Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7CTFBM
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Antinarratividade e metafísica negativa na obra crítica e literária de Giorgio Manganelli
Autor(es): Claudemir Francisco Alves
Primeiro Orientador: Luis Alberto Ferreira Brandao Santos
Primeiro membro da banca : Elcio Loureiro Cornelsen
Segundo membro da banca: Maria Ester Maciel de Oliveira Borges
Terceiro membro da banca: Marco Americo Lucchesi
Quarto membro da banca: Karl Erik Schollhammer
Resumo: Esta tese analisa a obra literária e crítica do escritor italiano Giorgio Manganelli a partir de duas noções-chave: antinarrativa e metafísica negativa. Com o termo antinarrativa designam-se os procedimentos de construção textual que buscam evitar a linearidade e a teleologia do pensamento nas obras ficcionais. Pelo predomínio de figuras como o paradoxo, o oxímoro e o adunaton, os livros de Manganelli exploram as determinações fortuitas, simultâneas e contraditórias do real, e explicitam a impossibilidade (mas, igualmente, a necessidade) da existência, do conhecimento e do discurso. Concebe-se o real como resultante de agenciamentos; a impostação epistêmica, como rigorosamente arbitrária; e a linguagem, como radicalmente incongruente. A maneira como, na obra de Manganelli, esses pressupostos se interpenetram e se conjugam é aqui denominada como metafísica negativa - uma metafísica que não se funda sobre o ato do ser, mas sobre os possíveis do ser. A concepção literária que se baseia nesses princípios desontologiza autor, leitor e texto, os quais passam a ser percebidos como papéis pragmáticos em um jogo. Nesta tese, a antinarrativa e a metafísica negativa manganellianas são associadas a uma tradição poética e filosófica da Modernidade caracterizada pela recusa ao otimismo pouco crítico da razão pós-iluminista e pela valorização do papel da linguagem na constituição e representação do real. Faz-se também uma aproximação entre a concepção performática da literatura manganelliana e as formulações da Estética da Recepção, destacando, sobretudo, noções como a transgressão de fronteiras e os atos de fingir, da antropologia literária de Wolfgang Iser.
Assunto: Manganelli, Giorgio, 1922-1990 Crítica e interpretação
Narrativa (Análise estrutural)
Estratégia textual
Poética Séc XX
Literatura Filosofia
Metafísica na literatura
Literatura italiana História e crítica
Estética da recepção
Literatura
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7CTFBM
Data do documento: 14-Mar-2008
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