
Data do documento: 25-Set-2013
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