Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84KP8X
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Associação de morfina e clonidina na anestesia peridural caudalcom Bupivacaína: estudo prospectivo randomizado duplo cego
Autor(es): Magda Lourenco Fernandes
Primeiro Orientador: Renato Santiago Gomez
Primeiro membro da banca : Tolomeu Artur Assuncao Casali
Segundo membro da banca: Marcelo Eller Miranda
Resumo: O adequado tratamento da dor pós-operatória tem sido de fundamentalimportância nos cuidados com o paciente cirúrgico. Em crianças, as limitações para esse tratamento são muitas, inclusive pela dificuldade em se avaliar a intensidade da dor. Entre as técnicas de analgesia direcionadas para esse grupo de pacientes, a anestesia peridural caudal se destaca pelos bons resultados e favorável relação risco- benefício. Muitos anestésicos locais e drogas adjuvantes vêm sendo investigados para uso nessa técnica, visando melhorar a qualidade daanalgesia e reduzir os efeitos adversos. O objetivo principal do presente trabalho foi investigar a eficácia da associação de morfina e clonidina à bupivacaína administrada por via peridural caudal. Secundariamente, avaliou-se o comportamento do bispectral index (BIS) em crianças submetidas a anestesia geral com isoflurano, combinada com anestesia peridural caudal. Neste estudo prospectivo, randomizado e duplamente encoberto, foram incluídos 80 pacientes de um a 10 anos de idade, de ambos os sexos, submetidos a cirurgias urológicas ou genitais. Eles foram divididos, aleatoriamente, em quatro grupos, nos quais foi administrado 1,0 mL/kg de quatro diferentes soluções por via peridural caudal: bupivacaína 0,166% com adrenalina (grupo B), bupivacaína 0,166% com adrenalina associada a 20 µg/kg de morfina (grupo BM), bupivacaína 0,166% com adrenalina associada a 1 µg/kg de clonidina (grupo BC) e bupivacaína 0,166% com adrenalina associada a 20 µg/kg de morfina e 1 µg/kg de clonidina (grupo BMC). No transoperatório foram analisados frequência cardíaca (FC), pressãoarterial média (PAM), BIS, fração expirada de isoflurano e uso de fentanil. No pósoperatório foram investigados intensidade da dor, consumo de analgésicos e incidência de efeitos adversos. Para avaliação da dor, utilizou-se a escala comportamental FLACC (Face, Legs, Activity, Cry and Consolability) e a escala de faces Wong-Backer. No transoperatório não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação a FC, PAM e BIS e concentração média expirada de isoflurano. Apenas três pacientes utilizaram fentanil endovenoso durante a anestesia, não havendo diferença estatística entre os grupos. Osescores de dor e o tempo de duração da analgesia foram semelhantes entre os grupos. Pacientes que utilizaram morfina por via caudal (grupos BM e BMC) mais raramente necessitaram usar analgésicos no pós- operatório (p=0,024), porém apresentaram maior incidência de náusea e vômitos (p=0,025). O BIS correlacionou-se melhor com a concentração expirada de isoflurano do que com os dados hemodinâmicos e apresentou grande variabilidade individual, com valores mais elevados em crianças mais novas. Concluindo, não se verificou benefício em se adicionar morfina, clonidina ou ambas, nas doses testadas, àbupivacaína 0,166% na anestesia peridural caudal visando à analgesia pósoperatória em cirurgias urogenitais pediátricas. Em crianças, principalmente as mais novas, o uso do BIS pode ser limitado devido à variabilidade e aos limites imprecisos.
Abstract: The adequate control of postoperative pain is very important for the children care. It is very difficult to access and classify the severity of pain in this group of patients. Among the analgesia techniques available, caudal epidural anesthesia is a good choice providing a favorable risk-benefit relation. Several local anesthetics and adjuvants drugs have been studied to improve analgesia quality and reduce side effects. The aim of this study was to investigate the efficacy of the association of morphine and clonidine to bupivacaine in caudal epidural block. We alsoevaluated the behavior of the biespectral index (BIS) in children undergoing general anesthesia with isoflurane combined with caudal anesthesia. On this prospective, randomized and double-blind study, eighty pediatric patients of both genders, ranging from one to ten years- old, were submitted to genital or urinary surgery by inhalation anesthesia combined with caudal epidural block. The patients were separated into four groups that received 1 ml/Kg of four different solutions in the caudal epidural space: 0.166% bupivacaine with epinephrine (B group); 0.166% bupivacaine with epinephrine plus morphine 20 ìg/Kg (BM group);0.166% bupivacaine with epinephrine plus clonidine 1 ìg/Kg (BC group) and, 0.166% bupivacaine with epinephrine plus morphine 20 ìg/Kg and clonidine 1 ìg/Kg (BMC group). The following parameters were evaluated during the surgery: heart rate (HR), mean blood pressure (MBP), BIS and isoflurane expired fraction. During the postoperative period the intensity of pain, the use of analgesic drugs and the incidence of side effects were evaluated. The behavioral FLACC scale (face/legs/activity/cry and consol ability) and the face scale by Wong-Backer were used to evaluate the pain. During the surgery there was no statistically significant difference between the groups regarding HR, MBP, BIS and expired fraction ofisoflurane. Only three patients received intravenous fentanyl during anesthesia that was not statistically different. The pain scores and duration of analgesia were similar between groups. Patients who used caudal morphine (BM and BMC) more rarely needed to use analgesics postoperatively (p = 0.024), but a higher incidence of nausea and vomiting (p = 0.025). The BIS correlated better with the expiredconcentration of isoflurane than with hemodynamic data and presented great individual variability, with higher values in younger children. In conclusion, caudal epidural block with morphine, clonidine or both did not provide any additional effect on analgesia obtained with 0.166% bupivacaine after pediatric genitourinary surgery. In children, the use of BIS seems to be limited due to the variability and imprecise limits.
Assunto: Analgesia/utilização
Anestesia caudal
Clonidina/uso terapêutico
Bupivacaína/uso terapêutico
Morfina/uso terapêutico
Cirurgia
Oftalmologia
Adjuvantes anestésicos/uso terapêutico
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84KP8X
Data do documento: 15-Dez-2010
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
magda_louren_o_fernandes.pdf1.76 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.