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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Associação da infecção pelo vírus da hepatite c e pelo vírus da imunodeficiência humana em moçambicanos e brasileiros
Autor(es): Maria da Conceicao Viana Rodrigues
Primeiro Orientador: Jose Roberto Lambertucci
Primeiro Coorientador: Carlos Mauricio de F Antunes
Primeiro membro da banca : Manoel Otavio da Costa Rocha
Segundo membro da banca: Ricardo Andrade Carmo
Resumo: Vários estudos de prevalência da co-infecção HIV/HCV foram realizados no Brasil e em alguns países da África Subsaariana, porém, nenhum em Moçambique. O objetivo do presente estudo é descrever a prevalência da co-infecção e o perfil dos pacientes em um serviço de doenças infecciosas de Maputo, Moçambique e compará-la com a de serviço similar em Belo Horizonte, no Brasil. Assim, selecionaram-se 300 moçambicanos e 300 brasileiros HIV positivos, na faixa etária de 18 a 65 anos, no período de novembro de 2006 a julho de 2007. Um questionário padrão contendo informações sócio-demográficas e epidemiológicas foi aplicado aos voluntários deste estudo. As informações obtidas foram transferidas para um banco de dados e analisadas no pacote estatístico EpiInfo. Os soros de Moçambique e do Brasil foram alicotados e armazenados a 20ºC. Para a pesquisa de anticorpos anti-HIV usou-se, ou o teste rápido ou ELISA, confirmados pelo western blot. Para determinar a infecção pelo HCV, usou-se o método AxSYM HCV 3.0. O PCR, pela técnica Amplicor 3.0, foi usado para confirmação da infecção pelo vírus C. O sequenciamento e a genotipagem foram feitos em seqüenciador automático (AppliedBioSystem). A prevalência da co-infecção HIV/HCV em moçambicanos e brasileiros foi de 15,7% e 10,0%, respectivamente. A associação HIV/HCV mostrou-se maior em mulheres moçambicanas do que em brasileiras, perfil semelhante à distribuição da infecção pelo HIV em Moçambique. As prováveis fontes de infecção em Moçambique e no Brasil foram, respectivamente: 0,0% e 40,0% para usuários de drogas ilícitas endovenosas, 14,9% e 20,0% para hemotransfusão; 0,0% e 16,7% para atividade homossexual, 100,0% e 76,6% para atividade heterossexual e 8,5% e 36,6% para outros fatores (tatuagem, piercing, detenção e risco ocupacional). Os genótipos encontrados em Moçambique foram os seguintes: 1a, 2a, 4, 5a; no Brasil os genótipos 1a, 1b e 3a. Nossos resultados mostram uma maior prevalência de hepatite C em moçambicanos e a maior distribuição do vírus entre as mulheres do mesmo país. As informações sobre homossexualidade e uso de drogas ilícitas injetáveis, tão discrepantes, nos leva a suspeitar da qualidade das informações colhidas no país africano. Os genótipos do vírus C também mostraram perfil bem diferente nos dois países. Em análise preliminar pudemos observar que só 8,5% dos pacientes moçambicanos e 10% dos pacientes brasileiros co-infectados apresentariam indicação para o tratamento da hepatite C.
Abstract: The prevalence of HIV/HCV co-infection has been reported from Brazil and from some Sub Saharan African countries; however, no data is available from Mozambique. This study aimed at reporting, the prevalence of the co-infection and describe the profile of the selected patients from an Infectious Diseases Unit in Maputo, Mozambique and to compare their profile to a group of patients from a similar Unit in Belo Horizonte, Brazil.We have selected 300 patients from Mozambique and 300 from Brazil, in the age range 18 to 65 years, from November, 2006 to July, 2007. A socio-demographic and epidemiological standard protocol was used to obtain from the volunteers the needed information which was transferred to a data bank and analyzed using the EpiInfo software. Sera from both Mozambique and Brazil were divided into small samples and stored at 20ºC. The HIV infection was diagnosed by, either ELISA or a rapid test, and confirmed by western blot. Hepatitis C was established using the ELISA MEIA (AxSYMG HCV 3.0). PCR (Roche Amplicor 3.0) was applied for confirmation of HCV infection. Sequencing and genotyping (Automatic Sequencer, Applied Biosystem) was used to identify virus subtypes. The prevalence of HIV/HCV co-infection in Mozambique and Brazil was 15.7% and 10.0%, respectively. Also, HIV/HCV co-infection was significantly higher among mozambican women compared to the brazilians and agreeing with the gender distribution of HIV in Mozambique. Behavior risk factors for infection in Mozambicans and Brazilians were, respectively: 0% and 40% for illicit intravenous drug users, 14.9% and 20.0% for blood transfusion, 0.0% and 16.0% for homosexual activity, 100.0% and 76.6% for heterosexual activity, 8.5% and 36.6% for other factors (tattoo,piercing, imprisonment, and occupational risk). Genotypes identified in Mozambique were 1a, 2a, 4 and 5a, whereas, in Brazil they were 1a, 1b and 3a. Our results showed a higher hepatitis C prevalence among Mozambicans as well as an increased frequence among women. The unexpected difference of data about homosexual behavior and use ofintravenous illicit drugs between the study populations raises the issue about the quality of the information obtained in the African country. There was a marked difference in HCV genotype profiles between the two populations. Preliminary analysis revealed that only 8.5% of Mozambicans and 10.0% of Brazilians, HIV/HCV co- infected, fulfilled thecriteria for HCV treatment.
Assunto: Brasil
Estudo comparativo
Genótipo
Estudos epidemiológicos
Epidemiologia/estatística & dados numéricos
Fatores socioeconômicos
Demografia
Medicina tropical
Prevalência
Infecções por HIV
Moçambique
Virus da hepatite
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7KMLZC
Data do documento: 17-Dez-2007
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