Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BB6MSF
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Efetividade da abordagem de orientação cognitiva para o desempenho ocupacional diário (co-op) na melhoria do desempenho funcional de crianças e adolescentes com paralisia cerebral
Autor(es): Larissa Keli de Sousa
Primeiro Orientador: Livia de Castro Magalhaes
Primeiro Coorientador: Marina de Brito Brandão
Primeiro membro da banca : Ana Amelia Cardoso Rodrigues
Segundo membro da banca: Patricia Lemos Bueno Fontes
Resumo: Entre os vários tipos de intervenção usados no tratamento de crianças com paralisia cerebral (PC), as abordagens descendentes têm apresentado melhor suporte de evidências científicas, com maiores ganhos no desempenho de atividades motoras e de auto-cuidado. Dentre as abordagens descendentes, a Abordagem de Orientação Cognitiva para o Desempenho Ocupacional Diário (CO-OP), embora desenvolvida para crianças com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, pode ser uma proposta viável para crianças com PC. Os objetivos desse estudo foram: investigar se crianças e adolescentes com PC submetidos à CO-OP em ambiente clínico apresentam ganhos superiores no desempenho funcional do que quando submetidos à intervenção convencional de terapia ocupacional (TO-C), se conseguem manter as habilidades adquiridas, se transferem e generalizam habilidades e estratégias aprendidas, e se também há ganhos na destreza manual e função motora grossa (desfechos secundários). Ensaio clínico randomizado do tipo crossover foi conduzido com 12 participantes de seis a 15 anos de idade. Os participantes foram avaliados pelo Kaufman Brief Inteligence Test 2ª edição (KBIT-2) para estimar o quociente de inteligência (QI). Para identificar metas e avaliar mudanças no desempenho foram utilizados o Perceived Efficacy and Goal Setting System (PEGS), a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM) e a Performance Quality Rating Scale - Generic (PQRS-G) (desfechos primários). Para avaliar mudanças nos desfechos secundários utilizou-se o Box and Block Test (BBT) e a Medida da Função Motora Grossa-88 (GMFM-88). Os participantes foram alocados no grupo CO-OP1 e CO-OP2 por sorteio de pares dentro do mesmo nível funcional. As intervenções CO-OP e TO-C foram constituídas por 13 sessões, sendo feitas avaliações antes, logo após, três e seis meses depois de concluída a intervenção CO-OP. Parâmetros clínicos e Generalized Equations Estimating (GEE) foram utilizados para avaliar os efeitos da CO-OP ao longo do tempo, considerando nível de significância p=0,05. Os resultados mostraram mudanças clínica e estatisticamente significativas no desempenho e satisfação, como pontuado na COPM pelas crianças e adolescentes dos grupos CO-OP1 (p=0,000) e CO-OP2 (p=0,001) e pelos pais do CO-OP1 (p=0,000), assim como mudança estatisticamente significativa no escore da PQRS-G para ambos os grupos (p=0,000 e p=0,044, respectivamente), depois da abordagem CO-OP, mas não depois da TO-C. Foi encontrada evidência de transferência em dois participantes de cada grupo segundo percepção da criança/adolescente. As habilidades adquiridas foram mantidas, pois nos seguimentos após o tratamento CO-OP não houve mudanças estatisticamente significativas na pontuação das habilidades funcionais. Foi observado ganho no seguimento de três e seis meses na destreza manual no BBT nos dois grupos e ganho estatisticamente significativo na função motora grossa no GMFM-88 apenas para o grupo CO-OP2. Conclui-se que a abordagem CO-OP mostrou-se efetiva no contexto clínico de reabilitação brasileiro, promovendo o desempenho funcional de crianças e adolescentes com PC.
Abstract: Among the various types of intervention procedures used with children with cerebral palsy (CP), top-down approaches have been showing better evidences of improving performance on motor and self-care activities. Among top-down approaches, the Cognitive Orientation to Daily Occupational Performance (CO-OP), although developed for children with Developmental Coordination Disorder, seems to be a viable option for children with CP. The aims of this paper were: to investigate whether children and adolescents with CP submitted to CO-OP in a clinical setting would show higher gains in functional performance than when submitted to Current Treatment of Occupational Therapy (C-OT), whether children and adolescents with CP retain acquired skills, whether they would transfer and generalize strategies and learned skills, and whether there would be improvements in manual dexterity and gross motor function (secondary outcomes). A crossover randomized clinical trial was conducted with 12 children and adolescents aged six to 15 years old. All participants were evaluated with the Kaufman Brief Intelligence Test 2ª edition (KBIT-2) to estimate intelligence coefficient. The Canadian Occupational Performance Measure (COPM), the Perceived Efficacy and Goal Setting System (PEGS) and the Performance Quality Rating Scale Generic (PQRS-G) were used to identify goals and measure changes (primary outcomes). The participants were randomized into CO-OP1 and CO-OP2 groups. The interventions CO-OP and C-OT lasted 13 sessions and the assessments were conducted before and after CO-OP intervention, as well as at three and six months after CO-OP intervention. Clinical parameters and Generalized Equations Estimating (GEE) were used to evaluate CO-OP effects over time, with significance level established at p=0,05. There were statistical and clinical significant improvements on COPM performance and satisfaction as scored by the participants of the CO-OP1 (p=0,000) and CO-OP2 (p=0,001), as well as in parents perception of CO-OP1 (p=0,000). There was also statistically significant change in the PQRS-G for both groups (p=0,000 and p=0,044) after CO-OP, but not after C-OT. Evidence of skill transfer was observed in two participants from each group according to the children and adolescents perception. The acquired skills were retained, because after CO-OP there were no further significant changes on functional skill scores. Improvements on manual dexterity were observed in both groups three and six months after CO-OP and statistical significant improvements in GMFM-88 gross motor function only for the CO-OP2 group. The CO-OP approach was effective when used in a Brazilian rehabilitation context, promoting benefits on the functional performance of children and adolescents with CP.
Assunto: Terapia ocupacional
Paralisia cerebral nas crianças
Desenvolvimento infantil
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BB6MSF
Data do documento: 10-Abr-2017
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
disserta__o_de_mestrado___larissa_keli_de_sousa.pdf1.78 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.