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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Cordicoterapia oral e inflamatória para o tratamento de sibilancia na infância : uso e abuso
Authors: Simone Machado Nunes
First Advisor: Maria Jussara Fernandes Fontes
First Co-advisor: Cristina Goncalves Alvim
First Referee: Eleonora Druve Tavares Fagundes
Second Referee: Laura Maria de Lima Belizario Facury Lasmar
Abstract: A terapia com corticóides, sistêmico e tópico, para o tratamento da asma é ponto, consensual na literatura e ponto de destaque entre os consensos que visam o manejo da, doença. Atualmente é a medicação que proporciona melhor controle da asma, com rápida, redução dos sintomas, melhora significativa da inflamação e função pulmonar. Além disso, está associada ao declínio da mortalidade e das hospitalizações por esta doença. Porém, o diagnóstico de asma em menores de 5 anos de idade é muito difícil de ser firmado. Ainda não existe recurso diagnóstico preciso e objetivo que diferencie no grupo de lactentessibilantes, aqueles que são asmáticos dos sibilantes transitórios, sendo o quadro clínico muito semelhante. Nesta faixa de idade, sibilância episódica é comum em crianças que não desenvolverão asma, principalmente nas menores de 3 anos de idade, e geralmente está associada a infecção viral. Estima-se que 60 a 80% dos lactentes sibilantes não continuarão a apresentar crises de obstrução brônquica na infância e adolescência. Essa dificuldade diagnóstica se reflete num obstáculo em propor uma terapia eficaz e segura para essa faixaetária. Apesar disso, a corticoterapia tem sido utilizada em lactentes sibilantes para controle dos sintomas e melhora do quadro respiratório. Alguns estudos têm introduzido a terapia antiinflamatória precocemente com a intenção de interferir na história natural da asma. Assim, o objetivo desse estudo foi fazer uma revisão da literatura sobre a utilização da corticoterapia para sibilância na infância e avaliar a prevalência da corticoterapia por via oral e inalatória nas Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte. A dissertação foi construída em forma de 2 artigos científicos. O primeiro consiste em artigo de revisão de revisão da eficácia da corticoterapia para o tratamento da sibilância nos primeiros anos de vida. A revisão compreendeu o período de 1998 à 2009, nas seguintes bases de dados: MEDLINE, LILACS e PubMed. Osdescritores usados foram: infants, asthma, wheezing, bronchoespasm, corticosteroids, glucocorticoids, corticoids. Foram selecionados guias de tratamento, artigos de revisão, meta-análises e revisões sistemáticas, estudos controlados e randomizados que avaliaram a eficácia do tratamento com corticóides orais e inalatórios em crianças sibilantes nos primeiros anos de vida. Os achados dos estudos que investigaram a eficácia do uso de corticóide ainda são controversos. Grande parte dos estudos falharam em demonstrar benefícios, especialmente no que se refere ao impacto na história natural da doença. Alguns estudos mostraram um melhor controle dos sintomas com o uso de corticoterapia inalatória por períodos maiores, mas esse efeito parece não se manter após a suspensão do medicamento. Além disso, para o tratamento de sibilância desencadeada por vírus não foram observados benefícios relevantes. O segundo artigo avaliou a prevalência do uso de corticóides em lactentes sibilantes referente ao primeiro ano de vida e correlacionou com os fatores associados tais como gravidade, risco de atopia, características familiares, ambientais e demográficas dapopulação estudada. Foi observada uma utilização de corticóides orais e inalatórios em 249 (48,7%) e 296 (51,3%) crianças sibilantes, respectivamente. Nos sibilantes recorrentes o uso de corticóide oral foi de 63,5% e inalatório de 64,3%. Uma taxa elevada de corticóides por via oral e inalatória tem sido usada em lactentes sibilantes no primeiro ano de vida, tendo em vista que 60% a 80% dessas crianças não se tornarão crianças asmáticas futuramente. Além disso, na luz dos atuais conhecimentos e na falta de dados metodologicamente comparáveis torna difícil uma utilização clara e segura desses medicamentos.
Abstract: The systemic and topical therapy with corticosteroids for asthma treatment is a consensual point in the literature and an important topic in the guidelines on disorder management. Currently, it is the medication with the best results in asthma control, with quick symptoms reduction, significant improvement in inflammation and pulmonary function. Moreover, it is associated with the mortality decrease and hospitalization caused by this disorder. However, the asthma diagnosis is extremely difficult to be confirmed in children under five years old. There is no accurate and objective diagnosis resource for distinguishing, in the group of lactents wheezers, the asthmatics from the transient wheezers due to similar symptoms. In this age range, episodic wheezing is common inchildren who will not contract asthma, mainly in children under 3 years old, and, generally, it is associated with a viral infection. In the estimation, from 60 to 80% of lactents wheezers will not continue to have bronquial obstruction crises in childhood and adolescence. This diagnostic difficulty results in a barrier to propose an efficacious and certain therapy for that age range. Despite this, corticotherapy has been used in lactentswheezers for symptom control and respiratory improvement. Some studies have introduced anti-inflammatory therapy precociously with the purpose of interfering in asthma natural history. Therefore, the aim of this study is to review the literature about corticotherapy use for wheezing in younger children and to evaluate prevalence of it via oral and inhaled inhealth Units in Belo Horizonte. The dissertation is composed of two cientific articles. The first one is an article which reviews corticotherapy efficacy for wheezing treatment in the early years of life. The review includes the period from 1998 to 2008, in the following databases MEDLINE, LILACS and PubMed. Treatment guidelines, review articles, systematic reviews, randomized controlled trials were selected, and evaluated the efficacy of treatment with oral or inhaled corticosteroids in wheezing children in the first years of life. The result of the studies, which investigated corticosteroids efficacy, are still controversial. A significant part of those studies failed to demonstrate benefits, specially related to the impact in natural history of the disorder. Some studies indicate a better symptom control with the use of inhaled corticotherapy for large periods, but this effect does not seem to remain after discontinuation of the drugs. Additionally, no relevant benefits were observed in treatment for wheezing caused by virus. The second article evaluated the prevalence of corticosteroids use in lactent wheezers related to first year of life and correlated with associated factors such as severity, atopic risk, familiar, environmental and demographic features in the studied population. The use of oral and inhaled corticosteroids was observed in 249 (48,7%) and 296 (51,3%) wheezing children, respectively. In recurrent wheezers, the use of oral corticoid was 63,5% and for the inhaled one was 64,3%. An high rate of corticosteroids via oral and inhaled have been used in lactent wheezer in the first year of life, on the assumption that 60% to 80% of those children will not become asthmatic in the future. In addition, the current state of knowledge and the lack of methodologically comparable data render the use of these medications difficult and uncertain.
Subject: Corticosteróides/uso terapêutico
Sons respiratórios
Antiinflamatórios
Literatura de revisão como assunto
Asma/terapia
Criança
Pediatria
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84JJ3U
Issue Date: 9-Feb-2009
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

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