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dc.contributor.advisor1Paulo Cesar Peregrino Ferreirapt_BR
dc.creatorMarieta Torres de Abreu Assispt_BR
dc.date.accessioned2019-08-11T21:40:57Z-
dc.date.available2019-08-11T21:40:57Z-
dc.date.issued2013-04-09pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/FAMM-BCE4CJ-
dc.description.resumoOs arbovírus do grupo C, Itaqui (ITQV) e Caraparu (CARV) (gênero Orthobunyavirus, família Bunyaviridae) - foram isolados em um estudo sobre a ocorrência de arbovírus na Amazônia brasileira durante os anos 50. Apesar de serem patogênicos ao homem, terem sido isolados a mais de cinco décadas, estarem presentes em áreas que ultrapassam a fronteira da Amazônia e serem considerados potenciais arbovírus emergentes no Brasil, os estudos envolvendo estes vírus ainda são escassos. Neste trabalho foram realizados estudos biológicos in vitro e in vivo para uma melhor caracterização destes vírus. Os dois vírus foram capazes de multiplicar em células VERO, alcançando altos títulos virais. Os resultados sorológicos feitos através da soroneutralização confirmaram dados sorológicos prévios realizados por Shope (1962). Os interferons (IFN) constituem uma família heterogênea de citocinas com importantes atividades imunomodulatórias e representam a primeira linha de defesa do sistema imune inato contra uma infecção viral. Os IFN são sintetizados por células infectadas por vírus após estímulos de receptores que reconhecem padrões moleculares (PRRs). Assim, interagem com células vizinhas, estabelecendo nestas um estado antiviral, que limita a disseminação dos vírus. Neste estudo, nós avaliamos a atividade antiviral dos IFN tipo I e tipo III contra o ITQV. A atividade antiviral de IFN do tipo I contra o ITQV foi dose dependente e o IFN foi o IFN que mostrou maior eficiência na inibição da multiplicação do ITQV. Já o IFN-2, este também foi capaz de proteger essas células, da infecção pelo ITQV quando administrado em doses muito superiores àquelas quando comparado aos IFN /. Nós encontramos também que, a expressão dos quatro ISGs testados (25OAS, PKR, 6-16 e MxA) e IRF7, bem como dos IFN , 1 e 2/3 foi aumentada nas células A549 após infecção pelo ITQV. Os dados sugerem que, o sistema imune inato desempenha um importante papel no controle do ITQV. O desenvolvimento de modelos experimentais para estudar os mecanismos de replicação dos orthobunyavírus é de suma importância para o entendimento da patogênese e demais aspectos da infecção por estes vírus. Assim neste trabalho nós demonstramos que, a susceptibilidade dos camundongos a estes dois vírus foi idade-dependente, reforçando a importância do sistema imune adaptativo e inato frente à infecção. Já em camundongos BALB/C adultos jovens, a infecção pela via subcutânea (SC) com o ITQV demonstrou que, os animais infectados não desenvolveram sinais clínicos da doença, mas a replicação viral foi documentada no fígado e soro destes animais. Além disso, altos títulos de IFN foram observados em animais infectados mostrando uma efetiva montagem da resposta imune inata. Alterações histopatológicas também foram detectadas no fígado, consistente com um quadro de hepatite aguda, a qual foi confirmada com o aumento das transaminases hepáticas. A infecção pelo ITQV foi capaz também de induzir a formação de altos títulos de anticorpos neutralizantes. A expressão de algumas citocinas e quimiocinas estava bastante elevada e nós detectamos altos níveis de algumas delas no fígado dos animais infectados pelo ITQV. Já os animais infectados pela mesma via com o CARV apresentaram sinais clínicos de doença, como perda de peso significativa, piloereção, arqueamento de dorso, intenso edema facial e respiração superficial com 100% de mortalidade no 18° d.p.i. Os achados histopatológicos, a produção de IFN, de anticorpos e a elevação na expressão de algumas citocinas/quimiocinas foram semelhantes aos dados encontrados após a infecção pelo ITQV. Assim podemos concluir que, a infecção pela via SC utilizando os orthobunyavírus Itaqui e Caraparu se mostrou uma ótima via de inoculação, pois mimetiza a infecção natural por estes vírus,causando sinais clínicos evidentes no caso do CARV. Porém, mais estudos serão necessários para melhor caracterizar estes dois bunyavírus.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMicrobiologiapt_BR
dc.subject.otherMicrobiologiapt_BR
dc.subject.otherInterferonspt_BR
dc.subject.otherOrthobunyaviruspt_BR
dc.subject.otherArboviruspt_BR
dc.titleCaracterização dos vírus Itaqui e Caraparu (Orthobunyavirus do sorogrupo C): patogênese e genes induzidos da resposta imune inatapt_BR
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
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