Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84SHNV
Type: Dissertação de Mestrado
Title: Comparação dos resultados de ileostomias e colostomias em alça desfuncionalizantes em operações colorretais
Authors: Carmencita Marcatti Ferreira
First Advisor: Rodrigo Gomes da Silva
First Referee: Alcino Lazaro da Silva
Second Referee: Antonio Lacerda Filho
Abstract: Apesar de vários estudos retrospectivos e prospectivos terem comparado a ileostomia e a colostomia em alça, persiste a controvérsia de qual é a melhor estomia para proteger uma anastomose colorretal baixa ou desfuncionalizar o cólon distal. O objetivo deste trabalho foi avaliar as complicações e os fatores de risco associados após a confecção e fechamento de ileostomias e colostomias em alça. Foram avaliados retrospectivamente prontuários de 168 pacientes submetidos a estomias em alça no período entre janeiro de 1996 e dezembro de 2006. A ileostomia foi realizada em 88 pacientes (52,4%) e a colostomia em 80 pacientes (47,6%). Foram avaliadas complicações após a confecção e o fechamento de estomias, possíveis fatores de risco para as complicações. Todos os pacientes foram submetidos a ileostomias ou colostomias em alça. As variáveis analisadas foram: idade, gênero, doença de base, classificação ASA, temporária ou definitiva, procedimento eletivo ou de urgência, cirurgião responsável pelo procedimento (cirurgião geral ou coloproctologista), complicações pós-operatórias, re-operação após a confecção da estomia, tipo de fechamento, tempo até o fechamento e tempo de acompanhamento após o fechamento. A média de idade dos pacientes com colostomia foi maior que a dos pacientes com ileostomia (p=0,005). A maioria das colostomias foi confeccionada na urgência (p<0,001) e a maioria das ileostomias, em cirurgias eletivas. Foram confeccionadas mais ileostomias temporárias que colostomias (p<0,001). O coloproctologista confeccionou a maior parte das ileostomias (p<0,001). A taxa global de complicações de estomias foi de 38,7%. Não houve diferença na taxa de complicações entre ileostomias e colostomias (p=0,334). A complicação mais comum foi o prolapso (19,6%). O prolapso foi encontrado em 33,8% das colostomias e em 6,8% das ileostomias (p<0,001). Foram observados 11 casos de distúrbio hidroeletrolítico (12,5%) relacionados a perdas pela ileostomia, e 2 casos (2,5%) em pacientes com colostomias, (p=0,019). Ocorreu um óbito (0,6%) relacionado à colostomia. Maior número de complicações relacionadas à estomias foi encontrado em pacientes do gênero feminino (p=0,024) e, nos pacientes do gênero feminino com colostomia (p=0,045). Não foi encontrada diferença significativa na taxa de complicações de ileostomias ou colostomias em alça em cirurgias eletivas ou de urgência. A taxa de complicações após o fechamento foi de 47,7% e não se identificou diferença entre as complicações de ileostomias e colostomias (p=0,670). A infecção de ferida foi a complicação mais frequente (20,6%). Após avaliação dos resultados da presente série, observa-se que, de forma global, ileostomias e colostomias são semelhantes em relação às complicações. Ao avaliar complicações isoladas, nota-se que, a complicação mais frequente nos pacientes com colostomia, o prolapso, foi mais grave e levou à reoperação; enquanto que, nas ileostomias os distúrbios hidroeletrolíticos foram controlados com medidas clínicas. A interpretação dos resultados sugere que a ileostomia em alça é melhor opção, quando comparada com a colostomia, para desfuncionalizar o intestino.
Abstract: Despite a lot of retrospective and prospective studies that compare loop ileostomy with loop colostomy controversy remains which technique has the best outcome on low colorectal anastomoses and function of the distal colon. The objective of this study is to describe complications and risk factors to complications after the construction and closure of loop ileostomias and colostomies. A retrospective analysis was completed of 168 patients who underwent loop stoma surgery between January 1996 and December 2006. Ileostomy was constructed in 88 patients (52,4%) and colostomy in 80 patients (47,6%). Complications after construction and closure and possible risk factors of these complications were assessed. The variables assessed were: age, gender, the base disease, ASA classification, temporary or definitive stoma, elective or emergency surgery, general or coloproctologist surgeon, post surgery complications, reoperations post construction, kind of closure, time until the closure and the time of follow-up after closure. The average age of ileostomy patients was bigger that colostomy patients (p=0,005). The majority of the colostomies was constructed on urgency (p<0,001) and the ileostomias on elective surgeries. Was found more temporary ileostomias then colostomies (p<0,001). The coloproctologist made the largest part of the ileostomies (p<0,001). The overall rate of stoma complications was 38,7%. No difference was found between the two operation techniques (p=0.334). Most common complication was stoma prolaps (19,6%). Prolaps occurred in 33,8% of the colostomies and in 6,8% of the ileostomies (p<0,001). Electrolyte disorders related to enteric loss were diagnosed in 11 patients (12,5%) in the ileostomy group and two cases (2,5%) in the colostomy group (p=0.019). One patient (0,6%) died in the colostomy group and was related to complications of stoma. The majority of stoma related complications occured in women (p=0.024) and in that women with a colostomy (0,045). No difference was found in complication rate between elective and emergency surgery. The general complication rate after closure was 47,7% and, without differences between the complication rate between ileostomy and colostomy (p=0,670). The most frequent closure complication was wound infection (20,6%). With this results was found that general complication rate between loop ileostomies and colostomies are comparable. When we value the complications apart, we can note that the complication more frequent in patients with colostomy, stoma prolaps was more serious and resulted in reoperation, whereas, on ileostomies the electrolyte disorders were managed with clinic treatment. The interpretation of the results, suggest that ileostomy is better option when compared with colostomy, to deviate the transit of gut.
Subject: Complicações pós-operatórias
Ileostomia/efeitos adversos
Fatores de risco
Colostomia/efeitos adversos
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-84SHNV
Issue Date: 15-Dec-2008
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
carmencita_livia_marcatti_ferreira.pdf694.65 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.