Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77GG5J
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Uso de medicamentos por nutrizes em Itaúna-MG: caracterização e associação com o tempo de aleitamento materno
Autor(es): Roberto Gomes Chaves
Primeiro Orientador: Joel Alves Lamounier
Primeiro Coorientador: Cibele Comini Cesar
Primeiro membro da banca : Luciano Borges Santiago
Segundo membro da banca: Graciete Oliveira Vieira
Terceiro membro da banca: Francisco José Ferreira da Silveira
Quarto membro da banca: Marco Antonio Duarte
Resumo: O aleitamento materno é uma prática associada a valiosos benefícios para a criança, a mãe, a família e a sociedade, recomendada pela Organização Mundial de Saúde até pelo menos dois anos de idade. Contudo, as crianças raramente são amamentadas até esse períodoconsiderado ideal. Assim, torna-se necessária a realização de pesquisa para identificar os fatores associados à duração do aleitamento materno. Entre eles, o uso de medicamentos tem sido apontado como responsável por menos tempo de amamentação pelas nutrizes. Hácarência de estudos sobre duração do aleitamento em mulheres que utilizaram medicamentos com possíveis riscos para o lactente ou para a lactação, bem como também relacionados com a automedicação. O presente estudo investigou a associação entre o uso de medicamentos e a prática da automedicação pela nutriz com o tempo de aleitamentomaterno nos primeiros 12 meses após o parto. Trata-se de um estudo longitudinal tipo coorte, realizado com as mães na Maternidade do Hospital Manoel Gonçalves de Sousa Moreira, na cidade de Itaúna-MG, que tiveram seus filhos entre os dias primeiro de junho e quatro de setembro de 2003, sendo o acompanhamento realizado durante 12 meses após o parto ou até a interrupção da amamentação. O efeito do uso de medicamentos e da prática da automedicação sobre o tempo de aleitamento foi avaliado por análise multivariada, por meio do modelo de regressão de Cox, com variáveis dependentes do tempo. No modelofinal foram incluídas as variáveis associadas ao tempo de aleitamento materno com valores de p<0,05. As publicações da Academia Americana de Pediatria (2001) e de Thomas Hale (2004a) foram adotadas para análise da segurança do uso de medicamentos durante a amamentação. A freqüência de uso de medicamentos foi de 98% após a alta hospitalar. Em mulheres que não usaram ou que fizeram uso de medicamentos considerados compatíveis com a lactação, a duração do aleitamento foi maior, comparado com aquelas usuárias de medicamentos com risco de efeitos indesejáveis sobre o lactente ou sobre a lactação [p=0,020 (AAP,2001); p=0,000 (HALE, 2004a)] e medicamentos sem relato de segurança [p=0,019 (AAP,2001); p=0,000 (HALE, 2004a)]. Mulheres que não usaram medicamentos ou usaram aqueles sem risco de supressão da lactação amamentaram seus filhos por mais tempo que as que empregaram medicamentos potencialmente supressores da lactação (p=0,000). O uso de medicamentos foi a quarta alegação materna para a interrupção daamamentação. A automedicação foi praticada por mais da metade das nutrizes, levando à maior probabilidade de uso de medicamentos com efeitos possivelmente prejudiciais à saúde do lactente ou à lactação (p=0,000). Contudo, a prática da automedicação não foi associada ao desmame (p=0,135). Concluiu-se que, para compatibilizar a terapêuticamaterna com a amamentação, o profissional de saúde deve optar por medicamentos sabidamente seguros para o lactente e sem risco de redução da lactação. A elevada freqüência de automedicação entre as nutrizes alerta para a necessidade de orientação sobre a forma racional dessa prática durante a amamentação.
Abstract: The breastfeeding is a practice associated to valuable benefits for the infant, the mother, the family and the society, recommended by the World Health Organization at least 2 years old. However, the infants rarely are breast-fed to this period considered ideal. Like this, becomes fundamental the achievement of studies for identify factors associated theduration of the breastfeeding. Among the factors, the use of medicines has been aimed as responsible by the shorter time of breastfeeding by the lactating women. However, there is lack of studies about duration of the breastfeeding in women that utilized medicines with possible risks for the child or for the lactation, as well like also related with selfmedication.The present study investigated the effect of the use of medicines and of the practical one of the self-medication by the lactating women about the time of breastfeeding in the first 12 months after the birth. A longitudinal study, type cohort, was undertaken enrroling mothers of the maternity of the Hospital Manoel Gonçalves de Sousa Moreira in the city of Itaúna-MG, southern of Brazil, that had her babies between the days one of Juneto 4 of September of 2003, being the accompaniment carried out during 12 months after the birth, or up to interruption of the breastfeeding. The association between the use of medicines and of the practical one of the self-medication with the time of breastfeeding was evaluated by multivariate analysis by means of Cox regression statistical model withdependent variables of the time. In the final model were included the variables associated to the time of breastfeeding for values of p<0,05. The publications of the American Academy of Pediatrics (2001) and of Thomas Hale (2004a) were adopted for analysis of the security of the use of medicines during the breastfeeding. The medicines use frequencywas of 98% after discharged of Hospital. In women that did not use medicines or that did use of medicines considered compatible with the lactation, the duration of the breastfeeding was longer when compared with those using medicines with risk of undesirable effects about the infant or lactation [p=0,020 (AAP,2001); p=0,000 (Hale,2004a)] and medicines without known security [p=0,019 (AAP,2001); p=0,000(Hale, 2004a)]. Women that did not use medicines or used medicines without risk of suppression of the lactation, breastfed his sons by longer time than women that used medicines potentially suppressing of the lactation (p=0,000). The use of medicines was the fourth maternal allegation for weaning. Self-medication was practiced by more of the halfof the lactating women causing to indeed possibly harmful medicines use increased risk to the health of the infant or to the lactation (p=0,000). However, the self-medication was not associated upon weaning (p=0,135). In conclusion, aiming to conciliate the maternaltreatment with breastfeeding, the professional of health must choose safe medicines for the infant and without risk of reduction of the lactation. Thus, the elevated frequency of selfmedication by lactating women alert for the need of orientation about the rational form of this practice during breastfeeding.
Assunto: Preparações farmacêuticas
Aleitamento materno
Estudos de coortes
Automedicação
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-77GG5J
Data do documento: 16-Ago-2007
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